quarta-feira, 27 de março de 2013

Enquete para o filme "ABRIL DESPEDAÇADO"

Atividade para a leitura do filme: Abril despedaçado (2001) de Walter Salles


Ficha técnica:
Título original: Abril despedaçado
Gênero: Drama
Duração: 1h45min
Ano de lançamento: 2001
Direção: Walter Salles
Elenco: Rodrigo Santoro, José Dumont, Rita Assemany, Ravi Ramos Lacerda, Caio Junqueira e Othon Bastos.



Sinopse: Em abril de 1910, na geografia desértica do sertão brasileiro vive Tonho (Rodrigo Santoro) e sua família. Tonho vive atualmente uma grande dúvida, pois ao mesmo tempo que é impelido por seu pai (José Dumont) para vingar a morte de seu irmão mais velho, assassinado por uma família rival, sabe que caso se vingue será perseguido e terá pouco tempo de vida. Angustiado pela perspectiva da morte, Tonho passa então a questionar a lógica da violência e da tradição.
Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-28631/


Para refletir e RESPONDER:


a) Aponte e discuta as metáforas e os simbolismos do filme.
b) Quais discussões sociais que o filme aponta?
c) Discuta como os recursos estéticos da película(filme) dialogam com a estética do Simbolismo.
d) Por que a personagem Tonho passa a questionar a lógica da tradição e da violência e se depara em meio a um drama psicológico?
e) Qual a função desses elementos no desenvolvimento do drama psicológico da personagem Tonho?
f) Qual a função simbólica da personagem Pacu?



sábado, 16 de março de 2013

Teça considerações acerca dos textos de Baudelaire e Edgar Allan Poe

Alunos,
Teçam considerações acerca dos textos de Baudelaire e Edgar Allan Poe que vocês pesquisaram e leram.
Até a próxima aula.
Professoras Generosa Souto e Damáris.

O Simbolismo - Segundo Ana Balakian (Introdução)

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – C.C.H.
CURSO: Letras/Português – 6º período
DISCIPLINA: Literatura Brasileira: do Simbolismo à semana da Arte Moderna.
PROFESSORAS: Dra. Maria Generosa Souto/ Damáris de Souza Ramos (estagiária)
DATA: 04/03/2013

Texto para discussão/Roteiro: BALAKIAN, Ana. O simbolismo. São Paulo: Perspectiva, 1985.


1- Introdução: O significado da palavra


 Termo impreciso, o Simbolismo tornou-se um rótulo;
 Escola francesa: período de 1885 a 1895;
 M. C. Bowra, The heritage of Symbolism – considera Baudelaire, Verlaine e Mallarmé como a vanguarda do movimento – baseando-se em suas grandes inovações em termos de técnicas literárias. ( Cecil Maurice Bowra)
 Questão da critica/ Críticos numerosos (p.12-13)
 O castelo de Axel – Edmund Wilson

 Les fleurs du Mal – Baudelaire (1857)
 Para chegar a uma definição completa do simbolismo, fora das impressões e generalizações heterogêneas, um convite à reflexão:
a) Foi o simbolismo uma reação ao Romantismo ou uma continuação da estética romântica?
b) Foi um movimento paralelo ao Naturalismo ou sua antítese?
c) Quais foram seus pontos de contato com noções como decadente, impressionista, hermético ou imagista?
d) Até que ponto possui fontes comuns com o surrealismo?
e) Como e onde manteve melhor sua originalidade frente a outros movimentos literários?
f) Qual foi a contribuição do simbolismo ao modernismo?
 Movimento parisiense (para distingui-lo do francês), parisiense por seu aspecto cosmopolita, que preparou um determinado clima internacional propício aos subseqüentes grupos de vanguarda: cubismo, futurismo, dadaísmo e surrealismo.
2- O swedenborguismo e os românticos
 Swedenborg – santo padroeiro de ideologias – Misticismo/ Heaven and hell(obra)
 Willian Blake – The marrige of heaven and Hell
 Filosofia do mundo da divindade (p. 18), da obra heaven and hell “Se o homem...”
 O estranho é que durante a Era das Luzes uma enunciação assim tem se tornado tão popular.
 Confunde símbolos com alegorias (jardim-sabedoria)
 Apesar disso foi para os EUA e influenciou Poe.
 Um ponto importante: a poesia, desde o começo do movimento romântico, apossou-se do terreno da mística/substituto religião (algo semelhante com os simbolistas e surrealistas)
 Difícil fronteira e poucas diferenças: no Romantismo busca sua perspectiva no sonho, o estágio intermediário entre esse mundo e o futuro; mas o simbolista cultivava os sonhos como o único nível vital da experiência do poeta; e o surrealista investigava o mundo do sonho não apenas para gozar o estado onírico mas para cultivar as possibilidades de sua mente.
 O mesmo culto, mas três razões diferentes: o romântico aspirava ao infinito, o simbolista pensava que podia descobri-lo, e o surrealista achava que podia criá-lo. (p. 20)
 Balzac: que transitou entre o simbolismo e o realismo, tendo em vista as obras: Livre Mystique (trilogia, personagens partidários dos pensamentos de Swdenborg) e Comédie Humaine (realista).
3. Baudelaire
 Para Baudelaire não existe distinção verdadeira entre alegoria e símbolo.
 Afirma que é possível encontrar provas (segundo os críticos) que ele pode ser swedenborguiano ou não.
 Se vamos julgar o estilo simbolista e o movimento simbolista como algo diferente da continuação ou repetição do Romantismo, não é certamente na influência de Swedenborg que vamos localizar sua originalidade.
 Questão da dualidade que está expressa pela ligação das qualidades abstratas com os objetos.
 Pontos de contraste entre Baudelaire e Swedenborg: sobre Sinestesias. Para Swedenborg as sinestesias - liga o céu e a terra e para Baudelaire, encontra suas conexões entre as experiências sensoriais aqui na terra (p. 33).
 Tradução errônea: transformou poema sensual em metafísico.
 Características de Baudelaire. (p. 35)
 Personificação da mente através da manifestação da natureza é na verdade a linguagem do futuro simbolismo.
 O que distancia o simbolista dos românticos? (p. 35)
 A poesia é festa de imagens
 O simbolismo e a música
 Le poème du Haschisch
 Baudelaire – imagens aquáticas (p. 37)
 Baudelaire e Richard Wagner ( 40-41)
 O iniciador e o precursor (diferença)
 O discurso indireto (técnica) confere às palavras o poder da imagem (p. 42)
 Baudelaire: apesar da indiferença e falta de propósito: converte a poesia numa atividade intelectual em vez de emocional (mudou a concepção da função do poeta).