segunda-feira, 9 de maio de 2011

VIVIANE RODRIGUES RIBEIRO

Crônica
Atividade Avaliativa

Parte 1

No trecho do capítulo XXXI da crônica del-Rei, de Fernão Lopes, no qual é narrada a morte dos assassinos de Inês de Castro, somos informados que enquanto os dois homens eram assassinados D. Pedro estava comendo, comprovamos esse fato no seguinte trecho: “...e todo feito ante os paaços onde el pousavava, de guisa que comendo oolhava quanto mandava fazer”.
Nessa crônica podemos observar a fidelidade de Fernão Lopes quanto à veracidade dos fatos, tudo contado de forma bem detalhada, a ponto de podermos visualizar a cena narrada.
No decorrer do trecho encontramos “Coelho” e “coelho”, sendo o substantivo próprio o sobrenome de Pero, um dos homens que foram assassinados. Já o substantivo comum está relacionado a um animal.
Ao final do texto é nos apresentado uma crítica de Fernão Lopes, na qual estou de acordo, pois naquela época os superiores deveriam se portar de maneira mais humana, sendo exemplo para as demais pessoas.

Parte 2

Na primeira cantiga de Castelo Branco utiliza de rimas ricas, sendo estas realizadas entre palavras de classes diferentes, provocando então ao texto ritmicidade e metrificação. Todos os versos são compostos por 7 sílabas poéticas, redondilha maior:
Se/nho/ra,/ par/tem tam/ tri/tes
meus/ o/lhos/ por/vós,/ meu /bem,/
que/ nun/ca /tam/ tris/tes/ vis/tes
ou/tros /ne/nhuns /por /nin/guém./

Trata-se de uma cantiga de amor, pois o eu-lírico é masculino e a mulher é idealizada.
Durante a construção o substantivo “olhos” é utilizado como a representação do sofrimento oculto do eu-lírico. O poeta fica frustrado pelo fato do saudosismo, do amor, da lembrança da amada. O sofrimento pela impossibilidade amorosa.
Francisco de Souza, em seu poema, relata que mesmo tendo língua na qual poderia se utilizada para ele falar tudo o que sente, e por tanto “condená-lo”, esta não faz nada e o deixa mudo, sem coragem para se revelar.





Parte 3

Na construção de Gil Vicente são apresentadas duas figuras dissimuladas, sento a primeira “Todo Mundo” e a segunda “Ninguém”. A figura de “Todo o mundo” representa a ganância, a constante busca de toda a humanidade. Já “Ninguém” representa coisas simples e que favorecem a alma, no entanto é justamente aquilo que as pessoas não procuram.
São nos diálogos de Berzebu e Dinato que notamos a ambiguidade, é como se fossem seres superiores, ou até divinos, observando os acontecimentos do mundo. Essas duas figuras são passivas, apenas observam e fazem pequenos comentários acerca dos personagens principais, a intenção de Gil Vicente era apenas destacar o duplo sentido quanto aos nomes destes.
Os textos apresentam alguns aspectos formais convenientes a serem destacados. O primeiro é por estar na forma dramática, dando a entende o conflito entre “Todo Mundo” e “Ninguém”. O segundo é por começar o texto dizendo que esses eram dois homens, portanto a imagem de toda a humanidade foi resumida em duas pessoas.
Muito tem a ver com o nosso dia a dia esse poema, pois as pessoas se preocupam tanto em crescerem e conseguirem dinheiro que acabam passando por cima de princípios éticos que deveriam vir em primeiro lugar.

Parte 3

“Se outros porventura em esta crônica buscam formosura e novidade de palavras, e não a certeza das histórias, desprazer-lhe-á nosso razoado...
Que lugar nos ficaria para a formosura e novidade de palavras, pois todo nosso cuidado em isto desprendido não basta para ordenar a nua verdade?”

Estas palavras foram ditas por Fernão Lopes, pois faz parte das suas produções literárias a veracidade, tendo compromisso com a verdade histórica.

