Atenção, acadêmicos do 5º período de Letras/Noturno,Unimontes.
Avaliei os trabalhos de 28 acadêmicos. Apenas aqueles que fizeram as postagens neste Blog, conforme a nossa combinação.
Vejamos, pois, os seus nomes:
1. Italo
2. Maricelma
3. Elizabeth
4. Samara Pereira Baleeiro Rocha
5. Francisca Carolina
6. Bruna Géssica
7. Hayamy
8. Priscilla
9. Cecília
10. Odarah
11. Sinvagna
12. Carlos
13. Mariane
14. Sueli
15. Edilene
16. Camila
17. Nayara
18. Andreia
19. Thalissa
20. Sarah
21. Ana Conceição
22. Rafael Ramon
23. Heliene
24. Vera
25. Simião
26. Samara Márcia
27. Raquel Santos
28. Graziela de Queiroz
Caso tenha ficado algum nome sem ser mencionado, gentileza entrar em contato conosco.
Grande abraço,
Profa. Generosa Souto.
Espaço de Leitura e Literatura Brasileira em diálogo com outras literaturas e outras mídias
sexta-feira, 28 de junho de 2013
sexta-feira, 21 de junho de 2013
ATIVIDADE AVALIATIVA(ROMANTISMO - REALISMO - NATURALISMO)
Prezado aluno,
Você deverá responder às atividades propostas, que se subdividem em TRÊS partes. Responda aqui mesmo neste BLOG.Iremos verificar os alunos que visitaram o ESPAÇO, porque a sua identificação ficará registrada nos comentários.
Boa leitura e boa escrita.
PARTE I - ATIVIDADE SOBRE ROMANTISMO
1. O trecho a seguir é parte do poema “Mocidade e morte”, do poeta romântico Castro Alves:
Oh! eu quero viver, beber perfumes
Na flor silvestre, que embalsama os ares;
Ver minh'alma adejar pelo infinito,
Qual branca vela n'amplidão dos mares.
No seio da mulher há tanto aroma...
Nos seus beijos de fogo há tanta vida...
–– Árabe errante, vou dormir à tarde
À sombra fresca da palmeira erguida.
Mas uma voz responde-me sombria:
Terás o sono sob a lájea fria.
(Castro Alves)
Esse poema, como o próprio título sugere, aborda o inconformismo do poeta com a antevisão da morte prematura, ainda na juventude. A imagem da morte aparece na palavra:
(A) embalsama.
(B) infinito.
(C) amplidão.
(D) dormir.
(E) sono.
2. O retorno à Idade Média foi, em Portugal, manifestação de uma característica do Romantismo.
a) Que característica foi essa?
b) Qual a manifestação correspondente no Romantismo brasileiro?
3.O texto abaixo apresenta, basicamente, três partes: a realidade, o sonho e a realidade novamente. Aponte o início e o fim de cada uma das partes. Compare as duas partes relativas à realidade com a parte relativa ao sonho.
Oh! ter vinte anos sem gozar de leve
A ventura de uma alma de donzela!
E sem na vida ter sentido nunca
Na suave atração de um róseo corpo
Meus olhos turvos se fechar de gozo!
Oh! nos meus sonhos, pelas noites minhas
Passam tantas visões sobre meu peito!
Palor de febre meu semblante cobre,
Bate meu coração com tanto fogo!
Um doce nome os lábios meus suspiram,
Um nome de mulher... e vejo lânguida
No véu suave de amorosas sombras
Seminua, abatida, a mão no seio,
Perfumada visão romper a nuvem,
Sentar-se junto a mim, nas minhas pálpebras
O alento fresco e leve como a vida
Passar delicioso... Que delírios!
Acordo palpitante... inda a procuro:
Embalde a chamo, embalde as minhas lágrimas
Banham meus olhos, e suspiro e gemo...
Imploro uma ilusão... tudo é silêncio!
Só o leito deserto, a sala muda!
Amorosa visão, mulher dos sonhos,
Eu sou tão infeliz, eu sofro tanto!
Nunca virás iluminar meu peito
Com um raio de luz desses teus olhos?
4. (FUVEST-SP)
I.Pálida à luz da lâmpada sombria
Sobre o leito de flores reclinada
Como a lua por noite embalsamada
Entre as nuvens do amor ela dormia!
II.Uma noite, eu me lembro... ela dormia
Numa rede encostada molemente...
Quase aberto o roupão... solto o cabelo
E o pé descalço no tapete rente.
Os dois textos apresentam diferentes concepções da figura da mulher. Se ambos os textos são românticos, como explicar a diferença no tratamento do tema? Apontar nos dois textos situações contrastantes que revelam essas diferentes concepções.
5. Cite um fato histórico que influenciou o Romantismo.
6. O romantismo está relacionado com o surgimento de um novo público leitor. Qual?
7. Leia o texto de Álvares de Azevedo a seguir e responda as questões propostas:
Idéias Íntimas (fragmentos)
“Parece-me que vou perdendo o gosto
(...) Passo as noites aqui e os dias longos;
Dei-me agora ao charuto em corpo e alma;
(...) Meu pobre leito! Eu amo-te contudo!
Aqui levei sonhando noites belas;
As longas horas olvidei libando
Ardentes gotas de licor doirado,
Esqueci-as no fumo, na leitura
Das páginas lascivas do romance...
Meu leito juvenil, da minha vida
És a página d’oiro. Em teu asilo
Eu sonho-me poeta, e sou ditoso,
E a mente errante devaneia em mundos
Que esmalta a fantasia! Oh! Quantas vezes
Do levante sol entre odaliscas
Momentos não passei que valem vidas!
Quanta música ouvi que me encantava!
Quantas virgens amei!(...)
Ó meus sonhos de amor e mocidade,
Por que ser tão formosos, se devíeis
Me abandonar tão cedo... e eu acordava
Arquejando a beijar meu travesseiro?
Parece que chorei... Sinto na face
Uma perdida lágrima rolando...
Satã leve a tristeza! Olá, meu pajem,
Derrama no meu copo as gotas últimas
Dessa garrafa negra...
(...) E no cérebro passam delirosos
Assomos de poesia... Dentre a sombra
Vejo num leito d’oiro a imagem dela
Palpitante, que dorme e que suspira,
Que seus braços me estende...
Eu me esquecia:
Faz-se noite; traz fogo e dois charutos
E na mesa do estudo acende a lâmpada...”
a) Destaque os versos do poema que, ironicamente, destroem a idealização amorosa.
b) Pode-se entender, por meio da última estrofe do poema, que a viagem foi encerrada? Por quê?
c) Que tipo de visão o eu lírico tem quando sob os efeitos do álcool?
d) De que modo o eu lírico tornava as “longas
horas” menos dolorosas?
e) Que sonhos criava quando se encontrava no leito?
8. Leia o texto e assinale falsa ou verdadeira.
“Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
- Foi poeta – sonhou – e amou na vida.”
a) os versos fazem parte de um longo poema de Gregório de Matos.
b) Mostram como Álvares de Azevedo foi marcado pelo tema da morte e da solidão.
c) São típicos da poesia Pau Brasil.
d) Definem o poeta tal qual o concebia o Realismo.
e) São típicos do Mal do Século.
9. “Pálida, à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar! Na escuma fria
Pela maré das águas embaladas!
Era um anjo entre nuvens d’alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!”
a) transcreva as expressões que mergulhem a mulher num mundo irreal, idealizado e distante.
10. No poema do exercício anterior , observamos que a mulher aparece frequentemente na poesia de Álvares de Azevedo como figura:
a) sensual
b) concreta
c) próxima
d) natural
e) inacessível
11. “Ó guerreiros da Tribo Tupi
Ó guerreiros, meus cantos ouvi.”A geração da poesia romântica aí representada é:
a) pré-romântica
b) social
c) indianista
d) mal do século
e) ultra-romântica
12. Assinale o contexto histórico do período do Romantismo:
a) Iluminismo
b) Revolução Francesa
c) Inconfidência Mineira
d) Impeachment do Collor
e) Descobrimento do Brasil
13. O Romantismo está relacionado com o surgimento de um novo público leitor. Qual é essa classe?
a) burguesia
b) senhores feudais
c) nobreza
d) escravo
e) fazendeiro
14. Marque a alternativa que não caracteriza a estética romântica:
a) subjetivismo
b) primado do sentimento
c) culto à natureza
d) pessimismo
e) objetivismo
15. A impossibilidade de realizar o sonho absoluto do Eu gera inquietude, desespero, frustração, que levam às vezes ao suicídio, refletindo a evasão na morte, solução definitiva para o:
a) culto ao real
b) nacionalismo
c) culto ao fantástico
d) mal do século
e) indianismo
16. “Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.”
O fragmento acima, de um poema de Gonçalves Dias caracteriza o:
a) nacionalismo
b) mal do século
c) culto ao fantástico
d) pessimismo
e) fantasmagórico
17. Sobre o Romantismo brasileiro é correto afirmar que:
a) teve como obra inicial Iracema, de José de Alencar
b) trata da temática sagrado X profano
c) tem como contexto histórico o Iluminismo
d) de modo geral, os poetas têm uma visão da mulher de forma real, não idealizada
e) em sua segunda fase, apresentou poetas cuja inclinação para o mistério e a morte os colocava sobre o clima do “mal do século”
18. Assinale a alternativa em que se encontram características do movimento literário ao qual se dá o nome de Romantismo:
a) predomínio da razão
b) busca de temas nacionais, sentimentalismo e imaginação
c) arte pela arte
d) desejo de expressar a realidade objetiva
e) imitação dos antigos gregos e romanos
Leia o poema abaixo para responder as questões 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25 e 26.
Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso Céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
(Gonçalves Dias)
Portugal, julho de 1843.
19. Explique o título do poema.
20. Esse poema ilustra uma característica básica do Romantismo. Qual? Justifique sua resposta com fragmentos do poema.
Observe agora que o poema está organizado a partir da oposição entre dois espaços; a pátria – com os elementos que a caracterizam – e o exílio.
21.Que palavras do texto evidenciam essa antítese?
22.Como é cada um desses espaços para o eu lírico?
23.Que sentimentos ele manifesta em relação à pátria?
24.Esses sentimentos são expressos sobretudo em relação à natureza brasileira: palmeiras, sabiá, bosques e etc. o eu lírico é objetivo e imparcial ao descrever essa natureza? Por quê?
25. Onde é lá? E cá?
26.O Nativismo significa a presença, nos textos literários, de alguns vestígios da natureza ou da vida social do Brasil. Nacionalismo, por sua vez, é um conceito mais amplo, porque envolve a idéia de nação, povo e de uma identidade cultural que os represente. Você acha que o poema de Gonçalves Dias é nativista ou nacionalista? Justifique.
27. Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
- Foi poeta – sonhou - e amou na vida.
Assinale Falsa ou Verdadeira:
a)Os versos fazem parte de um longo poema de Gregório de Matos.
b)Mostram como Álvares de Azevedo foi marcado pelo tema da morte e da solidão.
c)Definem o poeta tal qual o concebia o Realismo.
d)São típicos da poesia Pau-Brasil.
e)São típicos do Mal do Século
Questão 28.
Os excertos poéticos subsequentes integram a valiosíssima produção artística de uma figura singular que tanto representou nossas letras no cenário nacional – Gonçalves Dias. Cabe a você analisá-los, levando-se em consideração as características que demarcaram a primeira fase romântica.
Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
I-Juca Pirama
IV
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci;
Sou bravo, sou forte,
Sou filho do Norte;
Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi.
• Questão 29
Ainda falando sobre Castro Alves, atente-se aos fragmentos ora evidentes, estabeleça uma comparação entre estes e o poema acima citado e, em seguida, comente.
V
Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!
[...]
Castro Alves
• Questão 30
(Vunesp - SP) Leia atentamente os versos seguintes:
Eu deixo a vida com deixa o tédio
Do deserto o poeta caminheiro
- Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um mineiro.
Esses versos de Álvares de Azevedo significam a:
a) revolta diante da morte.
b) aceitação da vida como um longo pesadelo.
c) aceitação da morte como a solução.
d) tristeza pelas condições de vida.
e) alegria pela vida longa que teve.
• Questão 31
Com base em seus conhecimentos acerca das características que perfizeram o Romantismo, atenha-se a uma análise das produções literárias em evidência, no intuito de responder à questão que a ela se refere:
a – Tendo em vista a temática do amor, expressa em ambos os poemas, registre sua expressões acerca do assunto através de um TEXTO.
• Questão 32
(PUC-RS)
Já de noite o palor me cobre o rosto
Nos lábios meus o alento desfalece.
Surda agonia o coração fenece
E devora meu ser mortal desgosto!
Do leito embalde no macio encosto
Tento o sono reter!... Já esmorece
O corpo exausto que o repouso esquece...
Eis o estado em que a mágoa me tem posto!
A relação mórbida com a morte demonstra que parte da poesia de Álvares de Azevedo prende-se ao:
a) idealismo romântico.
b) saudosismo inconformado.
c) misticismo religioso.
d) negativismo filosófico.
e) mal do século.
PARTE II - ATIVIDADES SOBRE O REALISMO
1. Assinale a proposição incorreta.
a) O Concretismo fez do espaço um elemento expressivo.
b) No Modernismo havia ingrediente nacionalista.
c) No Realismo não há preocupação com o social.
d) O Romantismo se caracteriza pelo desejo de libertação.
e) o Barroco tem exagerada preocupação formal.
2 - I. "A segunda Revolução Industrial, o cientificismo, o progresso tecnológico, o socialismo utópico, a filosofia positivista de Augusto Comte, o evolucionismo formam o contexto sócio-político-econômico-filosófico-científico em que se desenvolveu a estética realista".
II. "O escritor realista acerca-se dos objetos e das pessoas de um modo pessoal, apoiando-se na intuição e nos sentimentos".
III. "Os maiores representantes da estética realista-naturalista no Brasil foram: Machado de Assis, Aluísio de Azevedo e Raul Pompéia".
IV. "Podemos citar como características da estética realista: o individualismo, a linguagem erudita e a visão fantasiosa da sociedade".
Verificamos que em relação ao Realismo-Naturalismo está(estão) correta(s):
a) apenas a I e II
b) apenas a I e III
c) apenas a II e IV
d) apenas a II e III
e) apenas a III e IV
3. Sobre o Realismo, assinale a afirmativa correta.
a) O romance é visto como distração e não como meio de crítica às instituições sociais decadentes.
b) Os escritores realistas procuram ser pessoais e objetivos.
c) O romance sertanejo ou regionalista originou-se no Realismo.
d) O Realismo constitui uma oposição ao idealismo romântico.
e) O Realismo vê o Homem somente como um produto biológico.
