segunda-feira, 10 de outubro de 2011

CONTO: A TERCEIRA MARGEM DO RIO

A Terceira Margem do Rio Guimarães Rosa Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido assim desde mocinho e menino, pelo que testemunharam as diversas sensatas pessoas, quando indaguei a informação. Do que eu mesmo me alembro, ele não figurava mais estúrdio nem mais triste do que os outros, conhecidos nossos. Só quieto. Nossa mãe era quem regia, e que ralhava no diário com a gente — minha irmã, meu irmão e eu. Mas se deu que, certo dia, nosso pai mandou fazer para si uma canoa. Era a sério. Encomendou a canoa especial, de pau de vinhático, pequena, mal com a tabuinha da popa, como para caber justo o remador. Mas teve de ser toda fabricada, escolhida forte e arqueada em rijo, própria para dever durar na água por uns vinte ou trinta anos. Nossa mãe jurou muito contra a idéia. Seria que, ele, que nessas artes não vadiava, se ia propor agora para pescarias e caçadas? Nosso pai nada não dizia. Nossa casa, no tempo, ainda era mais próxima do rio, obra de nem quarto de légua: o rio por aí se estendendo grande, fundo, calado que sempre. Largo, de não se poder ver a forma da outra beira. E esquecer não posso, do dia em que a canoa ficou pronta. Sem alegria nem cuidado, nosso pai encalcou o chapéu e decidiu um adeus para a gente. Nem falou outras palavras, não pegou matula e trouxa, não fez a alguma recomendação. Nossa mãe, a gente achou que ela ia esbravejar, mas persistiu somente alva de pálida, mascou o beiço e bramou: — "Cê vai, ocê fique, você nunca volte!" Nosso pai suspendeu a resposta. Espiou manso para mim, me acenando de vir também, por uns passos. Temi a ira de nossa mãe, mas obedeci, de vez de jeito. O rumo daquilo me animava, chega que um propósito perguntei: — "Pai, o senhor me leva junto, nessa sua canoa?" Ele só retornou o olhar em mim, e me botou a bênção, com gesto me mandando para trás. Fiz que vim, mas ainda virei, na grota do mato, para saber. Nosso pai entrou na canoa e desamarrou, pelo remar. E a canoa saiu se indo — a sombra dela por igual, feito um jacaré, comprida longa. Nosso pai não voltou. Ele não tinha ido a nenhuma parte. Só executava a invenção de se permanecer naqueles espaços do rio, de meio a meio, sempre dentro da canoa, para dela não saltar, nunca mais. A estranheza dessa verdade deu para. estarrecer de todo a gente. Aquilo que não havia, acontecia. Os parentes, vizinhos e conhecidos nossos, se reuniram, tomaram juntamente conselho. Nossa mãe, vergonhosa, se portou com muita cordura; por isso, todos pensaram de nosso pai a razão em que não queriam falar: doideira. Só uns achavam o entanto de poder também ser pagamento de promessa; ou que, nosso pai, quem sabe, por escrúpulo de estar com alguma feia doença, que seja, a lepra, se desertava para outra sina de existir, perto e longe de sua família dele. As vozes das notícias se dando pelas certas pessoas — passadores, moradores das beiras, até do afastado da outra banda — descrevendo que nosso pai nunca se surgia a tomar terra, em ponto nem canto, de dia nem de noite, da forma como cursava no rio, solto solitariamente. Então, pois, nossa mãe e os aparentados nossos, assentaram: que o mantimento que tivesse, ocultado na canoa, se gastava; e, ele, ou desembarcava e viajava s'embora, para jamais, o que ao menos se condizia mais correto, ou se arrependia, por uma vez, para casa. No que num engano. Eu mesmo cumpria de trazer para ele, cada dia, um tanto de comida furtada: a idéia que senti, logo na primeira noite, quando o pessoal nosso experimentou de acender fogueiras em beirada do rio, enquanto que, no alumiado delas, se rezava e se chamava. Depois, no seguinte, apareci, com rapadura, broa de pão, cacho de bananas. Enxerguei nosso pai, no enfim de uma hora, tão custosa para sobrevir: só assim, ele no ao-longe, sentado no fundo da canoa, suspendida no liso do rio. Me viu, não remou para cá, não fez sinal. Mostrei o de comer, depositei num oco de pedra do barranco, a salvo de bicho mexer e a seco de chuva e orvalho. Isso, que fiz, e refiz, sempre, tempos a fora. Surpresa que mais tarde tive: que nossa mãe sabia desse meu encargo, só se encobrindo de não saber; ela mesma deixava, facilitado, sobra de coisas, para o meu conseguir. Nossa mãe muito não se demonstrava. Mandou vir o tio nosso, irmão dela, para auxiliar na fazenda e nos negócios. Mandou vir o mestre, para nós, os meninos. Incumbiu ao padre que um dia se revestisse, em praia de margem, para esconjurar e clamar a nosso pai o 'dever de desistir da tristonha teima. De outra, por arranjo dela, para medo, vieram os dois soldados. Tudo o que não valeu de nada. Nosso pai passava ao largo, avistado ou diluso, cruzando na canoa, sem deixar ninguém se chegar à pega ou à fala. Mesmo quando foi, não faz muito, dos homens do jornal, que trouxeram a lancha e tencionavam tirar retrato dele, não venceram: nosso pai se desaparecia para a outra banda, aproava a canoa no brejão, de léguas, que há, por entre juncos e mato, e só ele conhecesse, a palmos, a escuridão, daquele. A gente teve de se acostumar com aquilo. Às penas, que, com aquilo, a gente mesmo nunca se acostumou, em si, na verdade. Tiro por mim, que, no que queria, e no que não queria, só com nosso pai me achava: assunto que jogava para trás meus pensamentos. O severo que era, de não se entender, de maneira nenhuma, como ele agüentava. De dia e de noite, com sol ou aguaceiros, calor, sereno, e nas friagens terríveis de meio-do-ano, sem arrumo, só com o chapéu velho na cabeça, por todas as semanas, e meses, e os anos — sem fazer conta do se-ir do viver. Não pojava em nenhuma das duas beiras, nem nas ilhas e croas do rio, não pisou mais em chão nem capim. Por certo, ao menos, que, para dormir seu tanto, ele fizesse amarração da canoa, em alguma ponta-de-ilha, no esconso. Mas não armava um foguinho em praia, nem dispunha de sua luz feita, nunca mais riscou um fósforo. O que consumia de comer, era só um quase; mesmo do que a gente depositava, no entre as raízes da gameleira, ou na lapinha de pedra do barranco, ele recolhia pouco, nem o bastável. Não adoecia? E a constante força dos braços, para ter tento na canoa, resistido, mesmo na demasia das enchentes, no subimento, aí quando no lanço da correnteza