“O tipo mais insistentemente observado e satirizado é o clérigo, e especialmente o frade. Trata-se de fato de uma classe numerosíssima, presente em todos os setores da sociedade portuguesa, na corte e no povo, na cidade e na aldeia.”

Refere-se a Gil Vicente, pois este em seus autos satirizava o conflito em que o homem vive,a escolha do céu e do inferno. Além do frade, que é considerada uma figura importante para essa crítica ao clero tem-se também a baixa nobreza. Ambas as personagens que deveriam ser exemplo, distorcem essa realidade pela ambição sendo julgadas a irem para a barca do inferno.

“S’/o/be/de/ce/ra a /ra/zam
e/ re/sis/ti/ra a/ von/ta/de,
eu/ vi/ve/ra em/ li/ber/dade
e/ nam/ ti/ve/ra/ pai/xam/.

Todos os versos contem sete sílabas métricas (redondilha maior), e as rimas são interpoladas, já que rimas as palavras do primeiro e do último verso.
Encontramos na estrofe a palavra vontade, que é o mesmo que “desejo”.

Seu teatro caracteriza-se, antes de tudo, por ser primitivo, rudimentar e popular, muito embora tenha surgido e tenha se desenvolvido no ambiente da Corte, para servir de entretenimento nos animados serões oferecidos pelo Rei. Entre suas obras destacam-se Monólogo do Vaqueiro, Floresta de Enganos, O Velho da Horta, Quem tem farelos?

As características acima pertencem a Gil Vicente.

Conquanto fizesse uma profissão de fé profissional no prólogo à Crônica del - Rei D. João, afirmando não reservar para o seu labor historiográfico um lugar para a ‘fremosura e afeitamento das palavras’, a preocupação estética é evidente...

Esse texto refere-se a Fernão Lopes.


Encontramos no texto de Gil Vicente figuras alegóricas, pois são personagens inexistentes. Esse texto faz várias afirmações, uma delas é que Todo Mundo é mentiroso.
Gil Vicente é um compositor sacro e satírico, pois retratam questões religiosas e também faz críticas à várias questões.
Várias são as características de Gil Vicente, a que se segue se trata de uma afirmativa falsa: Por viver em pleno Renascimento, apega-se aos valores greco-romanos, desprezando os princípios da Idade Média.

Na farsa de Inês Pereira, Gil Vicente denuncia as revoltas da jovem confinada aos serviços domésticos, o que confere atualidade á obra.
Uma das características desse autor é a preocupação com o homem e com a religião .

É correto afirmar: I – Pode ser colocada como representante do teatro de costumes vicentinos
II – Encaixa-se na tradição da farsa medieval sobre adultério feminino desenvolvida por Gil Vicente.

Anjo
Alma humana formada
De nenhuma cousa, feita
Mui preciosa,
De corrupção separada,
E esmaltada
Naquella frágoa perfeita
Gloriosa;
Planta neste valle posta
Pera dar celestes flores
Olorosas,
E pera serdes tresposta
Em a alta costa
Onde se crião primores
Mais que rosas;
Planta sois e caminheira,
Que ainda que estais, vos is
Donde viestes.
Vossa pátria verdadeira
He ser verdadeira
Da glória que conseguis:
Andae prestes”.
O trecho acima se trata de uma produção medieval de Gil Vicente.

“Coração, já repousavas,
já não tinhas sojeição,
já vivias, já folgavas;
pois por que te sojugavas
outra vez, meu coração?

Sofre, pois te não sofreste
na vida que já vivias;
sofre, pois te tu perdeste
como t’outra vez perdias!

Sofre, pois já livre estavas
e quiseste sojeição;
sofre, pois te não lembravas
das dores de qu’escapavas;
sofre, sofre coração!”

Esse trecho pertence ao Cancioneiro Geral de Garcia Resende.

A Narração realista e dinâmica, que quase nos faz visualizar os acontecimentos é a característica que melhor se assimila ao trecho da crônica de D. João I.
É incorreto informa sobre a obra de Gil Vicente: E Aprofunda-se nos valores clássicos, seguindo rigidamente os padrões do teatro grego.

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Agradecida,
Profa. Generosa Souto