4. Há correspondência entre estilo e característica em:
a) Romantismo - objetivismo
b) Realismo - subjetivismo
c) Naturalismo - cientificismo
d) Parnasianismo - linguagem descuidada
5. O Realismo é uma reação contra o Romantismo: o Romantismo era a apoteose do sentimento; - o Realismo é a anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos - para condenar o que houve de mau na nossa sociedade.
(Eça de Queirós, apud NICOLA, José de. LITERATURA BRASILEIRA: DAS ORIGENS AOS NOSSOS DIAS. 2 ed. São Paulo-. Scipione, 1990. p. 115.)
O Realismo pode ser exemplificado por:
(01) "... ela era o calor vermelho das sestas da fazenda; [...] era o veneno e era o açúcar gostoso; era o sapoti mais doce que o mel e era a castanha do caju, que abre feridas com o seu azeite de fogo; ela era a cobra verde e traiçoeira, a lagarta viscosa, a muriçoca doida, que esvoaçava havia muito tempo em torno do corpo dele, assanhando-lhe os desejos..."
(02) "... o olhar fulgurante, sob a crispação áspera dos supercílios de monstro japonês, penetrando de luz as almas circunstantes - era a educação da inteligência; o queixo, severamente escanhoado, de orelha a orelha, lembrava a lisura das consciências limpas - era a educação moral."
(04) "A flauta soltou o cintilante prelúdio de uma valsa de Strauss.
Os valsistas afamados deixaram-se ficar de parte, sem dúvida para se fazerem desejar. Os caloiros e a gente de encher hesitavam em tomar a dianteira..."
(08) "Eu sabia que era bela; mas a minha imaginação apenas tinha esboçado o que Deus criara.
Ela olhava-me e sorria.
Era um ligeiro sorriso, uma flor que desfolhava-se nos seus lábios, um reflexo que iluminava o seu lindo rosto.
Seus grandes olhos negros fitavam em mim um desses olhares lânguidos e aveludados que afagam os seios d'alma."
(16) "Ali está ela na solidão de seus campos, talvez menos alegre, porém, certamente, mais livre; sua alma é todos os dias tocada dos mesmos objetos: ao romper d'alva, é sempre e só a aurora que bruxoleia no horizonte; durante o dia, são sempre os mesmos prados, os mesmos bosques e árvores; de tarde, sempre o mesmo gado que se vem recolhendo ao curral; à noite, sempre a mesma lua que prateia seus raios à lisa superfície do lago!"
(32) "A praça da Alegria apresentava um ar fúnebre. De um casebre miserável, de porta e janela, ouviam-se gemer os armadores enferrujados de uma rede e uma voz tísica e aflautada, de mulher, cantar em falsete a 'gentil Carolina era bela'; doutro lado da praça, uma preta velha, vergada por imenso tabuleiro de madeira, sujo, seboso, cheio de sangue e coberto por uma nuvem de moscas, apregoava em tom muito arrastado e melancólico: 'Fígado, rins e coração!' Era uma vendedeira de fatos de boi."
6.Vários autores afirmam que a diferença entre Realismo e Naturalismo é muito sutil.
Um dos trechos a seguir é claramente naturalista. Assinale a alternativa em que ele aparece.
a) "Desesperado, deixou o cravo, pegou do papel escrito e rasgou-o. Nesse momento, a moça, embebida no olhar do marido, começou a cantarolar à toa, inconscientemente, uma cousa nunca antes cantada nem sabida..."
b) "Enfim chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos."
c) "Entretanto, das portas surgiam cabeças congestionadas de sono; ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas; pigarreava-se grosso por toda a parte; começavam as xícaras a tilintar; o cheiro do café aquecia, suplantando todos os outros..."
d) "Foi por esse tempo que eu me reconciliei outra vez com o Cotrim, sem chegar a saber a causa do dissentimento. Reconciliação oportuna, porque a solidão pesava-me, e a vida era para mim a pior das fadigas, que é a fadiga sem trabalho."
e) "E enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo, meu rico senhor; é a perfeição universal. Tudo chorando seria monótono, tudo rindo, cansativo; mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas, soluços e sarabandas, acaba por trazer à alma do mundo a variedade necessária, e faz-se o equilíbrio da vida."
7. Machado de Assis filia-se (e o trecho é exemplo disso) ao estilo de época do:
a) arcadismo
b) romantismo
c) realismo
d) simbolismo
e) modernismo
8. Assinale a opção cuja característica, pertencente ao realismo - naturalismo, não aparece no excerto.
"O tísico do número 7 há dias esperava o seu momento de morrer, estendido na cama, os olhos cravados no ar, a boca muito aberta, porque já lhe ia faltando o fôlego.
Não tossia; apenas, de quando em quando, o esforço convulsivo para atravessar os pulmões desfeitos sacudia-lhe todo o corpo e arrancava-lhe da garganta uma ronqueira lúgubre, que lembrava o arrular ominoso dos pombos."
Das características a seguir, pertencentes ao realismo - naturalismo, apenas uma não aparece no excerto anterior. Assinale-a.
a) Animalização do homem.
b) Visão determinista e mecanicista do homem.
c) Patologismo.
d) Veracidade.
e) Retrato da realidade cotidiana.
9.Assinale a opção em que a correspondência movimento literário - característica se refere ao fragmento de Raimundo Correia.
a) Parnasianismo - rigidez formal.
b) Simbolismo - transcendentalismo.
c) Romantismo - sentimentalismo.
d) Modernismo - liberdade formal.
e) Realismo - objetivismo.
10. Leia as seguintes afirmativas a respeito de Machado de Assis:
I. Sua produção ficcional costuma fixar quadros regionais, repletos de descrições sobre a natureza e de personagens típicos.
II. Alguns de seus romances apresentam protagonistas narrando, em primeira pessoa, lembranças do passado.
III. Nos contos, os universos narrados apresentam seres estranhos em um ambiente sobrenatural, caracterizando o realismo mágico dessas narrativas.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas III.
d) apenas II e III.
e) I, II e III.
11. Sobre o Realismo, assinale o que for correto.
01) Preconizava substituir o sentimento pela razão.
02) Valorizava a arte comprometida com seu tempo, documental e denunciadora.
04) Foi o Realismo que criou a literatura nacional.
08) Envolve também o Naturalismo, numa quase idêntica perspectiva estética. O Naturalismo seria o Realismo exacerbado, salientando o fator biológico e sociológico do comportamento humano.
16) O romance realista é antes de tudo a crítica ao romance romântico.
12. Assinale a(s) proposição(ões) VERDADEIRA(S):
01. O trecho ... "e daí a um mês manifestaram-se claramente os efeitos da pisadela e do beliscão; sete meses depois teve a Maria um filho (...) é o herói desta história.", apresenta características do estilo Naturalista ao qual esta obra, "Memórias de um Sargento de Milícias", pertence.
02. A expressão do nacionalismo, a idealização do índio e da figura feminina, como também a análise crítica e científica dos fenômenos da sociedade brasileira determinam o estilo literário - Realismo.
04. "O homem é produto do meio", isto é, a raça, o clima, o temperamento e a educação são fatores naturais da conduta humana; esta afirmação caracteriza o estilo de época denominado Romantismo.
08. No Realismo, o autor preocupa-se em retratar a realidade como ela é, sem transformá-la, baseando-se na documentação e observação do real.
16. Enquanto no Romantismo a expressão da poesia se fortaleceu em três gerações - nacionalista e indianista; saudosista e mal-do-século; social e condoreira, respectivamente, no Realismo-Naturalismo, a poesia apresenta-se comprometida com a busca de perfeição técnica da obra de arte. Esta estética, denominada de Parnasianismo, preocupou-se com o ideal da arte pela arte, em detrimento da realidade exterior.
13. Sobre os autores do Realismo/Naturalismo, numere a 2ªcoluna de acordo com a 1ª.
1) Machado de Assis
2) Aluízio de Azevedo
( ) Em "O Cortiço", as idéias naturalistas se conjugam para revelar as misérias existentes na capital do país.
( ) O autor inova na literatura brasileira pelo seu senso de coletividade, pela descrição de multidão.
( ) Escreveu um romance, em que ataca o racismo, o reacionarismo clerical, a estreiteza do universo provinciano e descreve a lenta e difícil ascensão social do mestiço brasileiro.
( ) Autor de obras-primas, como "Quincas Borba" e "Dom Casmurro", é irônico, pessimista e crítico. Suas tramas quebram a estrutura linear e seu estilo é refinado e elegante, esmerando-se na correção linguística.
( ) Na sua 1ª fase, estava comprometido com o idealismo romântico. Na 2ª fase, mais maduro, fazia a análise psicológica e social de temas da burguesia da época: o adultério, o parasitismo social, o egoísmo, a vaidade, o interesse, além da confusão entre razão e loucura.
A sequência correta é:
a) 1, 1, 2, 1 e 2
b) 2, 2, 1, 2 e 1
c) 1, 2, 1, 1 e 2
d) 2, 2, 2, 1 e 1
e) 2, 2, 1, 1 e 1
14. Sobre o Realismo brasileiro, é correto afirmar:
a) Foi uma estética pouco significativa no painel literário brasileiro, pois ficou afastado dos problemas nacionais, questão bastante trabalhada pelo Romantismo.
b) Teve grande influência do lluminismo francês, daí o aspecto libertário de alguns romances de nossos escritores realistas, como Machado de Assis e Raul Pompéia.
c) Deu especial importância à questão cultural, buscando as raízes da cultura brasileira no folclore e nos costumes do povo.
d) Sua tendência a retratar a realidade com objetividade e imparcialidade está pautada nos postulados filosóficos e científicos que alcançaram grande popularidade no final do século XIX, como o positivismo e o darwinismo.
e) Embora na prosa houvesse um afastamento dos ideais estéticos do movimento romântico, que o antecedeu, o Parnasianismo, contraparte poética do Realismo no contexto brasileiro, não conseguiu se desvencilhar do sentimentalismo e de alguns temas preferidos do Romantismo, como o índio e o escravo, explorando-os com frequência.
15. A estética anti-romântica iniciou-se na segunda metade do século XIX, com o Realismo e aprofundou-se com o Naturalismo. Sobre esses movimentos, analise as proposições a seguir.
( ) As transformações econômicas, científicas e ideológicas possibilitaram a revolução industrial, na qual os valores burgueses e capitalistas suplantaram os valores românticos: a fantasia e o mito da natureza entram, assim, em crise.
( ) Surge, na literatura, o Realismo, movimento em que o artista é, ao mesmo tempo, um participante e um observador do mundo. Esse aspecto conduz à representatividade histórico-social e à análise psicológica dos personagens, examinados à luz do racionalismo e da contemporaneidade.
( ) Entre as características do Realismo brasileiro, estão a objetividade, a impessoalidade e o uso da linguagem regional.
( ) O Naturalismo é um prolongamento do Realismo, pois acrescenta uma visão cientificista da existência, a qual inclui o determinismo do meio ambiente, do instinto e da hereditariedade.
( ) O Realismo teve sua primeira manifestação importante com a publicação de "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis, e o Naturalismo, com "Dom Casmurro", do mesmo autor, ambos em 1881.
16. Publicados quase simultaneamente, "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e "O Mulato", ambos os romances praticamente inauguram dois movimentos literários no Brasil. Num deles predomina a profundidade da análise psicológica e, no outro, a preocupação com as leis da hereditariedade e a influência do ambiente sobre o homem.
Esses movimentos foram:
a) O Modernismo e o Pós-modernismo.
b) O Futurismo e o Surrealismo.
c) O Barroco e o Trovadorismo.
d) O Romantismo e o Ultra-romantismo.
e) O Realismo e o Naturalismo.
17. Expressões tais como "machos e fêmeas", "cabelo para o alto do casco", "molhar o pêlo" constroem imagens que remetem a uma ________ entre homens e animais, típica do ________, que se constitui num prolongamento do ________.
a) dissociação - Realismo - Naturalismo
b) contemporização - Modernismo - Realismo
c) dissociação - Romantismo - Naturalismo
d) associação - Naturalismo - Realismo
e) contemporização - Realismo - Romantismo
18. Assim como a obra D. Casmurro, são também obras pertencentes ao Realismo.
a) Grande Sertão: Veredas e Os Sertões
b) Luzia-Homem e Iracema
c) Aves de Arribação e Iaiá Garcia
d) O Mulato e Memórias Póstumas de Brás Cubas
19. Sobre o Realismo, assinale o INCORRETO.
a) O Realismo na Literatura manifesta-se na prosa. A poesia da época vive o Simbolismo.
b) O romance - social, psicológico e de tese - é a principal forma de expressão do Realismo.
c) O romance realista deixa de ser apenas distração e torna-se veículo de crítica a instituições, como a Igreja Católica, e à hipocrisia burguesa.
d) A escravidão, os preconceitos raciais e a sexualidade são os principais temas, tratados com linguagem clara e direta.
PARTE III - ATIVIDADE SOBRE O NATURALISMO
1) (UFV-MG) Em O Cortiço, Aluísio Azevedo reafirma a ideologia do Naturalismo cumpre à risca alguns princípios cientificistas vigentes na segunda metade do século XIX. Dentre as afirmativas abaixo, assinale aquela que NÃO corresponde às propostas da escola naturalista:
a) Em O Cortiço, Aluísio Azevedo exprime um conceito naturalista da vida e, ao idealizar seus personagens, integra-os a elementos de uma natureza convencional.
b) O narrador de O Cortiço acentua o lado instintivo do ser humano através de um processo de zoomorfização, identificando seus personagens a diferentes animais, sobretudo a insetos e vermes, quando os descreve em seu vaivém pelo cortiço.
c) Ao enfatizar as atitudes inescrupulosas de João Romão para com os habitantes do cortiço, em especial para com a negra Bertoleza, o autor confirma as preocupações sociais do Naturalismo em sua inclinação reformadora.
d) Os personagens de O Cortiço constituem-se, em sua maioria, dos operários das pedreiras, das lavadeiras e de outros miseráveis que ali vivem de forma degradante, o que evidencia a preferência do escritor naturalista pelas camadas mais baixas da sociedade.
e) O caráter determinista da obra tem como símbolo a personagem Pombinha, que, se antes era “pura” e de boa conduta moral, acaba prostituindo-se por força daquele meio sórdido e animalesco.