enorme do rio tudo rola o perigoso, aqueles corpos de bichos mortos e paus-de-árvore descendo — de espanto de esbarro. E nunca falou mais palavra, com pessoa alguma. Nós, também, não falávamos mais nele. Só se pensava. Não, de nosso pai não se podia ter esquecimento; e, se, por um pouco, a gente fazia que esquecia, era só para se despertar de novo, de repente, com a memória, no passo de outros sobressaltos. Minha irmã se casou; nossa mãe não quis festa. A gente imaginava nele, quando se comia uma comida mais gostosa; assim como, no gasalhado da noite, no desamparo dessas noites de muita chuva, fria, forte, nosso pai só com a mão e uma cabaça para ir esvaziando a canoa da água do temporal. Às vezes, algum conhecido nosso achava que eu ia ficando mais parecido com nosso pai. Mas eu sabia que ele agora virara cabeludo, barbudo, de unhas grandes, mal e magro, ficado preto de sol e dos pêlos, com o aspecto de bicho, conforme quase nu, mesmo dispondo das peças de roupas que a gente de tempos em tempos fornecia. Nem queria saber de nós; não tinha afeto? Mas, por afeto mesmo, de respeito, sempre que às vezes me louvavam, por causa de algum meu bom procedimento, eu falava: — "Foi pai que um dia me ensinou a fazer assim..."; o que não era o certo, exato; mas, que era mentira por verdade. Sendo que, se ele não se lembrava mais, nem queria saber da gente, por que, então, não subia ou descia o rio, para outras paragens, longe, no não-encontrável? Só ele soubesse. Mas minha irmã teve menino, ela mesma entestou que queria mostrar para ele o neto. Viemos, todos, no barranco, foi num dia bonito, minha irmã de vestido branco, que tinha sido o do casamento, ela erguia nos braços a criancinha, o marido dela segurou, para defender os dois, o guarda-sol. A gente chamou, esperou. Nosso pai não apareceu. Minha irmã chorou, nós todos aí choramos, abraçados. Minha irmã se mudou, com o marido, para longe daqui. Meu irmão resolveu e se foi, para uma cidade. Os tempos mudavam, no devagar depressa dos tempos. Nossa mãe terminou indo também, de uma vez, residir com minha irmã, ela estava envelhecida. Eu fiquei aqui, de resto. Eu nunca podia querer me casar. Eu permaneci, com as bagagens da vida. Nosso pai carecia de mim, eu sei — na vagação, no rio no ermo — sem dar razão de seu feito. Seja que, quando eu quis mesmo saber, e firme indaguei, me diz-que-disseram: que constava que nosso pai, alguma vez, tivesse revelado a explicação, ao homem que para ele aprontara a canoa. Mas, agora, esse homem já tinha morrido, ninguém soubesse, fizesse recordação, de nada mais. Só as falsas conversas, sem senso, como por ocasião, no começo, na vinda das primeiras cheias do rio, com chuvas que não estiavam, todos temeram o fim-do-mundo, diziam: que nosso pai fosse o avisado que nem Noé, que, por tanto, a canoa ele tinha antecipado; pois agora me entrelembro. Meu pai, eu não podia malsinar. E apontavam já em mim uns primeiros cabelos brancos. Sou homem de tristes palavras. De que era que eu tinha tanta, tanta culpa? Se o meu pai, sempre fazendo ausência: e o rio-rio-rio, o rio — pondo perpétuo. Eu sofria já o começo de velhice — esta vida era só o demoramento. Eu mesmo tinha achaques, ânsias, cá de baixo, cansaços, perrenguice de reumatismo. E ele? Por quê? Devia de padecer demais. De tão idoso, não ia, mais dia menos dia, fraquejar do vigor, deixar que a canoa emborcasse, ou que bubuiasse sem pulso, na levada do rio, para se despenhar horas abaixo, em tororoma e no tombo da cachoeira, brava, com o fervimento e morte. Apertava o coração. Ele estava lá, sem a minha tranqüilidade. Sou o culpado do que nem sei, de dor em aberto, no meu foro. Soubesse — se as coisas fossem outras. E fui tomando idéia. Sem fazer véspera. Sou doido? Não. Na nossa casa, a palavra doido não se falava, nunca mais se falou, os anos todos, não se condenava ninguém de doido. Ninguém é doido. Ou, então, todos. Só fiz, que fui lá. Com um lenço, para o aceno ser mais. Eu estava muito no meu sentido. Esperei. Ao por fim, ele apareceu, aí e lá, o vulto. Estava ali, sentado à popa. Estava ali, de grito. Chamei, umas quantas vezes. E falei, o que me urgia, jurado e declarado, tive que reforçar a voz: — "Pai, o senhor está velho, já fez o seu tanto... Agora, o senhor vem, não carece mais... O senhor vem, e eu, agora mesmo, quando que seja, a ambas vontades, eu tomo o seu lugar, do senhor, na canoa!..." E, assim dizendo, meu coração bateu no compasso do mais certo. Ele me escutou. Ficou em pé. Manejou remo n'água, proava para cá, concordado. E eu tremi, profundo, de repente: porque, antes, ele tinha levantado o braço e feito um saudar de gesto — o primeiro, depois de tamanhos anos decorridos! E eu não podia... Por pavor, arrepiados os cabelos, corri, fugi, me tirei de lá, num procedimento desatinado. Porquanto que ele me pareceu vir: da parte de além. E estou pedindo, pedindo, pedindo um perdão. Sofri o grave frio dos medos, adoeci. Sei que ninguém soube mais dele. Sou homem, depois desse falimento? Sou o que não foi, o que vai ficar calado. Sei que agora é tarde, e temo abreviar com a vida, nos rasos do mundo. Mas, então, ao menos, que, no artigo da morte, peguem em mim, e me depositem também numa canoinha de nada, nessa água que não pára, de longas beiras: e, eu, rio abaixo, rio a fora, rio a dentro — o rio. Texto extraído do livro "Primeiras Estórias", Editora Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 1988, pág. 32, cuja compra e leitura recomendamos. Tudo sobre o autor e sua obra em "Biografias".http://www.releituras.com/guimarosa_margem.asp A terceira margem do rio (Conto de Primeiras estórias), de Guimarães Rosa Análise da obra A terceira margem do rio, da obra Primeiras estórias, de Guimarães Rosa, é narrado em primeira pessoa e é o mais famoso e o mais aberto conto do autor. Existe no conto uma intertextualidade bíblica com Noé. Tempo Neste conto o tempo cronológico é de um longo período, toda a vida do narrador. Mas a intensidade com que as impressões e o amadurecimento do narrador são trabalhados dão enfoque ao tempo psicológico. Espaço O espaço é delimitado pela presença concreta do rio, caracterizando a paisagem rural de sempre. Desse espaço, como foi comentado anteriormente, emanam magia e transcendentalismo aos olhos