UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS – CCH
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO E LETRAS - DCL
DISCIPLINA: LITERATURA PORTUGUESA – DAS ORIGENS AO BARROCO
PROFESSORA: MARIA GENEROSA FERREIRA SOUTO
4° PERÍODO DE LETRAS PORTUGUÊS
Estudo do texto
1)Os trechos que se seguem representam ,respectivamente, alienação, egoísmo e prepotência do fidalgo:
a) “Parece-me isso cortiço”
b) “Que deixo na outra vida
quem reze sempre por mim”
c)Que me deixe embarcar,
sou fidalgo de solar
é bem que me recolhais.
2)Infere-se ironia na fala do fidalgo ao referir-se a barca do inferno nos seguintes trechos:
“E passageiros achais
para tal habitação”
3)Essa fala refere-se ,explicitamente, a posição social do fidalgo,porém de uma forma implícita ironiza o fato da condição social não ter valor no plano espiritual. Dessa forma, na hora do julgamento as almas são vistas igualmente aos olhos do anjo e do diabo.
4)Percebe-se ironia na fala do anjo nas seguintes passagens:
Para vossa fantasia/mui pequena é esta barca
Não vindes vós de maneira/para entrar neste navio,/Esoutros vai mais vazio:/a cadeira entrará,/e o rabo caberá e todo o vosso senhorio/Ireis lá mais espaçoso/
5)O fidalgo tenta enganar o diabo falando para ele que necessitava voltar para outra vida porque havia deixado uma dama que se mataria por ele.
6)O fidalgo ao final do texto mostra um sentimento de aceitação e se dá conta que tem que se conformar com a condição em que se encontrava.
7)Além da relação antitética entre o bem e o mal existem alguns elementos como a questão da salvação e perdição, ou seja, as escolhas conscientes e inconscientes das personagens por um dos lados que, consequentemente, resulta na ida ao céu ou ao inferno.
8)Os versos são estruturados em heptassílabos.
EXERCÍCIOS
1)De acordo, com o Humanismo português a única alternativa errada é a letra “c”,pois o teatro vicentino preocupa-se de maneira satírica com a burguesia em ascensão,ou seja,suas obras são reflexos dos vícios cotidianos da diversas classes sociais .Sendo assim, denuncia as tragédias da sociedade da época de forma cômica utilizando de personagens imaginários para figurar situações reais sem nenhum tipo de idealização.
2)A poesia palaciana e as cantigas trovadorescas possuem algumas discrepâncias que a enquadram, categoricamente, em uma determinada época como ,por exemplo,: na primeira não há acompanhamento musical,o amor e a mulher não são idealizados e inacessíveis,são mais realistas e os temas voltam-se para a índole religiosa.Diferente das cantigas em que se cantam a impossibilidade do amor e do feminino.
3.1.1) Berzebu
3.1.2)Todo mundo representa o que a maioria das pessoas da Terra querem. Já ninguém representa o que a minoria das pessoas busca com relação às virtudes.
3.2.1)A conclusão a que se chega sobre a dissimulação das personagens seria o fato de a personagem “Todo Mundo” entrar buscando alguma coisa.
3.2.2)O fato de “Todo Mundo” ser um personagem rico de bens matérias e ao mesmo tempo ser tão pobre de virtudes ,mostrando dessa forma, o que todas as pessoas ,realmente, valorizam. Por outro lado,” Ninguém” consegue ser mais rico por possuir valores morais.
PENSANDO
1)O texto transcrito da Crônica de D. João I caracteriza-se pela exaltação do feito heroico do mestre ao matar o inimigo do Reino.
2)O teatro de Gil Vicente caracteriza-se pela preocupação com o homem e com a religião.
3)Com relação ao teatro Vicentino, há uma composição de peças de caráter sacro e satírico.
4)O trecho de um poema em questão é considerado uma cantiga de amor.
O Auto da Barca do Inferno
O auto da Barca do inferno é composto de personagens cotidianos que representam a sociedade portuguesa da época e imaginários que ilustram os caminhos do bem e do mal. Sendo assim:
a)Populares
fidalgo,alcoviteira,agiota,parvo,frade.corregedor,procurador,judeu,sapateiro cavaleiros.
b)Tipos fantásticos: Representado pelo anjo e diabo que são vistos como juízes da ação,mostrando céu e inferno.
c)Os personagens que podem ser citados como alegóricos ,implicitamente, poderia ser o frade que representa a instituição, ou seja, a religião católica ,contudo encontra-se em meio ao pecado e vícios mundanos. Diferente dos quatro cavaleiros que são vistos como seguidores da fé católica denotando a virtude.
O Auto da alma
a)Populares:
A alma que figura todas as pessoas que são tentadas pelos vícios do mundo.
b)Fantásticos:Podem-se citar os anjos, Santo Agostinho, santo Ambrósio, São Jerônimo, São Tomas e diabo I e II.
c) Santa Madre Igreja que representa a estalagem responsável por acolher aqueles que procuram a glória.
ACADÊMICA: ZAIRA DOURADO MAGALHÃES
ResponderExcluirRespostas sobre a Crônica de Fernão Lopes
1)Na Crônica del-Rei D.Pedro I o rei encontrava-se comendo enquanto os dois homens eram assassinados. Isso pode se comprovado na seguinte passagem: ...”guisa que comendo oolhava quanto mandava fazer.”.