2) (UFV-MG) Leia o texto abaixo, retirado de O Cortiço, e faça o que se pede:
Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas. Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada, sete horas de chumbo.
[…]. O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. Começavam a fazer compras na venda; ensarilhavam-se discussões e rezingas; ouviam-se gargalhadas e pragas; já se não falava, gritava-se. Sentia-se naquela fermentação sangüínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a terra.
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. 15. ed. São Paulo: Ática, 1984. p. 28-29.
Assinale a alternativa que NÃO corresponde a uma possível leitura do fragmento citado:
a) No texto, o narrador enfatiza a força do coletivo. Todo o cortiço é apresentado como um personagem que, aos poucos, acorda como uma colméia humana.
b)O texto apresenta um dinamismo descritivo, ao enfatizar os elementos visuais, olfativos e auditivos.
c) O discurso naturalista de Aluísio Azevedo enfatiza nos personagens de O Cortiço o aspecto animalesco, “rasteiro” do ser humano, mas também a sua vitalidade e energia naturais, oriundas do prazer de existir.
d) Através da descrição do despertar do cortiço, o narrador apresenta os elementos introspectivos dos personagens, procurando criar correspondências entre o mundo físico e o metafísico.
e) Observa-se, no discurso de Aluísio Azevedo, pela constante utilização de metáforas e sinestesias, uma preocupação em apresentar elementos descritivos que comprovem a sua tese determinista.
3) (UFSM-RS) Leia os versos de Raimundo Correia e considere as afirmativas que se seguem.
Vai-se a primeira pomba despertada…
Vai-se outra mais … mais outra … enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia a sangüínea e fresca madrugada…
I. As rimas finais são intercaladas.
II. A estrofe é marcada por aliterações e assonâncias.
III. Os versos são decassílabos, à exceção do segundo que é alexandrino.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I. d) apenas II e III.
b) apenas II. e) I, II e III.
c) apenas I e II.
Leia o poema e responda as questões 4,5 e 6:
As pombas
Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sanguínea e fresca a madrugada...
E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada.
..
Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;
No azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais... (Raimundo Correia)
4) O soneto está organizado em duas partes. Nas duas quadras, o eu lírico descreve o revoar das pombas, nos tercetos é estabelecida uma comparação. Deduza:
a) A que é comparado o revoar das pombas?
b) Qual é a diferença essencial, segundo o texto, entre os elementos comparados?
5) De acordo com os termos dessa comparação, identifique a que correspondem, no plano da vida:
a) a madrugada e a tarde;
b) a “rígida nortada”, que as pombas encontram, à tarde, fora, fora dos pombais.
6) Destaque do soneto três características que comprovem a filiação do texto ao Parnasianismo.
7) (CEFET-MG) Sobre o Realismo / Naturalismo afirma-se:
I. Os escritores naturalistas mostram a decadência das instituições, denunciam a hipocrisia.
II. A linguagem da prosa realista tende à universalização porque todos os homens vivem mais ou menos os mesmos problemas, embora esse tipo de prosa tome como ponto de partida o indivíduo comum e anônimo.
III. O Naturalismo procura dar um novo tratamento ao Realismo, atribuindo-lhe um caráter mais científico.
Está(ão) correta(s)
a) I e III. d) I, II e III.
b) I e II. e) I apenas.
c) II e III.
8) (CEFET-MG) Os pressupostos abaixo caracterizam o Parnasianismo, EXCETO
a) referência à mitologia greco-latina.
b) busca do máximo de subjetividade na elaboração do poema, separando o sujeito criador do objeto criado.
c) preferência pelas formas poéticas fixas e regulares como o soneto.
d) o esteticismo, a depuração formal, o ideal da “arte pela arte”.
e) o purismo e o preciosismo vocabular e linguístico, com predomínio de termos eruditos.
9) (UFMS-MS) Assinale as afirmativas corretas a propósito do Naturalismo
a. O ser é retratado como produto do meio.
b. O escritor evita julgar ações e personagens de um ponto de vista ético e moral, pois seu intuito é expor e analisar cientificamente a realidade.
c. É um tipo de Realismo que tenta explicar romanticamente a conduta e o modo de ser das personagens.
d. No Brasil, o romance naturalista exalta o homem metafísico, em oposição ao homem animal, cujas ações e intenções o escritor condena.
e Tem como características, entre outras, o determinismo biológico, a tematização do patológico e a aplicação do método experimental.
10) (ITA-SP) Assinale o texto que, pela linguagem e pelas idéias, pode se considerado como representante da corrente naturalista.
a. "... essa noite estava de veia para a coisa; estava inspirada; divina! Nunca dançara com tanta graça e tamanha lubricidade! Também cantou. E cada verso que vinha de sua boca [...] era um arrulhar choroso de pomba no cio. E [...], bêbado de volúpia, enroscava-se todo ao violão; e o violão e ele gemiam com o
mesmo gosto, grunhindo, ganindo, miando, com todas as vozes de bichos sensuais, num desespero de luxuria que penetrava ate ao tutano com línguas finíssimas de cobra."
b. "Na planície avermelhada dos juazeiros, alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos, [...] Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da caatinga rala."
c. "Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, monossilábica e gutural, que o companheiro entendia."
d. "Do seu rosto irradiava singela expressão de encantadora ingenuidade, realçava pela meiguice do olhar sereno [...] Ao erguer a cabeça para tirar o braço de sob o lençol, descera um nada a camisinha de crivo que vestia, deixando nu um colo de fascinadora alvura, em que ressaltava um ou outro sinal de nascença."
e. "Hércules-Quasímodo, reflete o aspecto a fealdade típica dos fracos. A pé, quando parado, recosta-se invariavelmente ao primeiro umbral ou parede que encontra; a cavalo, se sofreia o animal para trocar duas palavras com o um conhecido, cai logo sobre um dos estribos. descansando sobre a espenda da sela”
11) (UFV-MG) Leia os versos:
Esta, de áureos relevos, trabalhada
De divas mãos, brilhante copa, um dia,
Já de aos deuses, servir como cansada,
Vinda do Olimpo, a um novo deus servia.
Era o poeta de Teos que a suspendia.
Então e, ora repleta ora esvazada,
A taça amiga aos dedos seus tinia
Toda de roxas pétalas colmada!
(Alberto de Oliveira)
Assinale a alternativa que contém características parnasianas presentes no poema:
a. Versos impecáveis, misturando mitologia clássica com sentimentalismo amoroso.
b. Descrição minuciosa de um objeto e busca de um tema ligado à Grécia antiga.
c. Revalorização das idéias iluministas e descrição do passado.
d. Busca de inspiração na Grécia clássica, com nostalgia e subjetivismo.
e. Vocabulário preciosista, de forte ardor sensual.
12) (UFMS-MS) A propósito do Naturalismo, é correto afirmar que:
( ) O ser é retratado como produto do meio.
( ) O escritor evita julgar ações e personagens de um ponto de vista ético e moral, pois seu intuito é expor e analisar cientificamente a realidade.
( ) É um tipo de realismo que tenta explicar romanticamente a conduta e o modo de ser dos personagens.
( ) No Brasil, o romance naturalista exalta o homem metafísico, em oposição ao homem animal, cujas ações e intenções o autor condena.
( ) Tem como características, entre outras, o determinismo biológico, a tematização do patológico e a aplicação do método experimental.
sexta-feira, 24 de maio de 2013
Filme "Macunaíma" (Atividade Avaliativa)
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – C.C.H.
CURSO: Letras/Português – 6º período
DISCIPLINA: Literatura Brasileira: do Simbolismo à semana da Arte Moderna.
PROFESSORAS: Dra. Maria Generosa Souto/ Damáris de Souza Ramos (estagiária)
DATA: 13/05/2013
Atividade do filme: Macunaíma (1969), baseado no livro homônimo de Mário de Andrade.
Ficha técnica:
Título original: Macunaíma
Gênero: Comédia
Duração: 1h48min
Ano de lançamento: 1969
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Elenco: Grande Otelo, Paulo José, Milton Gonçalves, Jardel Filho, Hugo Carvana, Dina Sfat.
Para refletir e responder a CINCO questões:
1) Aponte as diferenças fundamentais entre o livro e o filme Macunaíma o herói sem nenhum caráter: em relação a livre adaptação do texto e o contexto histórico.
2) Considerado uma rapsódia pelo próprio Mário de Andrade, o texto caracteriza-se pelo acolhimento e assimilação de elementos variados de nossa cultura, como as crendices, os provérbios e o folclore. Por esse caráter multifacetado, pode-se considerar Macunaíma como representação da identidade brasileira ou esse procedimento torna-se inviável?
3) Macunaíma é um “herói sem nenhum caráter”, tal afirmação pode ser justificada porque o herói lança mão de qualquer recurso para obter vantagens, ou porque não encontrou sua própria definição, sua identidade. Discuta.
4) A afirmação dos elementos locais, do Brasil, está presente em Macunaíma, de Mário de Andrade. Comente sobre as características da malandragem e da sátira que o livro apresenta com relação a certos padrões de comportamento que indicam o “caráter” brasileiro.
5) Discuta os elementos do filme e do livro (procedimentos estéticos) que dialogam com a proposta vanguardista.
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – C.C.H.
CURSO: Letras/Português – 6º período
DISCIPLINA: Literatura Brasileira: do Simbolismo à semana da Arte Moderna.
PROFESSORAS: Dra. Maria Generosa Souto/ Damáris de Souza Ramos (estagiária)
DATA: 13/05/2013
Atividade do filme: Macunaíma (1969), baseado no livro homônimo de Mário de Andrade.
Ficha técnica:
Título original: Macunaíma
Gênero: Comédia
Duração: 1h48min
Ano de lançamento: 1969
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Elenco: Grande Otelo, Paulo José, Milton Gonçalves, Jardel Filho, Hugo Carvana, Dina Sfat.
Para refletir e responder a CINCO questões:
1) Aponte as diferenças fundamentais entre o livro e o filme Macunaíma o herói sem nenhum caráter: em relação a livre adaptação do texto e o contexto histórico.
2) Considerado uma rapsódia pelo próprio Mário de Andrade, o texto caracteriza-se pelo acolhimento e assimilação de elementos variados de nossa cultura, como as crendices, os provérbios e o folclore. Por esse caráter multifacetado, pode-se considerar Macunaíma como representação da identidade brasileira ou esse procedimento torna-se inviável?
3) Macunaíma é um “herói sem nenhum caráter”, tal afirmação pode ser justificada porque o herói lança mão de qualquer recurso para obter vantagens, ou porque não encontrou sua própria definição, sua identidade. Discuta.
4) A afirmação dos elementos locais, do Brasil, está presente em Macunaíma, de Mário de Andrade. Comente sobre as características da malandragem e da sátira que o livro apresenta com relação a certos padrões de comportamento que indicam o “caráter” brasileiro.
5) Discuta os elementos do filme e do livro (procedimentos estéticos) que dialogam com a proposta vanguardista.
segunda-feira, 13 de maio de 2013
RESUMO de MACUNAÍMA
Macunaíma - Livro Completo em http://www.slideshare.net/RebecaXavier/mario-de-andrade-macunaima-livro-completo
Resumo - http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/macunaima-resumo-obra-mario-andrade-700314.shtml
Com uma narrativa de caráter mítico, em que os acontecimentos não seguem as convenções realistas, a obra procura fazer um retrato do povo brasileiro, por meio do “herói sem caráter”.
Resumo
Macunaíma nasce à margem do Uraricoera na Floresta Amazônica e já manifesta uma de suas características mais fortes: a preguiça. Desde pequeno ele busca prazeres amorosos com a mulher de seu irmão Jiguê. Em uma de suas “brincadeiras” amorosas, Macunaíma se transforma em um príncipe lindo.
Por suas traquinagens, Macunaíma é abandonado pela mãe. No meio do mato, encontra o Curupira, que arma uma cilada para o herói, da qual acaba escapando por preguiça de seguir o falso conselho do Curupira. Depois de contar à cotia como enganou o monstro, ela joga calda de aipim envenenada em Macunaíma, fazendo seu corpo crescer, com exceção da cabeça, que ele consegue desviar do caldo.
Com a ajuda dos irmãos, Macunaíma consegue fazer sexo com Ci, a Mãe do Mato, que engravida e perde o filho. Após a morte do filho, Ci sob ao céu e se transforma em uma estrela. Antes disso, ela dá a Macunaíma a famosa muiraquitã, um tipo de talismã ou amuleto.
Triste, Macunaíma segue seu caminho após se despedir das Icamiabas (tribo das índias sem marido). Encontra o monstro Capei e luta contra ele. Nessa batalha, perde o muiraquitã e fica sabendo que uma tartaruga apanhada por um mariscador havia encontrado o talismã, e esse o tinha vendido a Venceslau Pietro Pietra, rico fazendeiro, residente em São Paulo.
O herói, acompanhado dos irmãos, vai para São Paulo, com o objetivo de recuperar a pedra. Na cidade, descobre que Venceslau Pietro Pietra é o gigante Piaimã, devorador de gente que era amigo da Ceiuci, também apreciadora de carne humana.
Macunaíma disfarça-se de francesa para seduzir o gigante Piaimã e recuperar a muiraquitã. O gigante propõe dar a pedra ao herói disfarçado se esse aceitasse dormir com ele. Macunaíma, então, foge numa correria por todo o Brasil.
Macunaíma vai para um terreiro de macumba no Rio de Janeiro e pede à macumbeira que dê uma sova cruel no gigante.
Ainda no Rio, o herói encontra Vei, a deusa-sol. O herói promete a Vei que iria casar-se com uma de suas filhas. Na mesma noite, no entanto, Macunaíma “brinca” (ou seja, faz sexo) com uma portuguesa, enfurecendo a deusa. Ela manda um monstro pavoroso atrás do herói, que foge deixando a portuguesa com o monstro.
No retorno a São Paulo, Macunaíma escreve a famosa “Carta pras Icamiabas”, na qual descreve, em estilo afetadíssimo, a agitação e as mazelas da vida paulistana.
Com Venceslau Pietro Pietra adoentado por conta da surra que levou de Exu, Macunaíma fica impossibilitado de recuperar a pedra. Assim, ele gasta seu tempo aprendendo as difíceis línguas da terra: “o brasileiro falado e o português escrito”.
Depois de arrumar uma saborosa confusão na cidade, o herói vai visitar o gigante, que ainda se recuperava. Resolve fazer uma pescaria no Tietê, onde também costumava pescar Ceiuci. Além de brincar com a filha da caapora, Macunaíma foge de Ceiuci em um cavalo que percorre de forma surrealista a América Latina: em algumas linhas, faz o incrível trajeto de Manaus à Argentina.