do leitor, no ir e vir do rio e da vida. Personagens Os personagens são: filho (narrador-personagem), pai (“virara cabeludo, barbudo, de unhas grandes, mal e magro, ficado preto de sol e dos pêlos, com aspecto de bicho, conforme quase nu, mesmo dispondo das peças de roupas que a gente de tempos em tempos fornecia”), mãe, irmã, irmão, tio (irmão da mãe), mestre, Padre, dois soldados e jornalistas. Esses personagens, sem nomes, acabam se caracterizando como tipos sociais, por suas funções na história. A observação desse aspecto já mostra, no pai, a tendência ao isolamento. Sempre fora a mãe a responsável pelo comando prático da família. O pai, sempre quieto. O filho e narrador não foi aceito na infância para companheiro do pai no seu desafio. Na maturidade, quando tem a oportunidade, acha não estar preparado para ir rumo ao desconhecido, ao "inominável". Recursos de estilo • Toda essa estranha história vem vazada no já comentado estilo típico de Guimarães Rosa. A oralidade é reproduzida na fala do narrador: Do que eu mesmo em alembro, ele não figurava mais estúrdio nem mais triste do que os outros, conhecidos nossos. Só quieto. Nossa mãe era quem ralhava no diário com a gente. • As frases, curtas e coordenadas, independentes, garantem um ritmo lento e pausado à leitura: Ele me escutou. Ficou em pé. Manejou remo n'água, proava para cá concordando. • A sintaxe é recriada de maneira inusitada, provocando estranhezas durante a leitura: "não fez a alguma recomendação", "nosso pai se desaparecia para a outra banda, aproava a canoa no brejão, de léguas, que há, por entre juncos e mato, e só ele conhecesse, a palmos, a escuridão, daquele". • A repetição também é um recurso expressivo comum ao autor, como no caso: e o rio-rio-rio, o rio sempre fazendo perpétuo. • Neologismos também estão presentes ("diluso", talvez variante de diluto, diluído; ou "bubuiasse") ao lado de termos regionais como "trouxa", no sentido de comida e roupas, típico no falar dos boiadeiros; além de outras palavras pouco comuns: encalcou, entestou etc. • As figuras de linguagem reforçam o lado poético do conto como exemplificam a gradação "Cê vai, ocê fique, você nunca volte!", a antítese "perto e longe de sua família dele", além do próprio caráter metafórico do rio. Sem dúvida, todos esses recursos geram dificuldade ao leitor que desafia a obra rosiana. Mas, uma vez enfrentados, eles permitem o acesso ao mundo do "encantatório", ao mundo do desconhecido, da terceira margem, que só poderia ser recriado por uma linguagem também recriada e nova, capaz de refletir todo o deslumbramento desse universo. A temática deste conto é a loucura. Desde o título, o leitor já depara com o insólito da obra rosiana: o que vem a ser a terceira margem do rio? A expressão provoca o entendimento a fim de despertá-lo para o mundo do inconsciente, do abstrato. A terceira margem é aquilo que não se vê, que não se toca, que não se conhece. O pai, ao ir à procura da terceira margem do rio, busca o desconhecido dentro de si mesmo; o isolamento é a única maneira encontrada para procurar entender os mistérios da alma, o incompreensível da vida. A estranha história do homem que abandona sua família para viver em uma canoa e nunca mais sair dela é o argumento exemplar usado pelo autor para discorrer sobre o medo do desconhecido. O rio sempre teve destaque na imaginação do autor: […] amo os grandes rios, pois são profundos como a alma do homem. Na superfície são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranqüilos e escuros como os sofrimentos dos homens. Amo ainda mais uma coisa de nossos grandes rios: a eternidade. Sim, rio é uma palavra mágica para conjugar a eternidade. Guimarães Rosa Um aspecto interessante a ser notado é que o narrador, quando criança, queria embarcar com o pai. Este o impediu. Adulto, intui o porquê da busca do pai e, chegando-se à margem do rio, diz que quer substituí-lo. É o único momento em que o velho se manifesta, indo em direção à margem. No entanto, o narrador fica com medo da imagem do pai, que parecia vir do outro mundo. Foge. Por isso, torna-se a única personagem fracassada, pois não foi capaz de transcender, de realizar seu salto. Resumo do conto A terceira margem do rio conta a história de um homem que evade de toda e qualquer convivência com a família e com a sociedade, preferindo a completa solidão do rio, lugar em que, dentro de uma canoa, rema “rio abaixo, rio a fora, rio a dentro”. Por contradizer os padrões normais de comportamento, ele é tido como um desequilibrado. O narrador-personagem é seu filho e relata todas as tentativa da família, parentes, vizinhos e conhecidos de estabelecer algum tipo de comunicação com o solitário remador. Contudo o pai recusa qualquer contato. A família, inicialmente aturdida com a atitude inusitada do pai, vai-se acostumando com seu abandono. Com o tempo, mudam-se da fazenda onde residiam; a irmã casa-se e vai embora, levando a mãe; o irmão também muda-se para outra cidade. Somente o narrador permanece. Sua vida torna-se reclusa e sem sentido, a não ser pelo desejo obstinado de entender os motivos da ausência do pai: “Sou homem de tristes palavras. De que era que eu tinha tanta culpa? Se o meu pai, sempre fazendo ausência: e o rio-rio-rio, o rio-pondo perpétuo.” Um dia, dirige-se ao rio, grita pelo pai e propõe tomar o seu lugar na canoa. Mediante a concordância dele, o filho foge, apavorado, desistindo da idéia: “E estou pedindo, pedindo, pedindo um perdão. (...) Sei que ninguém soube mais dele. Sou homem depois desse falimento? Sou o que não foi, o que vai ficar calado.” O narrador-personagem nos dá a conhecer um ser humano cujos ideais de vida divergem dos padrões aceitos como normais. Trata-se do pai do narrador, o qual com sua atitude obstinada, ao mesmo tempo, afronta e perturba seus familiares e conhecidos, que se vêem obrigados a questionar as razões de seu isolamento e alienação. O único a persistir na busca de entendimento da opção do pai é o narrador, que não descuida dele e chega a desejar substituí-lo. A escolha do isolamento no rio instiga permanentemente o filho. Este é levado a questionar o próprio existir humano. Texto postado em: http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/a/a_terceira_margem_do_rio_conto

