Espaço de Leitura e Literatura Brasileira em diálogo com outras literaturas e outras mídias
quarta-feira, 3 de abril de 2013
SIMBOLISMO no BRASIL (Aspectos Gerais)
1. ASPECTOS GERAIS do Simbolismo no Brasil
CRONOLOGIA – Cronologicamente, o Simbolismo durou no Brasil de 1893 a 1902. Depois da Semana de Arte Moderna (1922), alguns poetas, Cecília Meireles entre eles, passaram a praticar um simbolismo tardio, também conhecido como Neo-Simbolismo.
INÍCIO NO BRASIL – As primeiras obras do Simbolismo brasileiro foram:
a) Missal (prosa poética, 1893), de Cruz e Sousa.
b) Broquéis (poesias, 1893), de Cruz e Sousa.
DECADENTISTAS – A primeira manifestação simbolista brasileira deu-se no Rio de Janeiro. Um grupo de jovens, insatisfeitos com a objetividade e com o materialismo apregoados pelo Realismo-Naturalismo-Parnasianismo, começou a divulgar as idéias estético-literárias vindas da França. Ficaram conhecidos como decadentistas. O grupo decadentista era formado principalmente por Oscar Rosas, Cruz e Sousa e Emiliano Perneta.
PRIMEIRO MANIFESTO – O primeiro manifesto do Simbolismo brasileiro foi publicado no jornal Folha Popular, do Rio de Janeiro.
ANTIPARNASIANISTA – O Simbolismo é a negação do Realismo-Naturalismo-Parnasianismo. O movimento nega o materialismo e o racionalismo, pregando as manifestações metafísicas e espiritualistas.
NEO-SIMBOLISMO – A influência do Simbolismo brasileiro não se limita à data de 1902 (início do Pré-Modernismo). Muitos modernistas da primeira fase adotaram postura neo-simbolista, entre eles Cecília Meireles.
PRINCIPAIS LINHAS – O Simbolismo brasileiro seguiu três linhas bem distintas:
a) Poesia humanístico-social – Linha adotada por Cruz e Sousa e continuada por Augusto dos Anjos. Preocupava-se com os problemas transcendentais do ser humano.
b) Poesia místico-religiosa – Linha adotada por Alphonsus de Guimarães. Preocupava-se com os temas religiosos, afastando-se da linha esotérica adotada na Europa.
c) Poesia intimista-crepuscular – Linha adotada por pré-modernistas ou modernistas como Olegário Mariano, Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto, Manuel Bandeira. Preocupava-se com temas cotidianos, sentimentos melancólicos e gosto pela penumbra.
CARACTERÍSTICAS DO SIMBOLISMO
a) Misticismo e espiritualismo – A fuga da realidade leva o poeta simbolista ao mundo espiritual. É uma viagem ao mundo invisível e impalpável do ser humano. Uso de vocabulário litúrgico: antífona, missal, ladainha, hinos, breviários, turíbulos, aras, incensos.
b) Falta de clareza – Os poetas achavam que era mais importante sugerir elementos da realidade, sem delineá-los totalmente. A palavra é empregada para ter valor sonoro, não importando muito o significado.
c) Subjetivismo – A valorização do “eu” e da “irrealidade”, negada pelos parnasianos, volta a ter importância.
d) Musicalidade – Para valorizar os aspectos sonoros das palavras, os poetas não se contentam apenas com a rima. Lançam mão de outros recursos fonéticos tais como:
Aliteração – Repetição sequencial de sons consonantais. A seqüência de palavras com sons parecidos faz que o leitor menospreze o sentido das palavras para absorver-lhes a sonoridade. É o que ocorre nos versos seguintes, de Cruz e Sousa:
Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpia dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes,
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
(Violões que Choram)
Assonância – É a semelhança de sons entre vogais de palavras de um poema.
e) Sinestesia – Os poetas, tentando ir além dos significados usuais das palavras, terminam atribuindo qualidade às sensações. As construções parecem absurdas e só ganham sentido dentro de um contexto poético. Vejamos algumas construções sinestésicas: som vermelho, dor amarela, doçura quente, silêncio côncavo.
f) Maiúsculas no meio do verso – Os poetas tentam destacar palavras grafando-as com letra maiúscula.
g) Cor branca – Principalmente Cruz e Sousa tinha preferência por brancuras e transparências.
3. AUTORES E OBRAS MAIS IMPORTANTES (NO BRASIL)
CRUZ E SOUSA
NASCIMENTO E MORTE – João da Cruz e Sousa nasceu em Desterro, atual Florianópolis (SC), em 24 de novembro de 1861. Faleceu em Sítio (MG), em 19 de março de 1898.
FILHO DE ESCRAVOS – Os pais de Cruz e Sousa eram negros e escravos. Foram alforriados por seu senhor, o coronel (depois marechal) Guilherme Xavier de Sousa, de quem João da Cruz recebeu o último sobrenome e a proteção.
1871 – É matriculado no Ateneu Provincial Catarinense, onde estudou até o fim de 1875.
1881 – Parte para uma viagem pelo Brasil, acompanhando a Companhia Dramática Julieta dos Santos.
1884 – É nomeado promotor de Laguna, mas não pôde tomar posse porque os políticos racistas impugnaram a nomeação.
1885 – Estréia na literatura com Tropos e Fantasias, em colaboração com Virgílio Várzea.
Atividade (Cruz e Souza, Pedro Kilkerry, Alphonsus de Guimaraens)
Caríssimos acadêmicos e acadêmicas,
Postem aqui neste ESPAÇO Vida e Obra de (Cruz e Souza, Pedro Kilkerry, Alphonsus de Guimaraens)
Estamos aguardando as suas contribuições.
Abraço.
Professoras Generosa e Damáris
Postem aqui neste ESPAÇO Vida e Obra de (Cruz e Souza, Pedro Kilkerry, Alphonsus de Guimaraens)
Estamos aguardando as suas contribuições.
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Professoras Generosa e Damáris
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