Disfarçando-se de pianista, Macunaíma tenta obter uma bolsa de estudo para seguir no encalço de Venceslau Pietro Pietra, que fora para a Europa. Não conseguindo ludibriar o governo, decide viajar pelo Brasil com os irmãos. Numa das andanças, com fome, o herói encontra um macaco comendo coquinhos. O macaco diz cinicamente que estava comendo os próprios testículos. Macunaíma, ingenuamente, pega então um paralelepípedo e bate com toda a força nos seus, ditos, coquinhos. O herói morre e é ressuscitado pelo irmão Manaape, que lhe restitui os testículos com dois cocos-da-baía.
Jiguê se enamora de uma moça piolhenta, que brinca toda hora com Macunaíma. Quando descobre a traição, Jiguê dá uma sova no herói e uma porretada na amante, que vai para o céu com seus piolhos, transformada em estrela que pula.
Macunaíma mata o gigante Piaimã, jogando-o num buraco com água fervendo, onde Ceiuci preparava uma imensa macarronada. Depois de matar Venceslau Pietro Pietra, o herói consegue recuperar a muiraquitã.
Macunaíma e os irmãos resolvem voltar para o Uraricoera, levando consigo alguns pertences e uma dose de saudade de São Paulo. Na volta, o herói tem vários casos amorosos. Perseguidos pelo Minhocão Oibê, Macunaíma o transforma num cachorro-do-mato e segue viagem.
Chegando ao Uraricoera, o herói se entristece ao ver a maloca da tribo destruída. Uma sombra leprosa devora os irmãos, e Macunaíma fica só. Todas as aves o abandonam, apenas um papagaio, a quem conta toda a sua história, permanece com ele.
Vei, a Sol, vinga a desfeita que Macunaíma havia feito a uma de suas filhas e cria uma armadilha para o herói, que, ao ver a uiara em uma lagoa, se deixa seduzir e acaba sendo mutilado pelo monstro. Macunaíma consegue recuperar suas partes mutiladas, abrindo a barriga do bicho, mas não encontra sua perna nem a muiraquitã. O herói vai para o céu, transformado na constelação da Ursa Maior.
Por fim, no epílogo o narrador conta que ficou conhecendo essa história através do papagaio ao qual Macunaíma havia relatado suas aventuras.
Lista de personagens
Macunaíma: personagem principal do livro, é individualista, preguiçoso e faz o que deseja sem se preocupar com nada. Além disso, é vaidoso, mente com a maior facilidade e gosta, acima de tudo, de se entregar aos prazeres carnais.
Maanape: irmão de Macunaíma. Tinha fama de feiticeiro e representa o povo negro.
Jiguê: outro irmão de Macunaíma. Representante do povo indígena.
Sofará: companheira de Jiguê com quem Macunaíma “brincou” diversas vezes.
Iriqui: segunda mulher de Jiguê. Macunaíma também “brincou” com ela diversas vezes, vindo a ganha-la de presente porque Jiguê achou que não valia a pena brigar por causa de uma mulher.
Ci: a Mãe do Mato. Foi o grande e único amor de Macunaíma. Engravidou dele, mas perdeu o filho e transformou-se em estrela. Foi ela quem deu a Muiraquitã a Macunaíma.
Venceslau Pietro Pietra ou Piaimã: gigante comedor de gente, que roubou a muiraquitã de Macunaíma.
Vei: é “a sol”. Tem duas filhas e quer que Macunaíma case com uma delas.
Ceiuci: mulher do gigante Piaimã, é uma velha gulosa comedora de gente.
Sobre Mario de Andrade
Mário Raul de Morais Andrade nasceu na cidade de São Paulo em 9 de outubro de 1893. Seu pai era de origem humilde, mas conseguiu alcançar uma situação financeira estável através de muito trabalho e esforço. Sua mãe, apesar de ser descendente de bandeirantes, também não era rica.
Quando pequeno tinha baixo rendimento na escola, ao contrário de seus irmãos, que eram muito elogiados. Porém, em dado momento Mário começou a estudar, ler muito e passava até nove horas por dia estudando música. Assim, em 1917, ele conclui o curso de piano no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, publica seu livro de estreia, Há uma gota de sangue em cada poema. Além disso, conhece Anita Malfatti e Oswald de Andrade.
Como um dos principais organizadores, participa da Semana de Arte Moderna, que foi realizada em 1922 no Teatro Municipal de São Paulo. Neste mesmo ano, publica o livro de poesia Paulicéia Desvairada. Em 1927 publica o polêmico Amar, verbo intransitivo, criticando a hipocrisia sexual da alta sociedade paulistana.
Em 1934 é nomeado diretor do Departamento de Cultura do Município de São Paulo, onde fica até 1938, quando se muda para o Rio de Janeiro. Em 1940 resolve voltar para São Paulo, vindo a trabalhar no Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Em 1942, publica O Movimento Modernista, onde faz o balanço e a crítica de sua geração. A partir dessa época, seu estado de saúde, que já era frágil, piora. Em 25 de fevereiro de 1945, Mário de Andrade sofre um ataque cardíaco e morre.
Além de romances, poemas e contos, Mário deixou uma grande coleção como crítico literário ("O movimento modernista" (1942), "Aspectos da literatura brasileira" (1943) e outros livros). Seus principais romances são: "Paulicéia Desvairada" (1922), "Amar, verbo intransitivo" (1927) e "Macunaíma" (1928).
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Estudo do filme "Macunaíma"
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – C.C.H.
CURSO: Letras/Português – 6º período
DISCIPLINA: Literatura Brasileira: do Simbolismo à semana da Arte Moderna.
PROFESSORAS: Dra. Maria Generosa Souto/ Damáris de Souza Ramos (estagiária)
DATA: 13/05/2013
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Atividade do filme: Macunaíma (1969), baseado no livro homônimo de Mário de Andrade.
Ficha técnica:
Título original: Macunaíma
Gênero: Comédia
Duração: 1h 48min
Ano de lançamento: 1969
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Elenco: Grande Otelo, Paulo José, Milton Gonçalves, Jardel Filho, Hugo Carvana, Dina Sfat.
Para refletir e RESPONDER neste BLOG:
1) Aponte as diferenças fundamentais entre o livro e o filme Macunaíma o herói sem nenhum caráter: em relação a livre adaptação do texto e o contexto histórico.
2) Considerado uma rapsódia pelo próprio Mário de Andrade, o texto caracteriza-se pelo acolhimento e assimilação de elementos variados de nossa cultura, como as crendices, os provérbios e o folclore. Por esse caráter multifacetado, pode-se considerar Macunaíma como representação da identidade brasileira ou esse procedimento torna-se inviável?
3) Macunaíma é um “herói sem nenhum caráter”, tal afirmação pode ser justificada porque o herói lança mão de qualquer recurso para obter vantagens, ou porque não encontrou sua própria definição, sua identidade. Discuta.
4) A afirmação dos elementos locais, do Brasil, está presente em Macunaíma, de Mário de Andrade. Comente sobre as características da malandragem e a satírica que o livro apresenta com relação a certos padrões de comportamento que indicam o “caráter” brasileiro.
5) Discuta os elementos do filme e do livro (procedimentos estéticos) que dialogam com a proposta vanguardista.
Resumo - http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/macunaima-resumo-obra-mario-andrade-700314.shtml
Com uma narrativa de caráter mítico, em que os acontecimentos não seguem as convenções realistas, a obra procura fazer um retrato do povo brasileiro, por meio do “herói sem caráter”.
Resumo
Macunaíma nasce à margem do Uraricoera na Floresta Amazônica e já manifesta uma de suas características mais fortes: a preguiça. Desde pequeno ele busca prazeres amorosos com a mulher de seu irmão Jiguê. Em uma de suas “brincadeiras” amorosas, Macunaíma se transforma em um príncipe lindo.
Por suas traquinagens, Macunaíma é abandonado pela mãe. No meio do mato, encontra o Curupira, que arma uma cilada para o herói, da qual acaba escapando por preguiça de seguir o falso conselho do Curupira. Depois de contar à cotia como enganou o monstro, ela joga calda de aipim envenenada em Macunaíma, fazendo seu corpo crescer, com exceção da cabeça, que ele consegue desviar do caldo.
Com a ajuda dos irmãos, Macunaíma consegue fazer sexo com Ci, a Mãe do Mato, que engravida e perde o filho. Após a morte do filho, Ci sob ao céu e se transforma em uma estrela. Antes disso, ela dá a Macunaíma a famosa muiraquitã, um tipo de talismã ou amuleto.
Triste, Macunaíma segue seu caminho após se despedir das Icamiabas (tribo das índias sem marido). Encontra o monstro Capei e luta contra ele. Nessa batalha, perde o muiraquitã e fica sabendo que uma tartaruga apanhada por um mariscador havia encontrado o talismã, e esse o tinha vendido a Venceslau Pietro Pietra, rico fazendeiro, residente em São Paulo.
O herói, acompanhado dos irmãos, vai para São Paulo, com o objetivo de recuperar a pedra. Na cidade, descobre que Venceslau Pietro Pietra é o gigante Piaimã, devorador de gente que era amigo da Ceiuci, também apreciadora de carne humana.
Macunaíma disfarça-se de francesa para seduzir o gigante Piaimã e recuperar a muiraquitã. O gigante propõe dar a pedra ao herói disfarçado se esse aceitasse dormir com ele. Macunaíma, então, foge numa correria por todo o Brasil.
Macunaíma vai para um terreiro de macumba no Rio de Janeiro e pede à macumbeira que dê uma sova cruel no gigante.
Ainda no Rio, o herói encontra Vei, a deusa-sol. O herói promete a Vei que iria casar-se com uma de suas filhas. Na mesma noite, no entanto, Macunaíma “brinca” (ou seja, faz sexo) com uma portuguesa, enfurecendo a deusa. Ela manda um monstro pavoroso atrás do herói, que foge deixando a portuguesa com o monstro.
No retorno a São Paulo, Macunaíma escreve a famosa “Carta pras Icamiabas”, na qual descreve, em estilo afetadíssimo, a agitação e as mazelas da vida paulistana.
Com Venceslau Pietro Pietra adoentado por conta da surra que levou de Exu, Macunaíma fica impossibilitado de recuperar a pedra. Assim, ele gasta seu tempo aprendendo as difíceis línguas da terra: “o brasileiro falado e o português escrito”.
Depois de arrumar uma saborosa confusão na cidade, o herói vai visitar o gigante, que ainda se recuperava. Resolve fazer uma pescaria no Tietê, onde também costumava pescar Ceiuci. Além de brincar com a filha da caapora, Macunaíma foge de Ceiuci em um cavalo que percorre de forma surrealista a América Latina: em algumas linhas, faz o incrível trajeto de Manaus à Argentina.
Disfarçando-se de pianista, Macunaíma tenta obter uma bolsa de estudo para seguir no encalço de Venceslau Pietro Pietra, que fora para a Europa. Não conseguindo ludibriar o governo, decide viajar pelo Brasil com os irmãos. Numa das andanças, com fome, o herói encontra um macaco comendo coquinhos. O macaco diz cinicamente que estava comendo os próprios testículos. Macunaíma, ingenuamente, pega então um paralelepípedo e bate com toda a força nos seus, ditos, coquinhos. O herói morre e é ressuscitado pelo irmão Manaape, que lhe restitui os testículos com dois cocos-da-baía.
Jiguê se enamora de uma moça piolhenta, que brinca toda hora com Macunaíma. Quando descobre a traição, Jiguê dá uma sova no herói e uma porretada na amante, que vai para o céu com seus piolhos, transformada em estrela que pula.
Macunaíma mata o gigante Piaimã, jogando-o num buraco com água fervendo, onde Ceiuci preparava uma imensa macarronada. Depois de matar Venceslau Pietro Pietra, o herói consegue recuperar a muiraquitã.
Macunaíma e os irmãos resolvem voltar para o Uraricoera, levando consigo alguns pertences e uma dose de saudade de São Paulo. Na volta, o herói tem vários casos amorosos. Perseguidos pelo Minhocão Oibê, Macunaíma o transforma num cachorro-do-mato e segue viagem.
Chegando ao Uraricoera, o herói se entristece ao ver a maloca da tribo destruída. Uma sombra leprosa devora os irmãos, e Macunaíma fica só. Todas as aves o abandonam, apenas um papagaio, a quem conta toda a sua história, permanece com ele.
Vei, a Sol, vinga a desfeita que Macunaíma havia feito a uma de suas filhas e cria uma armadilha para o herói, que, ao ver a uiara em uma lagoa, se deixa seduzir e acaba sendo mutilado pelo monstro. Macunaíma consegue recuperar suas partes mutiladas, abrindo a barriga do bicho, mas não encontra sua perna nem a muiraquitã. O herói vai para o céu, transformado na constelação da Ursa Maior.
Por fim, no epílogo o narrador conta que ficou conhecendo essa história através do papagaio ao qual Macunaíma havia relatado suas aventuras.
Lista de personagens
Macunaíma: personagem principal do livro, é individualista, preguiçoso e faz o que deseja sem se preocupar com nada. Além disso, é vaidoso, mente com a maior facilidade e gosta, acima de tudo, de se entregar aos prazeres carnais.
Maanape: irmão de Macunaíma. Tinha fama de feiticeiro e representa o povo negro.
Jiguê: outro irmão de Macunaíma. Representante do povo indígena.
Sofará: companheira de Jiguê com quem Macunaíma “brincou” diversas vezes.
Iriqui: segunda mulher de Jiguê. Macunaíma também “brincou” com ela diversas vezes, vindo a ganha-la de presente porque Jiguê achou que não valia a pena brigar por causa de uma mulher.
Ci: a Mãe do Mato. Foi o grande e único amor de Macunaíma. Engravidou dele, mas perdeu o filho e transformou-se em estrela. Foi ela quem deu a Muiraquitã a Macunaíma.
Venceslau Pietro Pietra ou Piaimã: gigante comedor de gente, que roubou a muiraquitã de Macunaíma.
Vei: é “a sol”. Tem duas filhas e quer que Macunaíma case com uma delas.
Ceiuci: mulher do gigante Piaimã, é uma velha gulosa comedora de gente.
Sobre Mario de Andrade
Mário Raul de Morais Andrade nasceu na cidade de São Paulo em 9 de outubro de 1893. Seu pai era de origem humilde, mas conseguiu alcançar uma situação financeira estável através de muito trabalho e esforço. Sua mãe, apesar de ser descendente de bandeirantes, também não era rica.