28 comentários:

  1. Exposição: A história é narrada por um homem, cujo pai ficou louco e fica no rio remando uma canoa.

    Complicação: A família toda do pai louco tenta, em vão, entrar em contado com o pai. Assim, resta apenas o abandono, fazendo a família ir embora da cara, restando apenas o narrador.

    Clímax: O narrador passa a ficar sozinho, e o seu motivo fica apenas a entender a loucura do pai. Então, vai até o rio e grita para trocar de lugar na lagoa com o pai

    Desfecho: O pai diz que aceita trocar de lugar com ele, mas o filho muda de ideia, diante da loucura que iria cometer, e foge.

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  2. A Terceira Margem do Rio de Guimarães Rosa, narra a história de um homem que mesmo tendo constituído família, decide abandoná-la, para enveredar-se nas reentrâncias de um rio desconhecido. Essa personagem torna-se tão obstinada, que nunca mais pisa em terra firme. O conto é narrado por seu filho que inicialmente deseja juntar-se ao pai nessa aventura. A mãe e esposa é avessa a tal situação, mas não vendo saída acaba por aceitá-la. O tempo nesse conto é o cronológico pois, perfaz toda a vida do narrador. Contudo, torna-se evidente o tempo psicológico, já que os pensamentos do narrador em relação ao pai e, em relação às consequêcias advindas de sua obstinação, são explicitados. Os fatos inerentes ao conto, dizem respeito aos familiares do narrador, assim o emaranhado de acontecimentos perpassa entre as situações vividas pelos mesmos. O narrador nos traz o casamento de sua irmã, além da mudança de sua mãe e irmãos para longe. Deixando claro, a conformidade de todos em relação à ausência do pai e marido. Entretanto, o narrador torna-se uma existência sofrida, supondo reincidentemente o possível padecimento de seu pai. O ponto crucial deste conto, faz-se presente no momento em que o narrador pede seu pai para substituí-lo e, este aceita. Todavia, aquele se amedronta perante a jornada deste na pequena canoa. O final é um tanto fatídico, pois o narrador foge no momento da troca e, seu pai, perde-se nas águas do rio.

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  3. Um pai quieto e uma mãe que regia e que ralhava com a irmã, o irmão, e com o narrador da história.
    O pai encomenda uma canoa especial.A canoa teve de ser toda fabricada,forte,própria para durar na água uns vinte ou tinta anos.
    O pai entrou na canoa e remou.Ele não tinha ido a nenhuma parte.Só executava a invenção de permanecer no rio, sempre dentro da canoa e não voltar nunca mais.
    O filho após muitos anos consegue ver o pai,mas fica com medo,porque lhe pareceu que o pai vinha da parte do além e foge. Depois desse acontecimento nunca mais soube notícia do seu pai.

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  4. A terceira margem do rio, da obra Primeiras estórias, de Guimarães Rosa, apresenta em sua introdução o narrador que é narrador-personagem descrevendo um pouco as características de seu pai, que decidiu mandar fazer uma canoa e passar o resto de sua vida no rio.
    O desenvolvimento se dá quando este homem decide dar um adeus para sua familia e sem explicação nenhuma vai embora morar no rio.O filho, que é o narrador pede para ir com ele, mas o pai faz gesto para que ele volte. A familia fica inconsolada sem entender tal atitude.
    O momento de maior tensão, é a preocupação do narrador que fica se indagando, procurando explicações,deixando de viver sua vida, só pensando no pai, e indo até o rio pendindo para tomar o lugar de seu pai na canoa.
    O desfecho é quando o pai decide trocar de lugar com o filho, mas ele sente medo e foge.

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  5. O conto A terceira margem do rio de Guimarães Rosa é narrado em 1ª pessoa. Os personagens são o filho, que é o narrador personagem, pai, mãe, irmã, tio, mestre, padre, soldados e jornalistas.
    Exposição: É apresentada a imagem que o filho tinha do pai, um homem mais quieto, sendo a sua esposa que regia tudo.
    Complicação: O pai manda construir uma canoa, pequena, porém forte, isso preocupa sua esposa que fica sem entender nada.
    Clímax: O momento de maior tensão é quando o pai se despede da família e entra na canoa sem dar nenhuma explicação, isso preocupa a todos, inclusive quem não é da família e surge algumas hipóteses para a sua partida, como loucura, pagamento de promessa e até existe uma intertextualidade com a passagem bíblica da Arca de Noé; o filho passou a deixar alimentos para o pai, ate que um certo dia o pai não apareceu mais para pegar os alimentos.
    Desfecho: O desfecho se da com o reencontro do filho com o pai, e ele pede para trocarem de lugar, o pai aceita e o filho ao vê-lo vindo em sua direção fica com medo e foge.

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  6. A terceira margem do rio de "Guimarães Rosa”, se enquadra em primeira pessoa que é narrado pelo narrador-personagem,o filho do canoeiro.O filho relata como era o seu pai:ordeiro,positivo e conta a sua história.
    O pai mandou fazer uma canoa,e decidiu ir embora para ficar remando pelo rio.sempre por perto da casa,o seu filho sempre levava comida para ele,que pegava escondido.O tempo passava e nada do pai voltar,ficava num percurso de ir e vir.Certo dia a família chamou e esperou pelo pai para vê-lo,mas ele não apareceu e todos choraram e foi aí que a mãe decidiu ir morar com a sua filha,pois já estava bem velha.
    Envelhecendo,o filho residiu sozinho naquela casa.Até que um dia ele avistou o pai e chamou para trocar de lugar com ele.O pai então,remou a canoa até o filho.
    O fim do conto é bem triste,pois vendo o pai se aproximar,o filho resolveu fugir e correu do pai,posteriormente não queria aquela vida sofrida que havia de ter.

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  7. A terceira margem do rio, da obra Primeiras estórias, de Guimarães Rosa, conta a história de um homem que evade de toda e qualquer convivência com a família e com a sociedade, preferindo a completa solidão do rio, lugar em que, dentro de uma canoa, passa o resto de sua vida, mostrando, também, o tempo cronológico que é um longo período, a vida do narrador.Trata-se do pai do narrador, o qual com sua atitude obstinada, ao mesmo tempo, afronta e perturba seus familiares e conhecidos, que se vêem obrigados a questionar as razões de seu isolamento e alienaçãoTrata-se do pai do narrador, o qual com sua atitude obstinada, ao mesmo tempo, afronta e perturba seus familiares e conhecidos, que se vêem obrigados a questionar as razões de seu isolamento e alienação.O ambiente em que a história se passa é num rio, demonstrando também a área rural.O interessante a ser notado é que o narrador, quando criança, queria embarcar com o pai. Este o impediu.Adulto, intui o porquê da busca do pai e, chegando-se à margem do rio, diz que quer substituí-lo. É o único momento em que o velho se manifesta, indo em direção à margem. No entanto, o narrador fica com medo da imagem do pai, que parecia vir do outro mundo. Foge. Por isso, torna-se a única personagem fracassada, pois não foi capaz de superar seu medo e ficar no lugar do pai.

