segunda-feira, 13 de maio de 2013

RESUMO de MACUNAÍMA

Macunaíma - Livro Completo em http://www.slideshare.net/RebecaXavier/mario-de-andrade-macunaima-livro-completo

Resumo - http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/macunaima-resumo-obra-mario-andrade-700314.shtml

Com uma narrativa de caráter mítico, em que os acontecimentos não seguem as convenções realistas, a obra procura fazer um retrato do povo brasileiro, por meio do “herói sem caráter”.



Resumo


Macunaíma nasce à margem do Uraricoera na Floresta Amazônica e já manifesta uma de suas características mais fortes: a preguiça. Desde pequeno ele busca prazeres amorosos com a mulher de seu irmão Jiguê. Em uma de suas “brincadeiras” amorosas, Macunaíma se transforma em um príncipe lindo.

Por suas traquinagens, Macunaíma é abandonado pela mãe. No meio do mato, encontra o Curupira, que arma uma cilada para o herói, da qual acaba escapando por preguiça de seguir o falso conselho do Curupira. Depois de contar à cotia como enganou o monstro, ela joga calda de aipim envenenada em Macunaíma, fazendo seu corpo crescer, com exceção da cabeça, que ele consegue desviar do caldo.

Com a ajuda dos irmãos, Macunaíma consegue fazer sexo com Ci, a Mãe do Mato, que engravida e perde o filho. Após a morte do filho, Ci sob ao céu e se transforma em uma estrela. Antes disso, ela dá a Macunaíma a famosa muiraquitã, um tipo de talismã ou amuleto.

Triste, Macunaíma segue seu caminho após se despedir das Icamiabas (tribo das índias sem marido). Encontra o monstro Capei e luta contra ele. Nessa batalha, perde o muiraquitã e fica sabendo que uma tartaruga apanhada por um mariscador havia encontrado o talismã, e esse o tinha vendido a Venceslau Pietro Pietra, rico fazendeiro, residente em São Paulo.

O herói, acompanhado dos irmãos, vai para São Paulo, com o objetivo de recuperar a pedra. Na cidade, descobre que Venceslau Pietro Pietra é o gigante Piaimã, devorador de gente que era amigo da Ceiuci, também apreciadora de carne humana.

Macunaíma disfarça-se de francesa para seduzir o gigante Piaimã e recuperar a muiraquitã. O gigante propõe dar a pedra ao herói disfarçado se esse aceitasse dormir com ele. Macunaíma, então, foge numa correria por todo o Brasil.

Macunaíma vai para um terreiro de macumba no Rio de Janeiro e pede à macumbeira que dê uma sova cruel no gigante.

Ainda no Rio, o herói encontra Vei, a deusa-sol. O herói promete a Vei que iria casar-se com uma de suas filhas. Na mesma noite, no entanto, Macunaíma “brinca” (ou seja, faz sexo) com uma portuguesa, enfurecendo a deusa. Ela manda um monstro pavoroso atrás do herói, que foge deixando a portuguesa com o monstro.

No retorno a São Paulo, Macunaíma escreve a famosa “Carta pras Icamiabas”, na qual descreve, em estilo afetadíssimo, a agitação e as mazelas da vida paulistana.

Com Venceslau Pietro Pietra adoentado por conta da surra que levou de Exu, Macunaíma fica impossibilitado de recuperar a pedra. Assim, ele gasta seu tempo aprendendo as difíceis línguas da terra: “o brasileiro falado e o português escrito”.

Depois de arrumar uma saborosa confusão na cidade, o herói vai visitar o gigante, que ainda se recuperava. Resolve fazer uma pescaria no Tietê, onde também costumava pescar Ceiuci. Além de brincar com a filha da caapora, Macunaíma foge de Ceiuci em um cavalo que percorre de forma surrealista a América Latina: em algumas linhas, faz o incrível trajeto de Manaus à Argentina.

Disfarçando-se de pianista, Macunaíma tenta obter uma bolsa de estudo para seguir no encalço de Venceslau Pietro Pietra, que fora para a Europa. Não conseguindo ludibriar o governo, decide viajar pelo Brasil com os irmãos. Numa das andanças, com fome, o herói encontra um macaco comendo coquinhos. O macaco diz cinicamente que estava comendo os próprios testículos. Macunaíma, ingenuamente, pega então um paralelepípedo e bate com toda a força nos seus, ditos, coquinhos. O herói morre e é ressuscitado pelo irmão Manaape, que lhe restitui os testículos com dois cocos-da-baía.