Quando pequeno tinha baixo rendimento na escola, ao contrário de seus irmãos, que eram muito elogiados. Porém, em dado momento Mário começou a estudar, ler muito e passava até nove horas por dia estudando música. Assim, em 1917, ele conclui o curso de piano no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, publica seu livro de estreia, Há uma gota de sangue em cada poema. Além disso, conhece Anita Malfatti e Oswald de Andrade.
Como um dos principais organizadores, participa da Semana de Arte Moderna, que foi realizada em 1922 no Teatro Municipal de São Paulo. Neste mesmo ano, publica o livro de poesia Paulicéia Desvairada. Em 1927 publica o polêmico Amar, verbo intransitivo, criticando a hipocrisia sexual da alta sociedade paulistana.
Em 1934 é nomeado diretor do Departamento de Cultura do Município de São Paulo, onde fica até 1938, quando se muda para o Rio de Janeiro. Em 1940 resolve voltar para São Paulo, vindo a trabalhar no Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Em 1942, publica O Movimento Modernista, onde faz o balanço e a crítica de sua geração. A partir dessa época, seu estado de saúde, que já era frágil, piora. Em 25 de fevereiro de 1945, Mário de Andrade sofre um ataque cardíaco e morre.
Além de romances, poemas e contos, Mário deixou uma grande coleção como crítico literário ("O movimento modernista" (1942), "Aspectos da literatura brasileira" (1943) e outros livros). Seus principais romances são: "Paulicéia Desvairada" (1922), "Amar, verbo intransitivo" (1927) e "Macunaíma" (1928).
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Estudo do filme "Macunaíma"
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – C.C.H.
CURSO: Letras/Português – 6º período
DISCIPLINA: Literatura Brasileira: do Simbolismo à semana da Arte Moderna.
PROFESSORAS: Dra. Maria Generosa Souto/ Damáris de Souza Ramos (estagiária)
DATA: 13/05/2013
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Atividade do filme: Macunaíma (1969), baseado no livro homônimo de Mário de Andrade.
Ficha técnica:
Título original: Macunaíma
Gênero: Comédia
Duração: 1h 48min
Ano de lançamento: 1969
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Elenco: Grande Otelo, Paulo José, Milton Gonçalves, Jardel Filho, Hugo Carvana, Dina Sfat.
Para refletir e RESPONDER neste BLOG:
1) Aponte as diferenças fundamentais entre o livro e o filme Macunaíma o herói sem nenhum caráter: em relação a livre adaptação do texto e o contexto histórico.
2) Considerado uma rapsódia pelo próprio Mário de Andrade, o texto caracteriza-se pelo acolhimento e assimilação de elementos variados de nossa cultura, como as crendices, os provérbios e o folclore. Por esse caráter multifacetado, pode-se considerar Macunaíma como representação da identidade brasileira ou esse procedimento torna-se inviável?
3) Macunaíma é um “herói sem nenhum caráter”, tal afirmação pode ser justificada porque o herói lança mão de qualquer recurso para obter vantagens, ou porque não encontrou sua própria definição, sua identidade. Discuta.
4) A afirmação dos elementos locais, do Brasil, está presente em Macunaíma, de Mário de Andrade. Comente sobre as características da malandragem e a satírica que o livro apresenta com relação a certos padrões de comportamento que indicam o “caráter” brasileiro.
5) Discuta os elementos do filme e do livro (procedimentos estéticos) que dialogam com a proposta vanguardista.
PRÉ-MODERNISMO
· TEXTO DE MARIA CAROLINA SANTA MARINA - Disponível em http://tsnn.tumblr.com/post/8659867343/literatura-pre-modernismo
O pré-Modernismo não é considerado uma escola literária, porque é somente o período (1902-1922) antes do Modernismo de fato e no qual alguns escritores não adaptados inteiramente às propostas da modernidade, escreveram.
· Seu contexto histórico é marcado por manifestações sociais e regionais como A guerra de Canudos, o cangaço, a crise de misticismo nordestino, a Revolta contra a vacina, a Guerra do Contestado, o Ciclo da Borracha, a Revolta da Chibata, greves operárias e a República o Café com Leite.
· Delimitação: Teve início em 1902 com o lançamento dos livros Canaã e Os Sertões e termina com a semana da Arte Moderna em 1922.
· O Pré-Modernismo tem genericamente temas sociais, pois dispõe de uma faceta revolucionária, que capta as dificuldades do homem moderno, da realidade brasileira e reflete novos tipos como a República e os problemas gerados pela abolição da escravatura.
· Existem quatro prosadores principais Pré-Modernistas brasileiros que fixaram suas obras em determinadas regiões do Brasil, retratando temas específicos e usando de tipos humanos bem característicos. São eles:
1. Euclides da Cunha: retratou a região Nordeste, com o tema sobre a miséria do nordestino e a submissão religiosa. Tipo humano: nordestino.
2. Graça Aranha: usou a região do Espírito Santo , e o tema foi adaptação dos imigrantes europeus (alemães principalmente) ao Brasil. Tipo humano: imigrantes.
3. Lima Barreto: retratou a Periferia do Rio de Janeiro, fazendo uma crítica ao preconceito racial. Tipo Humano: Negros.
4. Monteiro Lobato: Região de SP- Vale do paraíba. Fez uma crítica política relacionada com a agricultura e sobre o descaso do governo com a população. Tipo Humano: caboclo/lavrador.
· Os Sertões, obra de Euclides da Cunha, pode ser dividido em três partes, são elas:
1. A Terra: Nesta parte, o escritor traça um detalhado perfil das condições geográficas brasileiras e faz uma análise crítica das mais variadas regiões do país, inclusive do Nordeste.
2. O homem: É uma descrição física, emocional e social sobre o Sertão.
3. A luta: o plano de fundo é a Guerra de Canudos, mas a verdadeira ‘’luta’’ é pela sobrevivência, é o HomemXa Terra
O determinismo pode ser observado na Obra quando os três fatores que explicam o comportamento no Sertão estão juntos: a ‘’raça’’ (o sertanejo/o nordestino), o ‘’meio’’ (o sertão, a região de Canudos, interior da BA), e o momento histórico (a sobrevivência, A guerra de Canudos).
Antônio Conselheiro (Antônio Maciel, beatinho), personagem principal da Guerra de Canudos, era um líder religioso messiânico, que agrega os sertanejos no arraial de Canudos, dá casa e comida aos mesmos, e prega contra a República pois é Monarquista.
A Guerra de Canudos (1895-1897) foi entre Antônio Conselheiro e os Sertanejos e a Igreja e o Governo (república).
- Essa Obra não é considerada de valor literário pois é um tratado sociológico, já que estuda o homem dentro de uma sociedade, no caso, ‘’seca’’.
· Monteiro Lobato além de produzir histórias infantis, também escreveu literatura adulta.
1. Jeca Tatu = personagem de histórias de Monteiro Lobato, representa o típico lavrador, ignorante, analfabeto, desmotivado, preguiçoso. É uma crítica do autor ao descaso do governo com a população das ‘’cidades mortas’’.
2. As duas principais obras de Monteiro são: - Urupês : Referência a praga que ataca os pés de café, destrói toda a lavoura, deixando a classe lavradora sem trabalho. – Cidades Mortas: Contos que traduzem a situação de abandono e miséria da população do campo. (material, social e intelectual).
3. Um frase célebre e ‘’atemporal’’ do autor é: ‘’Um país se faz com homens e livros’’.
· O Pré-modernismo teve início com a obra Canaã de Graça Aranha, e o título da obra pode ser justificado de forma que Canaã é a terra prometida aos judeus, fazendo uma referencia bíblica, Graça Aranha mostra o Brasil como a Canaã dos imigrantes alemães que vêm para cá em busca de trabalho e vida digna, fugindo da miséria europeia da época. Na obra, existem dois personagens principais, são eles: 1- Milkau: imigrante alemão que vem ao Brasil para ser feliz, disposto a dividir, ensinar e aprender. 2- Lentz: imigrante alemão também, que acredita na superioridade branca e vem ao Brasil para ‘’se fazer Senhor em um país de mestiços’’.
· Lima Barreto é provavelmente o escritor mais polêmico desse período pré-modernista, e entre ele e Machado de assim são feitas comparações, pois Lima Barreto assumia que era pobre e negro, sendo julgado pela sociedade, já Machado ao contrário.
Lima fazia duras críticas à sociedade da época, como quanto ao descaso do governo com os sertanejos, negros, mulatos, mulheres etc.
· O Pré-modernismo também conta com a Poesia de Augusto dos Anjos, que era depressivo, usava de vocabulário forte e chocante.
O pré-Modernismo não é considerado uma escola literária, porque é somente o período (1902-1922) antes do Modernismo de fato e no qual alguns escritores não adaptados inteiramente às propostas da modernidade, escreveram.
· Seu contexto histórico é marcado por manifestações sociais e regionais como A guerra de Canudos, o cangaço, a crise de misticismo nordestino, a Revolta contra a vacina, a Guerra do Contestado, o Ciclo da Borracha, a Revolta da Chibata, greves operárias e a República o Café com Leite.
· Delimitação: Teve início em 1902 com o lançamento dos livros Canaã e Os Sertões e termina com a semana da Arte Moderna em 1922.
· O Pré-Modernismo tem genericamente temas sociais, pois dispõe de uma faceta revolucionária, que capta as dificuldades do homem moderno, da realidade brasileira e reflete novos tipos como a República e os problemas gerados pela abolição da escravatura.
· Existem quatro prosadores principais Pré-Modernistas brasileiros que fixaram suas obras em determinadas regiões do Brasil, retratando temas específicos e usando de tipos humanos bem característicos. São eles:
1. Euclides da Cunha: retratou a região Nordeste, com o tema sobre a miséria do nordestino e a submissão religiosa. Tipo humano: nordestino.
2. Graça Aranha: usou a região do Espírito Santo , e o tema foi adaptação dos imigrantes europeus (alemães principalmente) ao Brasil. Tipo humano: imigrantes.
3. Lima Barreto: retratou a Periferia do Rio de Janeiro, fazendo uma crítica ao preconceito racial. Tipo Humano: Negros.
4. Monteiro Lobato: Região de SP- Vale do paraíba. Fez uma crítica política relacionada com a agricultura e sobre o descaso do governo com a população. Tipo Humano: caboclo/lavrador.
· Os Sertões, obra de Euclides da Cunha, pode ser dividido em três partes, são elas:
1. A Terra: Nesta parte, o escritor traça um detalhado perfil das condições geográficas brasileiras e faz uma análise crítica das mais variadas regiões do país, inclusive do Nordeste.
2. O homem: É uma descrição física, emocional e social sobre o Sertão.
3. A luta: o plano de fundo é a Guerra de Canudos, mas a verdadeira ‘’luta’’ é pela sobrevivência, é o HomemXa Terra
O determinismo pode ser observado na Obra quando os três fatores que explicam o comportamento no Sertão estão juntos: a ‘’raça’’ (o sertanejo/o nordestino), o ‘’meio’’ (o sertão, a região de Canudos, interior da BA), e o momento histórico (a sobrevivência, A guerra de Canudos).
Antônio Conselheiro (Antônio Maciel, beatinho), personagem principal da Guerra de Canudos, era um líder religioso messiânico, que agrega os sertanejos no arraial de Canudos, dá casa e comida aos mesmos, e prega contra a República pois é Monarquista.
A Guerra de Canudos (1895-1897) foi entre Antônio Conselheiro e os Sertanejos e a Igreja e o Governo (república).
- Essa Obra não é considerada de valor literário pois é um tratado sociológico, já que estuda o homem dentro de uma sociedade, no caso, ‘’seca’’.
· Monteiro Lobato além de produzir histórias infantis, também escreveu literatura adulta.
1. Jeca Tatu = personagem de histórias de Monteiro Lobato, representa o típico lavrador, ignorante, analfabeto, desmotivado, preguiçoso. É uma crítica do autor ao descaso do governo com a população das ‘’cidades mortas’’.
2. As duas principais obras de Monteiro são: - Urupês : Referência a praga que ataca os pés de café, destrói toda a lavoura, deixando a classe lavradora sem trabalho. – Cidades Mortas: Contos que traduzem a situação de abandono e miséria da população do campo. (material, social e intelectual).
3. Um frase célebre e ‘’atemporal’’ do autor é: ‘’Um país se faz com homens e livros’’.
· O Pré-modernismo teve início com a obra Canaã de Graça Aranha, e o título da obra pode ser justificado de forma que Canaã é a terra prometida aos judeus, fazendo uma referencia bíblica, Graça Aranha mostra o Brasil como a Canaã dos imigrantes alemães que vêm para cá em busca de trabalho e vida digna, fugindo da miséria europeia da época. Na obra, existem dois personagens principais, são eles: 1- Milkau: imigrante alemão que vem ao Brasil para ser feliz, disposto a dividir, ensinar e aprender. 2- Lentz: imigrante alemão também, que acredita na superioridade branca e vem ao Brasil para ‘’se fazer Senhor em um país de mestiços’’.
· Lima Barreto é provavelmente o escritor mais polêmico desse período pré-modernista, e entre ele e Machado de assim são feitas comparações, pois Lima Barreto assumia que era pobre e negro, sendo julgado pela sociedade, já Machado ao contrário.
Lima fazia duras críticas à sociedade da época, como quanto ao descaso do governo com os sertanejos, negros, mulatos, mulheres etc.
· O Pré-modernismo também conta com a Poesia de Augusto dos Anjos, que era depressivo, usava de vocabulário forte e chocante.
AS CINCO VANGUARDAS EUROPEIAS
Professor Cássio José - http://cassioletras.blogspot.com.br/2011/07/as-cinco-vanguardas-europeias.html
As vanguardas europeias foram manifestações artístico-literárias que passaram pelo Panorama da Literatura do Brasil e deixaram de certa forma, sua contribuição, no que podemos dizer ruptura da estética até então reinante no nosso país. De acordo com o que se vê por parte dos postulantes da Literatura, foi na Semana da Arte Moderna que essas “estéticas literárias” foram influenciando os pensamentos de alguns literatos brasileiros pela inovação que se pretendia. Aqui, por fins acadêmicos, trataremos das seguintes correntes de estética europeia que em dado momento foi pressuposto para esse pensamento ideológico de Modernismo na Literatura Brasileira (Será?): Expressionismo, Cubismo, Futurismo, Dadaísmo e Surrealismo.