2)A partir da leitura de Fernão Lopes ,infere-se que o mesmo tomado por uma linguagem simplista consegue, sem se preocupar com os exageros, passar além da emoção a veracidade dos fatos narrados. Sendo assim, a característica hiperbólica pode ser exemplificada quando descreve a morte dos dois homens.
3)Coelho empregado como substantivo próprio é o nome de um dos assassinos. Já coelho como substantivo comum é somente o animal.
4)É aceitável a crítica feita por Fernão Lopes aos reis, uma vez que os mesmos eram colocados no poder como representantes da sociedade, logo deveriam ser dignos de tal colocação defendendo a verdade e consequentemente o povo, porém se contradiziam quando tomavam certas decisões que não condiziam com a posição que ocupavam.
Respostas sobre dois textos
1)No primeiro texto a métrica é regular obedecendo a uma métrica que seria a redondilha maior(7 sílabas). Já, o outro texto há uma irregularidade na contagem das sílabas.
2)O poema em questão enquadra-se em Cantiga de amigo, uma vez que o eu lírico feminino sofre pela partida do seu amado e de não poder tê-la por perto. Diferente da de amor que exagera nas qualidades e idealizações do amor e da mulher. Por isso, no texto comprova-se não só por essa ausência de qualidade, mas também pelo tema recorrente de sofrimento e tristeza e ressalta esse recurso hiperbólico totalmente para enfatizar a melancolia.
3)Os olhos possuem um significado de veracidade, isto é comprovação dos sentimentos e emoções que o eu lírico quer transmitir, sendo uma forma de não deixar que os sujeitos em questão não mintam sobre seu sofrimento e as pessoas possam compartilhar dessa dor através desses olhos.
4)De acordo, com o contexto de Francisco de Souza o verso: ...língua que me condenasse” mostra a questão desse objeto “língua” ser canal de comunicação em que se anuncia a melancolia diante do ser amado o condenando a uma condição sem volta.
Exercício sobre o teatro Vincentino
1)No auto da Lusitânia as personagens Todo Mundo e Ninguém referem-se, respectivamente, a um homem rico que tinha desejos comuns a maioria das pessoas e o outro ao homem pobre que representa um personagem simples com valores morais sendo, então, a minoria.
2)As falas de Berzebu representam uma tradição aos ditos de Todo Mundo e Ninguém a partir das ações na realidade terrena. Sendo assim, o diabo distorce as falas com o propósito de denunciar uma verdade dissimulada.
3)As falas de Berzebu e Dinato mesmo assumindo um personagem com grande importância para o desenrolar da peça: o Diabo. Os mesmos configuram-se como passivos, pois não tinham nenhum controle sobre as ações dos humanos. Apenas, relatavam suas escolhas, mesmo que estas permaneciam implícitas, sendo assim, os diabos tinham a função de trazê-las a tona.
4)Pode-se destacar como formalismo no texto a questão estrutural ,ou seja, a disposição dos versos e a presença de diálogos sempre situando de quem é a fala.
5)A fala de Berzebu é coerente,uma vez que as pessoas não medem esforços para conseguir algo para seu prazer nem que para isso tenham que desafiar sua consciência.
ZAIRA .....CONTINUIDADE....
ResponderExcluirTestes
1)As palavras em questão foram citadas por Fernão Lopes que caracteriza-se pela brevidade do seu texto tomado por um interesse cotidiano de retratar a vida da sociedade da época preocupando-se com todas as versões que cercam essa verdade.
2)O trecho citado enquadra-se na categoria Vicentina pelo tom satírico e irônico que retrata as camadas sócias que compõem a sociedade da época . Já o texto apresentado, além do clero critica o povo pela sua passividade.
3)a)A primeira estrofe é uma redondilha maior
b)As rimas são interpoladas
c)Pode ser substituída por desejo
d)O poeta cita a questão da sensualidade que caracterizará a poesia amorosa e idealização feminina que comporá os estilos seguintes.
4)As obras Monólogo do Vaqueiro, Floresta de Enganos, O velho da Horta entre outras compõem a carreira de Gil Vicente.
5)O fragmento em questão pertence a Fernão Lopes.
6)No texto Todo Mundo e Ninguém constituem tipos de alegóricos.
7)O texto afirma que Todo Mundo é mentiroso.
8)O teatro de Gil Vicente é de caráter sacro e satírico .
9)Considera-se como incorreto afirmar que a obra de Gil Vicente por viver em pleno Renascimento, apega-se aos valores greco-romanos, desprezando os princípios da Idade Média.
10)Na Farsa de Inês Pereira Gil Vicente denuncia a revolta da jovem confinada aos serviços domésticos, o que confere atualidade a obra.
11)O teatro de Gil Vicente caracteriza-se pela preocupação com o homem e religião.
12)A Farsa de Inês Pereira caracteriza-se por representar costumes mostrados no tetro Vicentino e encaixa-se na Farsa Medieval sobre o adultério feminino.
13)O texto em questão pertence ao teatro Medieval de Gil Vicente.
14)A composição transcrita pertence ao Cancioneiro geral de Garcia Resende.
15)A assertiva que melhor caracteriza a Crônica de D.JoãoI seria a exaltação do feito heroico ao matar o inimigo do Rei.
16)A obra de Gil Vicente não aprofunda-se nos valores clássicos, seguindo rigidamente os padrões do teatro grego.