Jiguê se enamora de uma moça piolhenta, que brinca toda hora com Macunaíma. Quando descobre a traição, Jiguê dá uma sova no herói e uma porretada na amante, que vai para o céu com seus piolhos, transformada em estrela que pula.

Macunaíma mata o gigante Piaimã, jogando-o num buraco com água fervendo, onde Ceiuci preparava uma imensa macarronada. Depois de matar Venceslau Pietro Pietra, o herói consegue recuperar a muiraquitã.

Macunaíma e os irmãos resolvem voltar para o Uraricoera, levando consigo alguns pertences e uma dose de saudade de São Paulo. Na volta, o herói tem vários casos amorosos. Perseguidos pelo Minhocão Oibê, Macunaíma o transforma num cachorro-do-mato e segue viagem.

Chegando ao Uraricoera, o herói se entristece ao ver a maloca da tribo destruída. Uma sombra leprosa devora os irmãos, e Macunaíma fica só. Todas as aves o abandonam, apenas um papagaio, a quem conta toda a sua história, permanece com ele.

Vei, a Sol, vinga a desfeita que Macunaíma havia feito a uma de suas filhas e cria uma armadilha para o herói, que, ao ver a uiara em uma lagoa, se deixa seduzir e acaba sendo mutilado pelo monstro. Macunaíma consegue recuperar suas partes mutiladas, abrindo a barriga do bicho, mas não encontra sua perna nem a muiraquitã. O herói vai para o céu, transformado na constelação da Ursa Maior.

Por fim, no epílogo o narrador conta que ficou conhecendo essa história através do papagaio ao qual Macunaíma havia relatado suas aventuras.

Lista de personagens
Macunaíma: personagem principal do livro, é individualista, preguiçoso e faz o que deseja sem se preocupar com nada. Além disso, é vaidoso, mente com a maior facilidade e gosta, acima de tudo, de se entregar aos prazeres carnais.

Maanape: irmão de Macunaíma. Tinha fama de feiticeiro e representa o povo negro.

Jiguê: outro irmão de Macunaíma. Representante do povo indígena.

Sofará: companheira de Jiguê com quem Macunaíma “brincou” diversas vezes.

Iriqui: segunda mulher de Jiguê. Macunaíma também “brincou” com ela diversas vezes, vindo a ganha-la de presente porque Jiguê achou que não valia a pena brigar por causa de uma mulher.

Ci: a Mãe do Mato. Foi o grande e único amor de Macunaíma. Engravidou dele, mas perdeu o filho e transformou-se em estrela. Foi ela quem deu a Muiraquitã a Macunaíma.

Venceslau Pietro Pietra ou Piaimã: gigante comedor de gente, que roubou a muiraquitã de Macunaíma.

Vei: é “a sol”. Tem duas filhas e quer que Macunaíma case com uma delas.

Ceiuci: mulher do gigante Piaimã, é uma velha gulosa comedora de gente.

Sobre Mario de Andrade
Mário Raul de Morais Andrade nasceu na cidade de São Paulo em 9 de outubro de 1893. Seu pai era de origem humilde, mas conseguiu alcançar uma situação financeira estável através de muito trabalho e esforço. Sua mãe, apesar de ser descendente de bandeirantes, também não era rica.

Quando pequeno tinha baixo rendimento na escola, ao contrário de seus irmãos, que eram muito elogiados. Porém, em dado momento Mário começou a estudar, ler muito e passava até nove horas por dia estudando música. Assim, em 1917, ele conclui o curso de piano no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, publica seu livro de estreia, Há uma gota de sangue em cada poema. Além disso, conhece Anita Malfatti e Oswald de Andrade.

Como um dos principais organizadores, participa da Semana de Arte Moderna, que foi realizada em 1922 no Teatro Municipal de São Paulo. Neste mesmo ano, publica o livro de poesia Paulicéia Desvairada. Em 1927 publica o polêmico Amar, verbo intransitivo, criticando a hipocrisia sexual da alta sociedade paulistana.

Em 1934 é nomeado diretor do Departamento de Cultura do Município de São Paulo, onde fica até 1938, quando se muda para o Rio de Janeiro. Em 1940 resolve voltar para São Paulo, vindo a trabalhar no Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Em 1942, publica O Movimento Modernista, onde faz o balanço e a crítica de sua geração. A partir dessa época, seu estado de saúde, que já era frágil, piora. Em 25 de fevereiro de 1945, Mário de Andrade sofre um ataque cardíaco e morre.