EXPRESSIONISMO: Surgido em 1910, foi manifestação de povos nórdicos, germânicos e eslavos. Essa tendência expressou a angústia do período anterior à Primeira Guerra Mundial, voltando-se para os produtos artísticos dos primitivos e para as manifestações do mundo interior, expressas no uso aleatório de cores intensas e distorção das formas, como atesta o quadro O grito, do norueguês Edvard Munch.
CUBISMO: Em 1907, Pablo Picasso pintou Lês demoiselles d‘Avignon (As senhoritas de Avignon) e inaugurou o Cubismo. Segundo essa tendência, as figuras, reduzidas a formas geométricas, apresentam, ao mesmo tempo, o perfil e a frente, mostrando mais de um ângulo de visão. No quadros cubistas. A literatura cubista, inaugurada por Apollinaire, preocupou-se com a construção física do texto: valorizou o espaço da folha e a camada significante das palavras e negou a estrofe, a rima, o verso tradicional. Esse seria o embrião da nossa poesia concreta, da década de 50.
FUTURISMO: Essa estética celebrava os signos do novo mundo – a velocidade, a máquina, a eletricidade, a industrialização. Apregoando a destruição do passado e dos meios tradicionais de expressão literária, o Futurismo (tendência que mais influenciou a primeira fase do Modernismo) propunha:
• liberdade de expressão;
• destruição da sintaxe;
• abolição da pontuação
• uso de símbolos matemáticos e musicais;
• desprezo ao adjetivo e ao advérbio
DADAÍSMO: Este foi o mais radical e destruidor movimento da vanguarda européia. Fundado por Tristan Tzara, negava o presente, o passado, o futuro e defendia a idéia de que qualquer combinação inusitada promove um efeito estético. O Dadaísmo refletiu um sentimento de saturação cultural, de crise social e política.
SURREALISMO: Inaugurado com a publicação do Manifesto Surrealista, em 1924, este foi o último movimento da vanguarda, sofrendo influências das teorias de Freud, o Surrealismo caracterizou-se pela busca do homem primitivo através da investigação do mundo do inconsciente e dos sonhos. Na literatura, o traço fundamental foi a escrita automática (o autor deixa-se levar pelo impulso e registra, sem controle racional, tudo o que o inconsciente lhe ditar, sem se preocupar com a lógica.
Comentário Crítico:
Percebe-se que os literatos brasileiros em algumas escolas literárias (como no Romantismo e Realismo, por exemplo), desejavam mostrar o “verdadeiro” Brasil. E isso, evidentemente, não poderia ser diferente, na nova estética literária brasileira, o que se percebe certa abertura e espaço, bem como sua influência da literatura estrangeira ou de ideologias que vinham de fora. Parece que os autores olham para o Brasil e fazem de sua literatura “palco de manifestações reais” do que realmente o Brasil é expondo as variadas facetas ou realidade do nosso país. Alguns livros didáticos até afirmam que a realidade verdadeira do Brasil era ignorada pela Literatura até então.
As vanguardas como movimentos artísticos, estética literária ou correntes da Literatura Europeia foram resultados ou consequências do que aconteceram no cenário europeu do século XX: problemas políticos, conflitos entre países vizinhos, intercâmbio entre a Primeira e Segunda Guerra Mundial...
A expressão vanguarda pode ser entendida como parcela dos intelectuais que exerce um papel pioneiro, desenvolvendo técnicas, ideias e conceitos novos, avançados, especialmente nas artes. O que havia de comum era nada mais do que conflitos ou debates de uma herança do século passado. É um grito do novo: os padrões da antiga estética literária e artística devem ceder lugar àquilo que estava por vir: O Modernismo. Havia assim manifestações desse “novo” em suas obras e divulgação de novas estratégias formais do tempo.
Podemos, assim, refletir de uma desestruturação ou falta de uma literatura fixamente ou realmente brasileira. E se assim o é, tem forte influência estrangeira: É então, como se diz da boca de postulantes da Literatura um movimento que expressa pela arte o que é de fato o nosso país em dado momento? Somos simplesmente consequência ou resultado do que acontece lá fora no cenário mundial e reestruturados em um “quebra-cabeça” que na época foi apresentado como “Literatura Brasileira”.
REFERÊNCIAS:
ABAURRE, Maria Luiza; FADEL, Tatiana; PONTARA, Marcela Nogueira. Português: Língua, Literatura, Produção de texto. São Paulo: Moderna, 2004.
OLIVEIRA, Ana Teresa Pinto de. Literatura Brasileira: Teoria e prática. São Paulo: Rideel, 2006.
As vanguardas europeias foram manifestações artístico-literárias que passaram pelo Panorama da Literatura do Brasil e deixaram de certa forma, sua contribuição, no que podemos dizer ruptura da estética até então reinante no nosso país. De acordo com o que se vê por parte dos postulantes da Literatura, foi na Semana da Arte Moderna que essas “estéticas literárias” foram influenciando os pensamentos de alguns literatos brasileiros pela inovação que se pretendia. Aqui, por fins acadêmicos, trataremos das seguintes correntes de estética europeia que em dado momento foi pressuposto para esse pensamento ideológico de Modernismo na Literatura Brasileira (Será?): Expressionismo, Cubismo, Futurismo, Dadaísmo e Surrealismo.
EXPRESSIONISMO: Surgido em 1910, foi manifestação de povos nórdicos, germânicos e eslavos. Essa tendência expressou a angústia do período anterior à Primeira Guerra Mundial, voltando-se para os produtos artísticos dos primitivos e para as manifestações do mundo interior, expressas no uso aleatório de cores intensas e distorção das formas, como atesta o quadro O grito, do norueguês Edvard Munch.
CUBISMO: Em 1907, Pablo Picasso pintou Lês demoiselles d‘Avignon (As senhoritas de Avignon) e inaugurou o Cubismo. Segundo essa tendência, as figuras, reduzidas a formas geométricas, apresentam, ao mesmo tempo, o perfil e a frente, mostrando mais de um ângulo de visão. No quadros cubistas. A literatura cubista, inaugurada por Apollinaire, preocupou-se com a construção física do texto: valorizou o espaço da folha e a camada significante das palavras e negou a estrofe, a rima, o verso tradicional. Esse seria o embrião da nossa poesia concreta, da década de 50.
FUTURISMO: Essa estética celebrava os signos do novo mundo – a velocidade, a máquina, a eletricidade, a industrialização. Apregoando a destruição do passado e dos meios tradicionais de expressão literária, o Futurismo (tendência que mais influenciou a primeira fase do Modernismo) propunha:
• liberdade de expressão;
• destruição da sintaxe;
• abolição da pontuação
• uso de símbolos matemáticos e musicais;
• desprezo ao adjetivo e ao advérbio
DADAÍSMO: Este foi o mais radical e destruidor movimento da vanguarda européia. Fundado por Tristan Tzara, negava o presente, o passado, o futuro e defendia a idéia de que qualquer combinação inusitada promove um efeito estético. O Dadaísmo refletiu um sentimento de saturação cultural, de crise social e política.
SURREALISMO: Inaugurado com a publicação do Manifesto Surrealista, em 1924, este foi o último movimento da vanguarda, sofrendo influências das teorias de Freud, o Surrealismo caracterizou-se pela busca do homem primitivo através da investigação do mundo do inconsciente e dos sonhos. Na literatura, o traço fundamental foi a escrita automática (o autor deixa-se levar pelo impulso e registra, sem controle racional, tudo o que o inconsciente lhe ditar, sem se preocupar com a lógica.
Comentário Crítico:
Percebe-se que os literatos brasileiros em algumas escolas literárias (como no Romantismo e Realismo, por exemplo), desejavam mostrar o “verdadeiro” Brasil. E isso, evidentemente, não poderia ser diferente, na nova estética literária brasileira, o que se percebe certa abertura e espaço, bem como sua influência da literatura estrangeira ou de ideologias que vinham de fora. Parece que os autores olham para o Brasil e fazem de sua literatura “palco de manifestações reais” do que realmente o Brasil é expondo as variadas facetas ou realidade do nosso país. Alguns livros didáticos até afirmam que a realidade verdadeira do Brasil era ignorada pela Literatura até então.
As vanguardas como movimentos artísticos, estética literária ou correntes da Literatura Europeia foram resultados ou consequências do que aconteceram no cenário europeu do século XX: problemas políticos, conflitos entre países vizinhos, intercâmbio entre a Primeira e Segunda Guerra Mundial...
A expressão vanguarda pode ser entendida como parcela dos intelectuais que exerce um papel pioneiro, desenvolvendo técnicas, ideias e conceitos novos, avançados, especialmente nas artes. O que havia de comum era nada mais do que conflitos ou debates de uma herança do século passado. É um grito do novo: os padrões da antiga estética literária e artística devem ceder lugar àquilo que estava por vir: O Modernismo. Havia assim manifestações desse “novo” em suas obras e divulgação de novas estratégias formais do tempo.
Podemos, assim, refletir de uma desestruturação ou falta de uma literatura fixamente ou realmente brasileira. E se assim o é, tem forte influência estrangeira: É então, como se diz da boca de postulantes da Literatura um movimento que expressa pela arte o que é de fato o nosso país em dado momento? Somos simplesmente consequência ou resultado do que acontece lá fora no cenário mundial e reestruturados em um “quebra-cabeça” que na época foi apresentado como “Literatura Brasileira”.
REFERÊNCIAS:
ABAURRE, Maria Luiza; FADEL, Tatiana; PONTARA, Marcela Nogueira. Português: Língua, Literatura, Produção de texto. São Paulo: Moderna, 2004.
OLIVEIRA, Ana Teresa Pinto de. Literatura Brasileira: Teoria e prática. São Paulo: Rideel, 2006.
Estudo do filme "Macunaíma"
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – C.C.H.
CURSO: Letras/Português – 6º período
DISCIPLINA: Literatura Brasileira: do Simbolismo à semana da Arte Moderna.
PROFESSORAS: Dra. Maria Generosa Souto/ Damáris de Souza Ramos (estagiária)
DATA: 13/05/2013
Atividade do filme: Macunaíma (1969), baseado no livro homônimo de Mário de Andrade.
Ficha técnica:
Título original: Macunaíma
Gênero: Comédia
Duração: 1h 48min
Ano de lançamento: 1969
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Elenco: Grande Otelo, Paulo José, Milton Gonçalves, Jardel Filho, Hugo Carvana, Dina Sfat.
Para refletir e RESPONDER neste BLOG:
1) Aponte as diferenças fundamentais entre o livro e o filme Macunaíma o herói sem nenhum caráter: em relação a livre adaptação do texto e o contexto histórico.
2) Considerado uma rapsódia pelo próprio Mário de Andrade, o texto caracteriza-se pelo acolhimento e assimilação de elementos variados de nossa cultura, como as crendices, os provérbios e o folclore. Por esse caráter multifacetado, pode-se considerar Macunaíma como representação da identidade brasileira ou esse procedimento torna-se inviável?
3) Macunaíma é um “herói sem nenhum caráter”, tal afirmação pode ser justificada porque o herói lança mão de qualquer recurso para obter vantagens, ou porque não encontrou sua própria definição, sua identidade. Discuta.
4) A afirmação dos elementos locais, do Brasil, está presente em Macunaíma, de Mário de Andrade. Comente sobre as características da malandragem e a satírica que o livro apresenta com relação a certos padrões de comportamento que indicam o “caráter” brasileiro.
5) Discuta os elementos do filme e do livro (procedimentos estéticos) que dialogam com a proposta vanguardista.
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – C.C.H.
CURSO: Letras/Português – 6º período
DISCIPLINA: Literatura Brasileira: do Simbolismo à semana da Arte Moderna.
PROFESSORAS: Dra. Maria Generosa Souto/ Damáris de Souza Ramos (estagiária)
DATA: 13/05/2013
Atividade do filme: Macunaíma (1969), baseado no livro homônimo de Mário de Andrade.
Ficha técnica:
Título original: Macunaíma
Gênero: Comédia
Duração: 1h 48min
Ano de lançamento: 1969
Direção: Joaquim Pedro de Andrade
Elenco: Grande Otelo, Paulo José, Milton Gonçalves, Jardel Filho, Hugo Carvana, Dina Sfat.
Para refletir e RESPONDER neste BLOG:
1) Aponte as diferenças fundamentais entre o livro e o filme Macunaíma o herói sem nenhum caráter: em relação a livre adaptação do texto e o contexto histórico.
2) Considerado uma rapsódia pelo próprio Mário de Andrade, o texto caracteriza-se pelo acolhimento e assimilação de elementos variados de nossa cultura, como as crendices, os provérbios e o folclore. Por esse caráter multifacetado, pode-se considerar Macunaíma como representação da identidade brasileira ou esse procedimento torna-se inviável?
3) Macunaíma é um “herói sem nenhum caráter”, tal afirmação pode ser justificada porque o herói lança mão de qualquer recurso para obter vantagens, ou porque não encontrou sua própria definição, sua identidade. Discuta.
4) A afirmação dos elementos locais, do Brasil, está presente em Macunaíma, de Mário de Andrade. Comente sobre as características da malandragem e a satírica que o livro apresenta com relação a certos padrões de comportamento que indicam o “caráter” brasileiro.
5) Discuta os elementos do filme e do livro (procedimentos estéticos) que dialogam com a proposta vanguardista.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
SIMBOLISMO no BRASIL (Aspectos Gerais)
1. ASPECTOS GERAIS do Simbolismo no Brasil
CRONOLOGIA – Cronologicamente, o Simbolismo durou no Brasil de 1893 a 1902. Depois da Semana de Arte Moderna (1922), alguns poetas, Cecília Meireles entre eles, passaram a praticar um simbolismo tardio, também conhecido como Neo-Simbolismo.
INÍCIO NO BRASIL – As primeiras obras do Simbolismo brasileiro foram:
a) Missal (prosa poética, 1893), de Cruz e Sousa.
b) Broquéis (poesias, 1893), de Cruz e Sousa.
DECADENTISTAS – A primeira manifestação simbolista brasileira deu-se no Rio de Janeiro. Um grupo de jovens, insatisfeitos com a objetividade e com o materialismo apregoados pelo Realismo-Naturalismo-Parnasianismo, começou a divulgar as idéias estético-literárias vindas da França. Ficaram conhecidos como decadentistas. O grupo decadentista era formado principalmente por Oscar Rosas, Cruz e Sousa e Emiliano Perneta.
PRIMEIRO MANIFESTO – O primeiro manifesto do Simbolismo brasileiro foi publicado no jornal Folha Popular, do Rio de Janeiro.