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  8. Exposição: Um homem, pai de família decide se privar de toda e qualquer convivência com a família e com a sociedade, preferindo a completa solidão do rio, dentro de uma canoa.

    Complicação: O filho, tenta de todas as maneiras manter a comunicação com seu pai, levando comida e roupas para a margem esperando que ele busque.
    A família começa a se acostumar com o abandono. Com o tempo, mudam-se da fazenda onde residiam; a irmã casa-se e vai embora, levando a mãe; o irmão também muda-se para outra cidade. Somente um dos filhos permanece pelo desejo obstinado de entender os motivos da ausência do pai.

    Clímax: O filho não aguentando mais essa agonia dirigiu-se ao rio e gritou pelo pai propondo tomar o seu lugar na canoa. Mediante a concordância dele, o filho foge apavorado, desistindo da idéia.

    Desfecho: O pai foi embora e ninguém mais soube dele.

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  9. Este conto relata a história de um homem que construiu uma canoa e deixou a casa e a família para navegar no rio. O tempo foi passando e ele á sua casa não retornou. O filho levava alimentos á margem do rio para que ele não morresse de fome, mas com o passar o homem sumiu deixando assim, o fim incerto.

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  10. Valdilene
    Exposição:Um pai de família resolve pegar uma canoa e nela morar ficando assim longe da família.
    Complicação:A familia tenta manter o contato porèm não aguenta e vai embora.Só permanece o narrador para tentar ajudar o pai.
    Clímax:O filho pede para trocar de lugar com o pai.
    Desfecho:mediante a concordância do pai,o filho foge apavorado.

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  11. A Terceira Margem do Rio



    Introdução: Narra a história de um homem que repentinamente manda construir uma canoa, passando a habitar a terceira margem do rio.O filho faz referência ao pai mostrando ter sido ele sempre ligado à regra,aos padrões vigentes,a normalidade.
    Desenvolvimento:O conta a história de um homem que evade a toda e qualquer convivência com a família e com a sociedade preferindo a completa solidão do rio e escolhe a viver dentro de uma canoa, é visto por muito como desequilibrado.O filho juntamente com o restante da família tenta estabelecer algum tipo de comunicação, mas ele recusa qualquer contato.Passado algum tempo sem sucesso a família se cansa da atitude inusitada e acaba abandonando exceto o filho mais velho.Sua vida se torna sem sentido por não entender os motivos que levaram o seu pai a tomar esta decisão, na tentativa de buscar explicação pelos atos do seu pai, dirigi-se a rio e grita o pai, fazendo uma proposta de tomar o seu lugar na canoa.O pai acaba concordando, mas chegando perto da margem do rio vê o filho fugir do acordo.
    Clímax: Acontece no momento em que o pai depois de tantos e tantos anos, faz um aceno para o filho quando ele se propõe a assumir o seu lugar na canoa.
    Desfecho: Ocorre quando o filho tem a oportunidade de substituir o pai na canoa,, porém acaba fugindo por temer os sofrimentos que teria que passar sem está preparado para essa incumbência. Trata-se de um conto surpreendente, visto que o pai ir a procura da terceira margem do rio busca o desconhecido dentro de si mesmo.O isolamento é a única maneira encontrada para procurar entender os mistérios da alma, o incompreensível da vida.


    OBS: A terceira margem é aquilo que não se vê, que não se toca, que não se conhece.

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  12. A terceira margem do rio, de Guimarães Rosa, apresenta a história onde o narrador que é narrador-personagem ( porque participa da história) descrevendo as características do pai, que decidiu mandar fazer uma canoa e passar o resto de sua vida no rio.
    O desenvolvimento acontece quando este homem decide ir embora e dizer adeus para sua família e decide que vai morar no rio. O filho, que é o narrador pede para ir com ele, mas o pai faz gesto para que ele volte. A família fica sem entender tal atitude do pai e o filho resolve deixar todos os dia alimento para o pai as margens do rio, só que tem um dia que o pai não pega mais os alimentos.
    O Clímax se dá com preocupação do narrador que fica se indagando, procurando explicações,deixando de viver sua vida, só pensando no pai, e indo até o rio pedindo para trocar de lugar com o pai..
    O desfecho é quando o filho após muitos anos ver o pai, mas ele foge com medo pois pensa que aquela imagem do pai pode ser do além e depois desse acontecimento nunca mais o filho torna a ver o seu pai.
    Aline Leite

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  13. O conto A TERCEIRA MARGEM DO RIO, de Guimarães Rosa,é composto pela história de um homem que decidiu deixar a sua família para viver no rio, e para isso, pediu que construíssem uma canoa.O filho,que narra a história,ao ver o pai partir se condoeu,e as escondidas furtava alimento para o alimentar, porém ele não o avistava, quer dizer nem sempre. Os filhos tinham desejo ver o pai, mas este quando os viam ignorava-os.O desfecho da história ocorre quando o filho,narrador,já velho, vê o pai e pede para poderem trocar de lugar e o pai pela primeira vez da sinal e o filho quando percebe que o homem está vindo em sua direção sente medo e sai correndo e depois disso ninguém nunca mais soube do homem.

    Amanda Silva.

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  14. Exposição: A história é narrada por um menino: seu pai mandou fazer para si uma canoa e sua mãe era totalmente contra a idéia. No dia em que a canoa ficou pronta, sua mãe bramou: — "Cê vai, ocê fique, você nunca volte!"

    Complicação: O fato se complica ainda mais quando o homem sai de canoa e não volta mais. Loucura espantadora: o homem não pisou mais em terra, não andou mais em chão nem capim. Isolamento tornou-se a única maneira encontrada por ele para procurar entender os mistérios da alma, preferindo a solidão do rio. O menino levava comida para o pai e depositava na margem. O homem virara cabeludo, barbudo, magro, feio, sujo. Tinha até quem dizia que o homem era um avisado como Noé, que, por tanto, a canoa ele tinha antecipado.

    Clímax: O menino comoveu-se com a situação anormal do seu pai e foi chamá-lo, decidido a trocar de lugar com o pai, se pudesse. O pai apareceu, vinha na sua direção, talvez quisesse mesmo...

