Neste período
literário, o ARCADISMO tem uma visão de mundo baseada na ciência como único meio de explicar
e modificar o mundo. Com isso, a razão passa a ser a base do conhecimento
humano, assim, desprezando a religiosidade pregada pelo período anterior, o Barroco.
Na poesia árcade,
destaca-se Manuel Maria Barbosa du Bocage que viveu entre 1765 e 1805 e foi o
poeta mais importante desse período. Assim como Camões e outros poetas
portugueses, Bocage viveu várias experiências amorosas, aventuras em colônias
portuguesas no Oriente, na Índia (anagrama: Goa) e na China (anagrama: Macau).
Frequentou companhia militares, guerreou, naufragou, foi preso pela Inquisição
por sua poesia erótica e morreu pobre. Bocage fez parte da Nova Arcádia, onde
foi apelidado de Elmano Sadino.
A obra de Bocage
revela o momento histórico de transição entre o arcadismo e o romantismo. Esse
momento foi marcado pela Revolução Francesa, 1789, e pelo florescimento do
Romantismo. Portanto, a obra do poeta não é árcade nem romântica, é transitória
e tem características dos dois períodos literários.
O arcadismo veio
para equilibrar o exagero e a dualidade do barroco e foi seguido por uma fase
romântica e realista. Portanto, assim como na vida, a literatura se
desequilibra para suceder períodos equilibrados que façam o homem perceber
valores distintos. Tanto no barroco, no arcadismo e no romantismo, o homem
confrontou tudo e todos para tentar chegar a um equilíbrio por meio da razão. E
para que esse equilíbrio? Se a perfeição realmente existe, só pode ser
alcançada por meio do equilíbrio.
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Agradecida,
Profa. Generosa Souto