Além de romances, poemas e contos, Mário deixou uma grande coleção como crítico literário ("O movimento modernista" (1942), "Aspectos da literatura brasileira" (1943) e outros livros). Seus principais romances são: "Paulicéia Desvairada" (1922), "Amar, verbo intransitivo" (1927) e "Macunaíma" (1928).

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Estudo do filme "Macunaíma"
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – C.C.H.
CURSO: Letras/Português – 6º período
DISCIPLINA: Literatura Brasileira: do Simbolismo à semana da Arte Moderna.
PROFESSORAS: Dra. Maria Generosa Souto/ Damáris de Souza Ramos (estagiária)
DATA: 13/05/2013
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Atividade do filme: Macunaíma (1969), baseado no livro homônimo de Mário de Andrade.


Ficha técnica:
Título original: Macunaíma
Gênero: Comédia
Duração: 1h 48min
Ano de lançamento: 1969
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Elenco: Grande Otelo, Paulo José, Milton Gonçalves, Jardel Filho, Hugo Carvana, Dina Sfat.



Para refletir e RESPONDER neste BLOG:



1) Aponte as diferenças fundamentais entre o livro e o filme Macunaíma o herói sem nenhum caráter: em relação a livre adaptação do texto e o contexto histórico.
2) Considerado uma rapsódia pelo próprio Mário de Andrade, o texto caracteriza-se pelo acolhimento e assimilação de elementos variados de nossa cultura, como as crendices, os provérbios e o folclore. Por esse caráter multifacetado, pode-se considerar Macunaíma como representação da identidade brasileira ou esse procedimento torna-se inviável?
3) Macunaíma é um “herói sem nenhum caráter”, tal afirmação pode ser justificada porque o herói lança mão de qualquer recurso para obter vantagens, ou porque não encontrou sua própria definição, sua identidade. Discuta.
4) A afirmação dos elementos locais, do Brasil, está presente em Macunaíma, de Mário de Andrade. Comente sobre as características da malandragem e a satírica que o livro apresenta com relação a certos padrões de comportamento que indicam o “caráter” brasileiro.
5) Discuta os elementos do filme e do livro (procedimentos estéticos) que dialogam com a proposta vanguardista.

7 comentários:

  1. Blogger João Flávio Júnior disse...

    No filme de Macunaíma foram feitas diversas adaptações em relação ao livro. O diretor faz uma alusão à época da Ditadura dando a história um sentido diferente. Tal analogia é salutar, já que, dessa forma, a leitura do livro não é desprezada.
    Logo, o filme, além de ótimo, é de suma importância, pois através dele aprimoramos o nosso conhecimento no que tange à literatura brasileira.

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  2. É uma narrativa muito interessante, uma vez que a personagem principal da obra revela aspectos relevantes de pessoas trapaceiras que fazem de tudo para obter vantagem e se dar bem. A obra também aborda elementos vanguardistas, fundamentais para o nosso melhor entendimento da obra.

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  3. Gostei muito do filme pois podemos fazer alguns paralelos entre o livro e o filme.

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  4. O estudo dessa obra da primeira fase do nosso modernismo foi muito importante, tanto para entendermos a estética e as características desse movimento, como para compreendermos melhor a sociedade daquela época, já que Macunaíma pode ser considerada uma sátira aos padrões de vida brasileiros. Dessa maneira, o estudo que abrangeu o livro e o filme fez-nos perceber melhor o impacto dessa obra para àquela sociedade e para a literatura brasileira de modo geral.

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  5. "No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia, tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma..."
    Assim se inicia o romance Mario de Andrade, e podemos perceber os indigenismos, africanismos, regionalismos, gírias, palavrões, barbarismos, são alguns exemplos que revelam a intenção do autor de promover um panorama abrangente e fiel em relação à diversidade linguística brasileira. Também é possível verificar O discurso paródico está presente em toda a obra: o diálogo com a tradição do romance indianista se estabelece desde o início, na própria figura do protagonista; a sátira dos modelos clássicos se verifica, sobretudo, na apropriação inadequada que Macunaíma faz da linguagem empregada pelos cronistas do século XVI, na Carta pras Icamiabas.
    O subtítulo da obra Macunaíma - "herói sem nenhum caráter" - expressa simbolicamente a ideia de que o povo brasileiro, reúne atributos demasiadamente variados e contraditórios, que constroem uma identidade incoerente, indeterminada, indefinível.