    Desfecho: Mas o menino, espantado com aquela imagem que se aproximava, correu, fugiu, não foi capaz. Depois, arrependeu-se, mas já era tarde demais, não tinham mais notícias do pai. Talvez tivesse morrido, sumido. Não se soube. Para nós, leitores, permanece uma questão: O que vem a ser a terceira margem do rio?

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  15. Guimarães Rosa inicia o conto “A terceira margem do rio” com a descrição do narrador do modo de agir de seus pais. Ele conta que um dia seu pai mandou fazer uma canoa bem resistente, idéia reprovada pela mãe. A história se desenvolve com a ida de canoa do pai para o lago perto de sua casa e permanência neste lago. A família se desespera inicialmente, tentando de tudo para a volta do pai, mas este se recusa e não volta. Todos se mudam dali das margens do rio, apenas um dos filhos, o narrador da história, fica, pois não quer abandonar o pai e espera que um dia ele retorne. O ponto máximo da história ocorre quando o filho se propõe a trocar de lugar com o pai, e este acena com a cabeça afirmativamente, gesto que em todos estes anos nunca havia sido feito. Ao pensar nesta troca e ver o pai retornando em sua direção, o narrador da história foge ao imaginar a vida dentro da canoa vivida pelo pai todos estes anos. Ao final do conto, o pai desaparece e nunca mais volta.

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  16. A terceira Margem do Rio
    Introdução: O narrador personagem inicia este conto descrevendo o seu pai, ou seja, algumas de suas características desde que era mocinho. Tudo o que já ouvira contar a respeito de seu pai.
    Desenvolvimento: O pai manda fazer uma canoa para morar o resto da vida à margem do rio. O filho pede para ir junto, o pai faz um gesto dizendo que não. A família inconsolada não entende a escolha do pai.
    Clímax: O filho busca um sentido, uma explicação para tudo, e até mesmo para si próprio. Chega a procurar o pai e a pedir que troque de lugar com ele.
    Desfecho: O pai aceita a proposta do filho, mas este sente medo foge.

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  17. O conto A terceira Margem do rio de Guimarães Rosa ,tendo como principais personagens,o pai, a mãe, o filho (personagem-narrador), a filha e o outro filho. O clímax do conto concentra toda a carga emocional que vai se acumulando ao longo da narrativa; é o momento que o pai, depois de tantos e tantos anos, faz um aceno para o filho quando ele se propõe a tomar seu lugar na canoa. Durante toda a história, todos esperavam qualquer comunicação com o pai, o O desfecho é profundamente triste: o filho corre do pai e, conseqüentemente, dos sofrimentos que teria de passar, caso tomasse seu lugar na canoa. Essa atitude traz ao personagem um sentimento de culpa e de completo fracasso. Resta-lhe somente a experiência da morte iminente,que nunca ocorreu até esse momento específico da seqüência narrativa.

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  18. A terceira margem do rio conta a história de um homem que evade de toda e qualquer convivência com a família e com a sociedade, preferindo a completa solidão do rio, lugar em que, dentro de uma canoa, rema “rio abaixo, rio a fora, rio a dentro”.

    Por contradizer os padrões normais de comportamento, ele é tido como um desequilibrado.

    O narrador-personagem é seu filho e relata todas as tentativa da família, parentes, vizinhos e conhecidos de estabelecer algum tipo de comunicação com o solitário remador. Contudo o pai recusa qualquer contato.

    A família, inicialmente aturdida com a atitude inusitada do pai, vai-se acostumando com seu abandono. Com o tempo, mudam-se da fazenda onde residiam; a irmã casa-se e vai embora, levando a mãe; o irmão também muda-se para outra cidade. Somente o narrador permanece.

    Sua vida torna-se reclusa e sem sentido, a não ser pelo desejo obstinado de entender os motivos da ausência do pai: “Sou homem de tristes palavras. De que era que eu tinha tanta culpa? Se o meu pai, sempre fazendo ausência: e o rio-rio-rio, o rio-pondo perpétuo.”

    Um dia, dirige-se ao rio, grita pelo pai e propõe tomar o seu lugar na canoa. Mediante a concordância dele, o filho foge, apavorado, desistindo da idéia: “E estou pedindo, pedindo, pedindo um perdão. (...) Sei que ninguém soube mais dele. Sou homem depois desse falimento? Sou o que não foi, o que vai ficar calado.”

    O narrador-personagem nos dá a conhecer um ser humano cujos ideais de vida divergem dos padrões aceitos como normais. Trata-se do pai do narrador, o qual com sua atitude obstinada, ao mesmo tempo, afronta e perturba seus familiares e conhecidos, que se vêem obrigados a questionar as razões de seu isolamento e alienação.

    O único a persistir na busca de entendimento da opção do pai é o narrador, que não descuida dele e chega a desejar substituí-lo. A escolha do isolamento no rio instiga permanentemente o filho. Este é levado a questionar o próprio existir humano

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  19. Exposição: um narrador-personagem conta a história de seu pai, que mesmo tendo esposa e filhos, manda construir uma canoa e começa a passar os seus dias no rio, abandonando todos e se entregando à solidão.

    Complicação: se dá pelo passar dos anos, em que a família do homem, agora considerado desequilibrado pela maioria da sociedade, tenta, em vão, fazer com que ele volte para o convívio dos entes queridos e para sua vida saudável. Vendo que ele não sairia da canoa, mãe, filha e irmão deixam a cidade para seguir em frente, deixando apenas o narrador-personagem para trás, que decide ficar perto do pai e refletir sobre os motivos que provocaram a atitude do velho.

    Clímax: já com o peso da idade, o narrador-personagem começa a se preocupar ainda mais com o pai, temendo que ele estivesse sofrendo com a alimentação escassa e as enfermidades que a velhice acarretava. Decidido a dar um fim em tudo isso, o filho vai até o rio, chama várias vezes pelo pai e diz que quer trocar de lugar com ele.

    Desfecho: tendo suas expectativas contrariadas, o filho se surpreende ao ver a reação do pai, que se levanta e passa a remar em sua direção. Mas, tomado por um súbito medo ao ver a imagem do homem que não mais parecia ser desse mundo, o filho foge para longe, sem nunca voltar atrás. No fim de sua vida, com nenhuma outra notícia do pai, ele se sente arrependido e deseja ter o mesmo fim que o seu velho.