ANTIPARNASIANISTA – O Simbolismo é a negação do Realismo-Naturalismo-Parnasianismo. O movimento nega o materialismo e o racionalismo, pregando as manifestações metafísicas e espiritualistas.
NEO-SIMBOLISMO – A influência do Simbolismo brasileiro não se limita à data de 1902 (início do Pré-Modernismo). Muitos modernistas da primeira fase adotaram postura neo-simbolista, entre eles Cecília Meireles.
PRINCIPAIS LINHAS – O Simbolismo brasileiro seguiu três linhas bem distintas:
a) Poesia humanístico-social – Linha adotada por Cruz e Sousa e continuada por Augusto dos Anjos. Preocupava-se com os problemas transcendentais do ser humano.
b) Poesia místico-religiosa – Linha adotada por Alphonsus de Guimarães. Preocupava-se com os temas religiosos, afastando-se da linha esotérica adotada na Europa.
c) Poesia intimista-crepuscular – Linha adotada por pré-modernistas ou modernistas como Olegário Mariano, Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto, Manuel Bandeira. Preocupava-se com temas cotidianos, sentimentos melancólicos e gosto pela penumbra.
CARACTERÍSTICAS DO SIMBOLISMO
a) Misticismo e espiritualismo – A fuga da realidade leva o poeta simbolista ao mundo espiritual. É uma viagem ao mundo invisível e impalpável do ser humano. Uso de vocabulário litúrgico: antífona, missal, ladainha, hinos, breviários, turíbulos, aras, incensos.
b) Falta de clareza – Os poetas achavam que era mais importante sugerir elementos da realidade, sem delineá-los totalmente. A palavra é empregada para ter valor sonoro, não importando muito o significado.
c) Subjetivismo – A valorização do “eu” e da “irrealidade”, negada pelos parnasianos, volta a ter importância.
d) Musicalidade – Para valorizar os aspectos sonoros das palavras, os poetas não se contentam apenas com a rima. Lançam mão de outros recursos fonéticos tais como:
Aliteração – Repetição sequencial de sons consonantais. A seqüência de palavras com sons parecidos faz que o leitor menospreze o sentido das palavras para absorver-lhes a sonoridade. É o que ocorre nos versos seguintes, de Cruz e Sousa:
Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpia dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes,
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
(Violões que Choram)
Assonância – É a semelhança de sons entre vogais de palavras de um poema.
e) Sinestesia – Os poetas, tentando ir além dos significados usuais das palavras, terminam atribuindo qualidade às sensações. As construções parecem absurdas e só ganham sentido dentro de um contexto poético. Vejamos algumas construções sinestésicas: som vermelho, dor amarela, doçura quente, silêncio côncavo.
f) Maiúsculas no meio do verso – Os poetas tentam destacar palavras grafando-as com letra maiúscula.
g) Cor branca – Principalmente Cruz e Sousa tinha preferência por brancuras e transparências.
3. AUTORES E OBRAS MAIS IMPORTANTES (NO BRASIL)
CRUZ E SOUSA
NASCIMENTO E MORTE – João da Cruz e Sousa nasceu em Desterro, atual Florianópolis (SC), em 24 de novembro de 1861. Faleceu em Sítio (MG), em 19 de março de 1898.
FILHO DE ESCRAVOS – Os pais de Cruz e Sousa eram negros e escravos. Foram alforriados por seu senhor, o coronel (depois marechal) Guilherme Xavier de Sousa, de quem João da Cruz recebeu o último sobrenome e a proteção.
1871 – É matriculado no Ateneu Provincial Catarinense, onde estudou até o fim de 1875.
1881 – Parte para uma viagem pelo Brasil, acompanhando a Companhia Dramática Julieta dos Santos.
1884 – É nomeado promotor de Laguna, mas não pôde tomar posse porque os políticos racistas impugnaram a nomeação.
1885 – Estréia na literatura com Tropos e Fantasias, em colaboração com Virgílio Várzea.
Atividade (Cruz e Souza, Pedro Kilkerry, Alphonsus de Guimaraens)
Caríssimos acadêmicos e acadêmicas,
Postem aqui neste ESPAÇO Vida e Obra de (Cruz e Souza, Pedro Kilkerry, Alphonsus de Guimaraens)
Estamos aguardando as suas contribuições.
Abraço.
Professoras Generosa e Damáris
Postem aqui neste ESPAÇO Vida e Obra de (Cruz e Souza, Pedro Kilkerry, Alphonsus de Guimaraens)
Estamos aguardando as suas contribuições.
Abraço.
Professoras Generosa e Damáris
quarta-feira, 27 de março de 2013
Enquete para o filme "ABRIL DESPEDAÇADO"
Atividade para a leitura do filme: Abril despedaçado (2001) de Walter Salles
Ficha técnica:
Título original: Abril despedaçado
Gênero: Drama
Duração: 1h45min
Ano de lançamento: 2001
Direção: Walter Salles
Elenco: Rodrigo Santoro, José Dumont, Rita Assemany, Ravi Ramos Lacerda, Caio Junqueira e Othon Bastos.
Sinopse: Em abril de 1910, na geografia desértica do sertão brasileiro vive Tonho (Rodrigo Santoro) e sua família. Tonho vive atualmente uma grande dúvida, pois ao mesmo tempo que é impelido por seu pai (José Dumont) para vingar a morte de seu irmão mais velho, assassinado por uma família rival, sabe que caso se vingue será perseguido e terá pouco tempo de vida. Angustiado pela perspectiva da morte, Tonho passa então a questionar a lógica da violência e da tradição.
Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-28631/
Para refletir e RESPONDER:
a) Aponte e discuta as metáforas e os simbolismos do filme.
b) Quais discussões sociais que o filme aponta?
c) Discuta como os recursos estéticos da película(filme) dialogam com a estética do Simbolismo.
d) Por que a personagem Tonho passa a questionar a lógica da tradição e da violência e se depara em meio a um drama psicológico?
e) Qual a função desses elementos no desenvolvimento do drama psicológico da personagem Tonho?
f) Qual a função simbólica da personagem Pacu?
Ficha técnica:
Título original: Abril despedaçado
Gênero: Drama
Duração: 1h45min
Ano de lançamento: 2001
Direção: Walter Salles
Elenco: Rodrigo Santoro, José Dumont, Rita Assemany, Ravi Ramos Lacerda, Caio Junqueira e Othon Bastos.
Sinopse: Em abril de 1910, na geografia desértica do sertão brasileiro vive Tonho (Rodrigo Santoro) e sua família. Tonho vive atualmente uma grande dúvida, pois ao mesmo tempo que é impelido por seu pai (José Dumont) para vingar a morte de seu irmão mais velho, assassinado por uma família rival, sabe que caso se vingue será perseguido e terá pouco tempo de vida. Angustiado pela perspectiva da morte, Tonho passa então a questionar a lógica da violência e da tradição.
Fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-28631/
Para refletir e RESPONDER:
a) Aponte e discuta as metáforas e os simbolismos do filme.
b) Quais discussões sociais que o filme aponta?
c) Discuta como os recursos estéticos da película(filme) dialogam com a estética do Simbolismo.
d) Por que a personagem Tonho passa a questionar a lógica da tradição e da violência e se depara em meio a um drama psicológico?
e) Qual a função desses elementos no desenvolvimento do drama psicológico da personagem Tonho?
f) Qual a função simbólica da personagem Pacu?
sábado, 16 de março de 2013
Teça considerações acerca dos textos de Baudelaire e Edgar Allan Poe
Alunos,
Teçam considerações acerca dos textos de Baudelaire e Edgar Allan Poe que vocês pesquisaram e leram.
Até a próxima aula.
Professoras Generosa Souto e Damáris.
Teçam considerações acerca dos textos de Baudelaire e Edgar Allan Poe que vocês pesquisaram e leram.
Até a próxima aula.
Professoras Generosa Souto e Damáris.
O Simbolismo - Segundo Ana Balakian (Introdução)
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – C.C.H.
CURSO: Letras/Português – 6º período
DISCIPLINA: Literatura Brasileira: do Simbolismo à semana da Arte Moderna.
PROFESSORAS: Dra. Maria Generosa Souto/ Damáris de Souza Ramos (estagiária)
DATA: 04/03/2013
Texto para discussão/Roteiro: BALAKIAN, Ana. O simbolismo. São Paulo: Perspectiva, 1985.
1- Introdução: O significado da palavra
Termo impreciso, o Simbolismo tornou-se um rótulo;
Escola francesa: período de 1885 a 1895;
M. C. Bowra, The heritage of Symbolism – considera Baudelaire, Verlaine e Mallarmé como a vanguarda do movimento – baseando-se em suas grandes inovações em termos de técnicas literárias. ( Cecil Maurice Bowra)
Questão da critica/ Críticos numerosos (p.12-13)
O castelo de Axel – Edmund Wilson
Les fleurs du Mal – Baudelaire (1857)
Para chegar a uma definição completa do simbolismo, fora das impressões e generalizações heterogêneas, um convite à reflexão:
a) Foi o simbolismo uma reação ao Romantismo ou uma continuação da estética romântica?
b) Foi um movimento paralelo ao Naturalismo ou sua antítese?
c) Quais foram seus pontos de contato com noções como decadente, impressionista, hermético ou imagista?
d) Até que ponto possui fontes comuns com o surrealismo?
e) Como e onde manteve melhor sua originalidade frente a outros movimentos literários?
f) Qual foi a contribuição do simbolismo ao modernismo?
Movimento parisiense (para distingui-lo do francês), parisiense por seu aspecto cosmopolita, que preparou um determinado clima internacional propício aos subseqüentes grupos de vanguarda: cubismo, futurismo, dadaísmo e surrealismo.
2- O swedenborguismo e os românticos
Swedenborg – santo padroeiro de ideologias – Misticismo/ Heaven and hell(obra)
Willian Blake – The marrige of heaven and Hell
Filosofia do mundo da divindade (p. 18), da obra heaven and hell “Se o homem...”
O estranho é que durante a Era das Luzes uma enunciação assim tem se tornado tão popular.
Confunde símbolos com alegorias (jardim-sabedoria)
Apesar disso foi para os EUA e influenciou Poe.
Um ponto importante: a poesia, desde o começo do movimento romântico, apossou-se do terreno da mística/substituto religião (algo semelhante com os simbolistas e surrealistas)
Difícil fronteira e poucas diferenças: no Romantismo busca sua perspectiva no sonho, o estágio intermediário entre esse mundo e o futuro; mas o simbolista cultivava os sonhos como o único nível vital da experiência do poeta; e o surrealista investigava o mundo do sonho não apenas para gozar o estado onírico mas para cultivar as possibilidades de sua mente.
O mesmo culto, mas três razões diferentes: o romântico aspirava ao infinito, o simbolista pensava que podia descobri-lo, e o surrealista achava que podia criá-lo. (p. 20)
Balzac: que transitou entre o simbolismo e o realismo, tendo em vista as obras: Livre Mystique (trilogia, personagens partidários dos pensamentos de Swdenborg) e Comédie Humaine (realista).
3. Baudelaire
Para Baudelaire não existe distinção verdadeira entre alegoria e símbolo.
Afirma que é possível encontrar provas (segundo os críticos) que ele pode ser swedenborguiano ou não.
Se vamos julgar o estilo simbolista e o movimento simbolista como algo diferente da continuação ou repetição do Romantismo, não é certamente na influência de Swedenborg que vamos localizar sua originalidade.
Questão da dualidade que está expressa pela ligação das qualidades abstratas com os objetos.
Pontos de contraste entre Baudelaire e Swedenborg: sobre Sinestesias. Para Swedenborg as sinestesias - liga o céu e a terra e para Baudelaire, encontra suas conexões entre as experiências sensoriais aqui na terra (p. 33).
Tradução errônea: transformou poema sensual em metafísico.
Características de Baudelaire. (p. 35)
Personificação da mente através da manifestação da natureza é na verdade a linguagem do futuro simbolismo.
O que distancia o simbolista dos românticos? (p. 35)
A poesia é festa de imagens
O simbolismo e a música
Le poème du Haschisch
Baudelaire – imagens aquáticas (p. 37)
Baudelaire e Richard Wagner ( 40-41)
O iniciador e o precursor (diferença)
O discurso indireto (técnica) confere às palavras o poder da imagem (p. 42)
Baudelaire: apesar da indiferença e falta de propósito: converte a poesia numa atividade intelectual em vez de emocional (mudou a concepção da função do poeta).
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – C.C.H.
CURSO: Letras/Português – 6º período
DISCIPLINA: Literatura Brasileira: do Simbolismo à semana da Arte Moderna.
PROFESSORAS: Dra. Maria Generosa Souto/ Damáris de Souza Ramos (estagiária)
DATA: 04/03/2013
Texto para discussão/Roteiro: BALAKIAN, Ana. O simbolismo. São Paulo: Perspectiva, 1985.
1- Introdução: O significado da palavra
Termo impreciso, o Simbolismo tornou-se um rótulo;
Escola francesa: período de 1885 a 1895;
M. C. Bowra, The heritage of Symbolism – considera Baudelaire, Verlaine e Mallarmé como a vanguarda do movimento – baseando-se em suas grandes inovações em termos de técnicas literárias. ( Cecil Maurice Bowra)
Questão da critica/ Críticos numerosos (p.12-13)
O castelo de Axel – Edmund Wilson
Les fleurs du Mal – Baudelaire (1857)
Para chegar a uma definição completa do simbolismo, fora das impressões e generalizações heterogêneas, um convite à reflexão:
a) Foi o simbolismo uma reação ao Romantismo ou uma continuação da estética romântica?
b) Foi um movimento paralelo ao Naturalismo ou sua antítese?
c) Quais foram seus pontos de contato com noções como decadente, impressionista, hermético ou imagista?
d) Até que ponto possui fontes comuns com o surrealismo?
e) Como e onde manteve melhor sua originalidade frente a outros movimentos literários?
f) Qual foi a contribuição do simbolismo ao modernismo?
Movimento parisiense (para distingui-lo do francês), parisiense por seu aspecto cosmopolita, que preparou um determinado clima internacional propício aos subseqüentes grupos de vanguarda: cubismo, futurismo, dadaísmo e surrealismo.
2- O swedenborguismo e os românticos
Swedenborg – santo padroeiro de ideologias – Misticismo/ Heaven and hell(obra)
Willian Blake – The marrige of heaven and Hell
Filosofia do mundo da divindade (p. 18), da obra heaven and hell “Se o homem...”