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  6. 01) o filme Macunaíma é uma adaptação da obra pré modernista Mário de Andrade, notamos que adaptação da obra literária as vezes apresentam elementos que as vezes se assemelha ou as vezes se diferencia do texto literário. Quanto as diferenças notamos que o filme compromete os detalhes da obra e os fatos não são transmitidos com precisão assim como no texto literário.
    2) Na obra em questão notamos elementos que remetem a cultura popular brasileira, isso se deve pelo fato de que ao escrever Macunaíma, Mário de Andrade tentou construir algo que mostrasse a identidade cultural brasileira.
    3) Ao construir " Macunaíma" , um ser de várias faces, Mário de Andrade tentou mostrar as dificuldades que o ser humano tem para formar sua identidade, em se tratando de Macunaíma, o herói sem caráter, notamos que ele apresenta elementos que influencia na sua formação comportamental, fazendo o agir de maneira irracional, não medindo as consequências para atingir seus objetivos.
    4) A obra apresenta elementos que caracterizam o povo brasileiro, como a preguiça, a mistura de raças, aptidão pelo sexo, " o jeitinho brasileiro", porém não acredito que tais características influenciam no comportamento do povo brasileiro, assim como aconteceu com Macunaíma.
    5) Com caráter nacionalista, macunaíma trazem características que remetem ao pré -modernismo, como por exemplo, a ruptura com a linguagem, o uso de elementos que evidenciam a cultura popular brasileira.

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  7. Macunaíma nasceu na floresta brasileira e desde pequeno já mostrava como tinha um caráter indigno. Sempre com preguiça acabou formando assim o seu slogan: ”Ai! Que preguiça!” Na necessidade de uma companhia para seus passeios pela mata ia com a mulher de seu irmão Jinguê, mas no meio do mato ele se tornava um príncipe e assim ficava toda a tarde a ter relações com sua cunhada.

    Depois de pouco tempo o irmão descobriu e acabou lhe cedendo a mulher, mas Macunaíma logo se envolveu com a nova índia do irmão. E esse acaba por aceitar. Então nessas transformações em príncipe ele acabou se tornando homem. E como não tinha um bom caráter continuava a enganar a todos, até mesmo ao caipora.

    Um dia, na tentativa de caçar uma veada, aprisionou o seu filhote e ela como mãe voltou. Foi nesta oportunidade que Macunaíma a matou, porém quando se aproximou viu que na verdade tratava-se de sua mãe; ele tinha sido enganado pelo Anhangá.

    Assim, Macunaíma, junto com seus dois irmãos, Maanape e Jinguê, seguiram pela mata indo embora. No caminho encontrou com Ci, a mãe do mato, os dois tiveram relações e ele se tornou o Imperador do mato virgem. Os dois se amavam e tiveram um filho que logo foi abençoado para trazer muitas riquezas aos pais, principalmente a Macunaíma. Entretanto o menino adoeceu e morreu; Ci, cansada e desiludida, parte para as estrelas, o que significa a morte, mas antes deu ao esposo o muiraquitã – um talismã que lhe garantiria a felicidade.

    Eles seguem uma vida no mato até que o “herói sem caráter” parte pra São Paulo porque descobriu que o muiraquitã que ganhara e tinha perdido estava com o comerciante Venceslau Pietro, um colecionador de pedras. Macunaíma vai atrás do talismã e em São Paulo conhece as chamadas máquinas. Buscava por ainda mais dinheiro e se diverte enganando os irmãos e dormindo com as mulheres da cidade. Porém as coisas com Venceslau Pietro não correram bem como ele esperava.

    O comerciante era na verdade o gigante Piaimã, comedor de gente. O nosso anti-herói sofre muito na tentativa de reconquistar o presente de Ci, até que finalmente procura a macumba e lá pediu a exu que desse uma bela surra na alma do gigante, pois assim ele teria de volta o muiraquitã.

    Tendo o talismã de volta, os três voltaram a Amazônia, mas lá os irmãos de Macunaíma morrem e ele acaba sendo encantado pela Iara, perdendo assim a pedra que ganhou de Ci de uma vez por todas. Assim como sua companheira, mãe do mato, cansado da vida e desiludido, ele sobe ao céus, dando origem a constelação da Ursa Maior.
    Referencia: http://vestibular.brasilescola.com/resumos-de-livros/macunaima.htm

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Agradecida,
Profa. Generosa Souto