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  20. A terceira margem do rio de, Guimarães Rosa, é um conto no qual um menino narra a historia de sua família.
    Apresenta em sua introdução o narrador contando que seu pai é um homem inquieto, calado e solidário é a sua mãe quem toma as decisões. O pai do rapaz decide fazer uma canoa, deixa sua família para viver de rio abaixo, rio a fora, rio adentro.
    A complicação começa quando o homem entra no rio e não volta mais. A família se desespera, o filho busca explicação e as escondidas pega alimento para o pai, o tempo passa è a família na solidão decide ir embora ficando somente o filho na esperança de encontrar o pai.
    O momento de maior tensão e quando o narrador não aguentando mais a solidão decide propor para o pai troca de lugar com ele.
    O conto caminha para o desfecho, parece que o pai decide trocar de lugar com o filho, mas este ao vê-lo sente medo e foge. Depois se arrepende, porém já e tarde demais o pai desaparece e nunca mais volta.

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  21. O conto inicia com o narrador personagem dizendo que sua mãe que regia ele e seus irmãos, faz explanações de seu pai e sobre a construção de uma canoa.
    A complicação trata se de quando o pai isola se indo morar na canoa no rio, recusando qualquer contanto nos anos vindouros. Sua filha casara se e foi embora levando consigo a mãe, seu filho também mudara, apenas o narrador que continuou por perto tentando entender o porquê do comportamento de seu pai. O clímax ocorre quando o narrador vai até a margem dório propõe ao pai que deixe que ele troque ,que fique em seu lugar.
    O desfecho da história é surpreendente tendo em vista que mediante a aparente concordância do pai, que parecia vir de outro mundo, o filho desiste da ideia e foge tornando se assim uma personagem fracassada. E ninguém mais viu o pai.

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  22. A Terceira Margem do Rio

    Introdução: A história é narrada por um menino, conta a história de sua família.

    Complicação: Seu pai resolve contruir uma canoa para sair navegando rio a fora, sua mãe num tom irritado disse a seu pai, ocê vai,ocê fique, vai e não volte este decidiu ir seu filho queria acompanhá-lo só que ele não deixou.

    Clímax: A família revoltado com o homem foi se embora, a mulher que era a sua esposa casou-se novamente ficando ali naquele lugar apenas o menino que dava assistência ao pai.

    Desfecho: Certo dia o menino avistou o seu pai e fez-lhe um sinal para que ele viesse, que ele iria no su lugar para tentar descobrir o que seria a terceira margem do rio, quando o seu pai estava aproximando-se este que não era mais menino ficou assustado, saiu correndo foi se embora não descobriu qual foi odestino de seu pai, e nem o que seria ess terceira margem do rio.

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  23. Exposição: Um homem conta a história do pai que, um certo dia, encomendou uma canoa para remar no rio próximo à sua casa. A mulher dele foi contra essa ideia e lhe entregou a decisão de ficar ou ir e nunca mais voltar. O pai se despediu de todos e foi embora, sem ao menos explicar o motivo da partida.
    Complicação: o pai entrou na canoa para nunca mais sair de lá, nem pisar no chão, nem no capim. As pessoas comentavam sobre o fato, pensando que o homem havia ficado louco ou estava pagando promessa. Muitos tentaram tirá-lo do rio, mas ele não permitia.O filho, preocupado, levava comida para ele todos os dias. A filha dele se casou e teve um bebê, quis mostrá-lo ao pai, mas o mesmo nem se quer apareceu. Então, a filha e o marido foram morar em outro lugar, mais tarde sua mãe a acompanhou. Mas o filho, com saudade do pai, permaneceu no lugar até ficar velho.
    Clímax: O filho, triste por saber da situação do pai, foi à beira do rio e se ofereceu para trocar de lugar com ele. O pai, ouvindo o que o filho falava, foi remando para a margem do rio, como um sinal de aceitação da oferta.
    Desfecho: quando o pai estava se aproximando, o filho ficou com medo da situação e saiu correndo. Depois disso, nunca mais teve notícia do velho. Talvez tivesse morrido ou sumido, mas ninguém sabia.

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  24. Atividade do CONTO: VENHA VER O PÔR-DO-SOL de Lygia Fagundes
    O conto venha ver o pôr-do-sol traz como personagens: Ricardo e Raquel, formavam um casal de Ex- namorados não conviviam mais juntos, Raquel já namorava outro rapaz ,mas ainda era apaixonado por Ricardo. Ricardo também não esqueceu Raquel vivia seguindo a moça, propos a Raquel um último encontro entre eles.Raquel como ainda amava Ricardo aceitou encontra-lo no local sugerio por ele.O local escolhido por Ricardo era um antigo cemitério abandonado, ninguém mais via o local como cemitério nem mesmo as crianças que ali brinacavam de ciranda sem ter medo.Depois de algum tempo Raquel chegou ao local, Ricardo já estava esperando a moça que reclamou do difícil acesso ao local reclamou bastante com ele.Ricardo disse a Raquel que todos os seus familiares foram enterrados la e que no local onde se encontrava os restos mortais via-se o mais lindo por do sol e que fazia muita questão em mostrar a Raquel o por do sol e as tumulas de seus familiares.Raquel não concordou muito com a idea disse que só Ricardo mesmo para macar um encontro num lugar como esse.Os dois aos poucos foram entrando no cemitério, lembrando muitas vezes dos bons momentos juntos, mas quanto mais andavam Raquel pedia para voltar e Ricardo não lhe dava atenção dizia que já estavam proximos ao local onde podia-se ver o por do sol.Ricardo começou a contar a Raquel que aos seus 12 anos frequentava o cemitério junto com sua mãe e prima, anda muito de mãos dadas com sua prima pelo território, faziam muitos planos juntos,ele começou a falar que Raquel se parecia muito com sua prima já falecida junto com sua mãe, Raquel pedia para voltar mas ele continuava dizendo que já estavam chegando ao destino.Ricardo e Raquel chegaram ao local destinando por ele, pararam diante a uma capelinha Raquel não queria entrar mas foi induzida por Ricardo.Ela percebeu que Ricardo não frequentava mais o local, tudo estava empoerado, Ricardo começou a passar a mão no túmulo dizia que era a sua mãe, e o da sua prima ficava um pouco mais no fundo da capelinha e pediu para Raquel ir da uma olhada no retrato de sua prima para ver as semelhanças entre as duas.Raquel foi viu a foto da moça e começou a ler os dados fornecidos através da identificação da falecida.quando Raquel viu a data do nascimento da moça e o dia do seu falecimento ela procurou Ricardo e disee que não tinha com ser prima dele e que seus familiares não estavam enterrados ali que tudo não passava de uma mentira, só que Ricardo não entrou com ela no fundo onde se avistava o túmulo de sua prima.Raquel correu subiu as escadas mas não chegou a tempo, Ricardo trancou o portão com ela la dentro arrancou a fechadura.Raquel gritava, implorava a Ricardo que lhe soltasse, mas ele não deu confiança disse que ali Raquel ia ver o mais lindo por do sol de sua vida e se afastava cada vez mais de Raquel que continuou ali presa gritando para ser salva, Ricardo fez o caminho de volta e quanto mais ele andava não escutava os gritos de Raquel quando voltou a entrada do cemitério não escutava os gritos de Raquel, foi embora com se nada tivesse acontecido, nem as crianças escutavam os gritos de Raquel contiuaram ali brincando de ciranda.