O estranho é que durante a Era das Luzes uma enunciação assim tem se tornado tão popular.
Confunde símbolos com alegorias (jardim-sabedoria)
Apesar disso foi para os EUA e influenciou Poe.
Um ponto importante: a poesia, desde o começo do movimento romântico, apossou-se do terreno da mística/substituto religião (algo semelhante com os simbolistas e surrealistas)
Difícil fronteira e poucas diferenças: no Romantismo busca sua perspectiva no sonho, o estágio intermediário entre esse mundo e o futuro; mas o simbolista cultivava os sonhos como o único nível vital da experiência do poeta; e o surrealista investigava o mundo do sonho não apenas para gozar o estado onírico mas para cultivar as possibilidades de sua mente.
O mesmo culto, mas três razões diferentes: o romântico aspirava ao infinito, o simbolista pensava que podia descobri-lo, e o surrealista achava que podia criá-lo. (p. 20)
Balzac: que transitou entre o simbolismo e o realismo, tendo em vista as obras: Livre Mystique (trilogia, personagens partidários dos pensamentos de Swdenborg) e Comédie Humaine (realista).
3. Baudelaire
Para Baudelaire não existe distinção verdadeira entre alegoria e símbolo.
Afirma que é possível encontrar provas (segundo os críticos) que ele pode ser swedenborguiano ou não.
Se vamos julgar o estilo simbolista e o movimento simbolista como algo diferente da continuação ou repetição do Romantismo, não é certamente na influência de Swedenborg que vamos localizar sua originalidade.
Questão da dualidade que está expressa pela ligação das qualidades abstratas com os objetos.
Pontos de contraste entre Baudelaire e Swedenborg: sobre Sinestesias. Para Swedenborg as sinestesias - liga o céu e a terra e para Baudelaire, encontra suas conexões entre as experiências sensoriais aqui na terra (p. 33).
Tradução errônea: transformou poema sensual em metafísico.
Características de Baudelaire. (p. 35)
Personificação da mente através da manifestação da natureza é na verdade a linguagem do futuro simbolismo.
O que distancia o simbolista dos românticos? (p. 35)
A poesia é festa de imagens
O simbolismo e a música
Le poème du Haschisch
Baudelaire – imagens aquáticas (p. 37)
Baudelaire e Richard Wagner ( 40-41)
O iniciador e o precursor (diferença)
O discurso indireto (técnica) confere às palavras o poder da imagem (p. 42)
Baudelaire: apesar da indiferença e falta de propósito: converte a poesia numa atividade intelectual em vez de emocional (mudou a concepção da função do poeta).
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
PLANO DE ENSINO : LITERATURA BRASILEIRA( DO SIMBOLISMO ÀS TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS)
Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES
Pró-Reitoria de Ensino - Coordenadoria de Graduação
Centro de Ciências Humanas – CCH
Curso de Letras Português
PLANO DE ENSINO
ANO: 2013
SEMESTRE: 1º
DEPARTAMENTO: Comunicação e Letras - TURNO: [ x ]Vespertino
CURSO: Letras/Português [ 6º] Período
DISCIPLINA: Literatura Brasileira - TOTAL 72 h/a
PROFESSORA: Maria Generosa Ferreira Souto e Damáris de Souza Ramos
CIDADE: Montes Claros - MG
EMENTA: A poética simbolista. Tendências pré-modernistas. Vanguardas européias e a semana da Arte Moderna.
OBJETIVOS GERAIS: Compreender a Literatura Brasileira do final do século XIX, enfocando o Simbolismo e as Vanguardas Européias, até a semana da Arte Moderna. Além disso, criar condições acadêmicas que estimulem uma atitude crítica-reflexiva.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Proporcionar uma visão da Literatura Brasileira em seu desdobramento teórico, histórico e crítico.
Estudar as manifestações literárias a partir do Simbolismo até a Semana da Arte Moderna.
Desenvolver formação crítica no exercício da análise textual e no estudo histórico e teórico dos períodos abordados.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
I – O Simbolismo na Literatura Brasileira:
a) Os primeiros escritos da literatura simbolista, b) Aspectos da literatura simbolista, c) Contexto histórico e cultural do Simbolismo, d) As tensões entre a estética simbolista e as pretensões positivistas, e) Cruz e Sousa, f) Alphonsus de Guimaraens, e) Pedro Kilkerry
II – As Vanguardas Européias e as tendências modernistas:
a) Movimentos artísticos do início do século XX, b) Futurismo, c) Expressionismo, d) Cubismo, e) Dadaísmo, f) Surrealismo, g) As vanguardas e outras artes.
III – A Semana da Arte Moderna
a) Rupturas e experimentação da linguagem, b) Afirmação da expressão cultural brasileira, c) Poesia Pau Brasil, d) A mudança do paradigma ufanista romântico, e) A crise do verso, f) A coloquialidade: “escrever como si fala”, g) O verso livre e um universo de diferenças, h) O retorno do humor e da irreverência, i) O lirismo moderno
METODOLOGIA/ ATIVIDADES DIDÁTICAS
- Aulas expositivas dialogadas; Debates;
- Apresentação de trabalho – individual e em grupo; Seminários; - Mini-Seminários;
- Pesquisas online; - Leitura dos textos e fichamentos; -Escrita e reescrita de artigos e ensaios.
ESTRUTURA(S) DE APOIO/RECURSOS DIDÁTICOS
- Quadro e giz
- Textos teóricos e críticos
- Textos literários
- Datashow/Vídeos
- Bibliotecas Virtuais, DVD/filmes, CD-Rom
- Mídias na educação: Internet, weblog.
AVALIAÇÃO
Aspectos a serem avaliados Instrumentos de avaliação
- Assiduidade e pontualidade;
- Iniciativa e interesse;
- leituras dos textos críticos e/ou literários e fichamentos dos mesmos;
- Conhecimento e domínio de conteúdos estudados;
- Discussão e crítica das leituras realizadas.
- Participação nos debates e comentários críticos e analíticos nos espaços virtuais (Blogs interativos da disciplina e dos acadêmicos)
- 02 Provas escritas (individuais)=50,0;
- Trabalhos individuais e/ou em grupos = 50,0 pontos, subdivididos em:
a) Resumos,
b) Leitura e fichamentos dos textos;
c) Resenhas;
d) Ensaios;
e) Debates e comentários nos blogs;
f) Apresentações orais;
g) Seminários;
CRONOGRAMA
18/02/13 – 4h/a: Apresentação de Plano de Ensino
-Esclarecimento sobre a proposta da disciplina e a avaliação
-Textos: 1) ANJOS, Augusto dos. Eu. São Paulo: L&M POCKET, 2000. 2) BALAKIAN, Ana. O simbolismo. São Paulo: Perspectiva, 1967.
25/02/13 – 4h/a: I – O Simbolismo na Literatura Brasileira: Os primeiros escritos da literatura simbolista. - Textos: 1) CAROLLO, Cassiana Lacerda. Decadismo e Simbolismo no Brasil – crítica e poética. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1980, 2v. 2) CRUZ E SOUSA. Poemas escolhidos. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.
04/03/13 – 4h/a: I – O Simbolismo na Literatura Brasileira: Aspectos da literatura simbolista- Textos:
1) MURICY, Andrade. Panorama do movimento simbolista no Brasil. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1973, 2v. 2) CRUZ E SOUSA. Poemas escolhidos. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002
11/03/13 – 4h/a: I – O Simbolismo na Literatura Brasileira: Contexto histórico e cultural do Simbolismo – Textos: 1) WILSON, Edmund. O castelo de Axel. São Paulo: Cultrix, 1967. 2) BOSI, Alfredo. História concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: CULTRIX, 1994.
18/03/13 – 4h/a: I – O Simbolismo na Literatura Brasileira: As tensões entre a estética simbolista e as pretensões positivistas – Textos: 1) GOMES, Álvaro Cardoso. A estética simbolista. São Paulo: Cultrix, 1985. e
25/03/13 – 4h/a: I – O Simbolismo na Literatura Brasileira: Alphonsus de Guimaraens, Pedro Kilkerry – Textos: 1) GUIMARÃES, Alphonsus de. Poesias completas. Rio de Janeiro: Agir, 1987. 2) CORREIA, Raimundo. Poesias selecionadas. Rio de Janeiro: Agir, 1987.
01/04/13 – 4h/a: II – As Vanguardas Européias e as tendências modernistas: Movimentos artísticos do início do século XX - Textos: 1) TELLES, Gilberto Mendonça. Modernismo Brasileiro e Vanguardas européias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1984.
08/04/13 – 4h/a: II – As Vanguardas Européias e as tendências modernistas: Futurismo, Expressionismo - Textos: 1) COUTINHO, Afrânio. A literatura no Brasil. 3° ed. Rio de Janeiro: Sul Americana, 1964.
15/04/13 – 4h/a: II – As Vanguardas Européias e as tendências modernistas: Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo. Textos: 1) CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. 10. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006.
22/04/13 – 4h/a: II – As Vanguardas Européias e as tendências modernistas: As vanguardas e outras artes. Textos: SCHWARTZ, Jorge. Vanguardas latino-americanas: polêmicas, manifestos e textos críticos. 2. ed. São Paulo: EDUSP, 2008.
29/04/13 – 4h/a: III – A Semana da Arte Moderna: Rupturas e experimentação da linguagem – Textos: 1) BAUDELAIRE, Charles. As flores do mal. Tradução de Ivan Junqueira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. 2) BAUDELAIRE, Charles. A modernidade de Baudelaire. Tradução de Suely Cassal. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
06/05/13 – 4h/a: III – A Semana da Arte Moderna: Afirmação da expressão cultural brasileira – Textos 1) STEGAGNO-PICCHIO, Luciana. História da Literatura Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004. 2)
13/05/13 – 4h/a: III – A Semana da Arte Moderna: Poesia Pau Brasil – Textos: 1) ANDRADE, Oswald de. O manifesto antropófago. In: TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda européia e modernismo brasileiro: apresentação e crítica dos principais manifestos vanguardistas. 3ª ed. Petrópolis: Vozes; Brasília: INL, 1976.
20/05/13 – 4h/a: III – A Semana da Arte Moderna: A mudança do paradigma ufanista romântico – Textos: 1) STEGAGNO-PICCHIO, Luciana. História da Literatura Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004
27/05/13 – 4h/a: III – A Semana da Arte Moderna: A crise do verso – Textos: 1) ANDRADE, Oswald de. Do Pau-Brasil à Antropofagia e às Utopias. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1972.
03/06/13 – 4h/a: III – A Semana da Arte Moderna: A coloquialidade: “escrever como si fala” – Textos 1) REGIS, Maria Helena Camargo. O coloquial na poética de Manuel Bandeira. Florianópolis: Ed. da UFSC, 1986.
10/06/13 – 4h/a: III – A Semana da Arte Moderna: O verso livre e um universo de diferenças - Textos
1) MORICONI, Ítalo. Como e porque ler a poesia brasileira do século XX. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002
17/06/13 – 4h/a: III – A Semana da Arte Moderna - O retorno do humor e da irreverência, O lirismo moderno – Textos: 1) BOSI, Alfredo (Org.). Leitura de poesia. São Paulo: Ática, 1996. (Cap
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
ANJOS, Augusto dos. Eu. São Paulo: L&M POCKET, 2000.
BALAKIAN, Ana. O simbolismo. São Paulo: Perspectiva, 1967.
CRUZ E SOUSA. Poemas escolhidos. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.
GUIMARÃES, Alphonsus de. Poesias completas. Rio de Janeiro: Agir, 1987.
TELLES, Gilberto Mendonça. Modernismo Brasileiro e Vanguardas européias. Rio de Janeiro: José Olympio, 1984.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
CAROLLO, Cassiana Lacerda. Decadismo e Simbolismo no Brasil – crítica e poética. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1980, 2v.
COUTINHO, Afrânio. A literatura no Brasil. 3° ed. Rio de Janeiro: Sul Americana, 1964.
CORREIA, Raimundo. Poesias selecionadas. Rio de Janeiro: Agir, 1987.
GOMES, Álvaro Cardoso. A estética simbolista. São Paulo: Cultrix, 1985.
MURICY, Andrade. Panorama do movimento simbolista no Brasil. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1973, 2v.
WILSON, Edmund. O castelo de Axel. São Paulo: Cultrix, 1967.
BIBLIOGRAFIA SUPLEMENTAR
ANDRADE, Mário de. O movimento modernista. In: ____. Aspectos da literatura brasileira.
São Paulo: Martins, 1974. p. 231-254.
ANDRADE, Oswald de. Do Pau-Brasil à Antropofagia e às Utopias. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1972.
ANDRADE, Oswald de. O manifesto antropófago. In: TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda européia e modernismo brasileiro: apresentação e crítica dos principais manifestos vanguardistas. 3ª ed. Petrópolis: Vozes; Brasília: INL, 1976.
BAUDELAIRE, Charles. As flores do mal. Tradução de Ivan Junqueira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
1985.
______. A modernidade de Baudelaire. Tradução de Suely Cassal. Rio de Janeiro: Paz
e Terra, 1988.
BOSI, Alfredo. História concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: CULTRIX, 1994.
BOSI, Alfredo (Org.). Leitura de poesia. São Paulo: Ática, 1996.
CADERMATORI, Lígia. Períodos Literários. São Paulo: Ática, 1989.
CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. 10. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006
MOISÉS, Massaud. A literatura brasileira através de textos. São Paulo: CULTRIX, 2001.
MORICONI, Ítalo. Como e porque ler a poesia brasileira do século XX. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.
PROENÇA FILHO, Domício. Estilos de época na literatura. São Paulo: Ática, 1988.
SCHWARTZ, Jorge. Vanguardas latino-americanas: polêmicas, manifestos e textos críticos. 2. ed. São Paulo: EDUSP, 2008.
REGIS, Maria Helena Camargo. O coloquial na poética de Manuel Bandeira. Florianópolis:
Ed. da UFSC, 1986.
STEGAGNO-PICCHIO, Luciana. História da Literatura Brasileira. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004
FILMES
FILMES:
1) Sobre o Simbolismo: O labirinto de Fauno (2006), Abril Despedaçado (2001) e O Perfume (1985).
2) Vanguardas Européias e as tendências modernistas: Avatar (2009), Los Angeles: Cidade Proibida (1997), O homem que não estava lá (2001)
3) Semana da Arte Moderna: Semana de Arte Moderna/documentário (1972), Macunaíma (1969).
MÚSICAS: Janelas abertas nº 2, de Caetano Veloso; Claude Debussy
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