    Assim termina o conto,um trágico final de uma moça ainda apaixonada pelo ex-namorada trancada por ele num cemitério abandonado.

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  25. Atividade do conto: A Terceira Margem do Rio de Guimarães Rosa
    O Conto traz como personagens uma famíla que vive a beira de um rio, era uma família simples Pai, Mãe e três filhos tudo ocorria bem por lá mesmo quando o pai das crianças mandou fazer uma canoa para ele, ninguém desconfiou de nada acreditavam na possibilidade dele começar a pescar ou caçar a margem do rio. O conto é narrado por um dos três filhos, não se define se ele e o mais velho ou mais novo da casa, quando a canoa ficou pronta viu seu pai despedir de todos sem falar nada, sua mãe também se entender a atidute do seu mariodo perguntou para se ele ia de verdade ou ficava, mas não consegui conter o marido que sombrio e misterioso saiu de casa entrou na canoa e partiu. Ele não se distânciou de muito de sua antiga casaera possível ver a canoa andando pelas redondezas, seu filho que narra o conto todos dias colocava comida roupas proximo a margem do rio para seu pai, sem ninguém ver ia pegava os matimentos fornecidos voltava a canoa, seus filhos, esposa amigos ,parentes, padres, soldados e até jornalista tentarm fazer contato com ele, mas não conseguiram nem tirar uma foto, o tempo foi passando os filhos foram cresçendo, ele envelheçendo enfrentando tempestades, frio, calor não o fez desistir da vida solitária, o narrado sabendo temosia do pai acreditava que um dia abraçaria seu pai novamente, sua irmã casou-se teve um filho queria mostrar para o pai, abraçada por sua mãe e seus irmãos chamavam por seu pai que não apareceu todos comoveram-se, mas ela teve que partir levando sua mãe que com o passar do tempo envelheçeu, seu irmão também teve que partir para outra cidade.O narrador permaneceu em sua casa esperando por seu pai, as coisas não melhoram avistava a canoa de longe deixava matimentos, seu pai apanhava-os e distânçiava novamente. Certo dia o narrador chamou pelo pai, propos trocar de lugar com o pai que ja estava velho cansado, gritou, esperou mas seu pai não apareceu ,desapareceu de vez sem explicar ou deixar pistas sobre seu paradeiro.
    Assim termina o conto ,o narrador sem saber o que aconteceu com seu pai e qual o motivo de suas

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  26. Atividade do conto: A Cartomante de Machado de Assis
    O conto: A Cartoamnte trás como personagens Camilo amigo de infância Viela, que era casado com Rita.Rita tinha o costume de visitar uma certa cartomante e contava suas conversas com a cartomante para Camilo que frequentava muito sua casa devido a grande amizade com Viela marido de Rita.Camilo ria mutio da cara de Rita, pois não acreditava que a cartomante falava a verdade.Viela nunca se importou com o fato de seu amigo esta sempre em sua casa conversando com sua esposa na sua ausência, Rita era uma mulher muito bonita, com o desenrolar das conversas com Camilo Rita consegui seduzi-lo,viviam um grande amor as escondidas de Viela que nunca desconfiou de nada.Tudo corria bem até o dia que Camilo começou a receber cartas anonimas sobre seu amor escondido com Rita, não sabia quem as mandava ficou com grande medo quando começou a pensar na possibilidade de que Viela descobriu tudo e mandava-lhe as cartas.Inseguro procurou Rita que também não sabia quem as mandava, devido aos fatos Camilo decidiu não frequentar a casa de Viela e com muita tristeza se despediu de Rita que nao acreditava que seria a melhor opção, pois se Camilo sumisse poderia aumentar as desconfinças de Vilea, mas Camilo decidiu assim mesmo não frequentar a casa de Viela.Viela com o tempo demostrou-se sombrio não conversava muito com Rita, Camilo já algum tempo sem visitar Rita e Viela recebeu uma carta de seu amigo pedindo lhe que viesse a sua casa o mais rapido possível, Camilo ficou surpreso com a carta pensou na possibilidade de Viela ter descobrido tudo, tremulo nervoso não sabia o que fazer esta com grande receio de ir ao encontro de Viela, mas seguiu o caminho até a casa do seu amigo. Durante o caminho até a casa de Viela, Camilo não consegui pensar em outra coisa a não ser a descoberta de seu romance com Rita, quanto mais se aproximava o medo tomava conta de si, mas com todo seu nervossismo consegui a vista a casa da cartomante que Rita frequentava e ele ria da cara dela.Camilo apesar de riar da cara de Rita resolveu consultar a cartomante na expectativa dela revelar a ele o que ia acontecer na casa de Viela, a cartomante respondeu-lhe que tudo ocorreria bem e que nada aconteceria a ele Viela e Rita.Camilo após escutar as palavras da cartomante sentiu-se melhor o medo não lhe afetava mais e leu de novo a carta de Viela viu que podia ser alguma coisa relacionada ao trabalho, uma notícia boa e a passos largos seguiu o caminho até o encontro de Viela.Camilo chegou até a casa do amigo bateu na porta, ninguém apareceu havia um grande silêncio ao redor da casa, pensou até em voltar mas devido sua curiosidade continuou a bater na porta até o momento que Viela apareceu diante de Camilo.Camilou comprimentou Viela que nada respondeu e pediu lhe para entra na casa, Camilo tomou um grande susto ao ver Rita no chão morta perguntou a Viela o que aconteceu Viela lhe deu dois tiros.
    Assim termina o conto a cartomante sem deixar claro se tudo foi tramado por Viela ou pela Cartomante que sabia do romance de Rita e Camilo e contou para Viela ou se Viela fez Rita confessar tudo,mas entende-se que Rita e Camilo foram mortos por Viela.

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  27. Introdução : Inicia-se com a descrição da personalidade do seu pai pelo narrador personagem.

    Complicação : O pai resolve morar numa canoa se distanciando assim da sua família

    Clímax: O filho , constrangido pela situação , se oferece para ficar no lugar do pai que escuta e vem para a margem do rio .

    Desfecho : Quando o pai estava se aproximando ,o filho assustado , saiu correndo . Depois disso o narrador não teve mais notícias do pai e asim termina o conto .

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Agradecida,
Profa. Generosa Souto